MINISTRO ITALIANO DA DEFESA ACUSA GRUPO WAGNER DE AUMENTAR O FLUXO TERCEIRO-MUNDISTA PARA A EUROPA - CHEFE DO GRUPO WAGNER OFERECE MILHÕES A QUEM MATAR O MINISTRO ITALIANO DA DEFESA

O governo italiano responsabilizou directamente o grupo de mercenários russos Wagner, que tem presença em África, de estarem a promover uma vaga migratória em direcção a Itália como retaliação pelo apoio de Roma a Kiev na guerra da Ucrânia.

Num comunicado divulgado na Lues, o ministro da Defesa, Guido Crosetto, classificou a estratégia como uma forma de “guerra híbrida”, segundo a agência Reuters: "Creio que é seguro dizer que o aumento exponencial no fenómeno migratório a partir da costa de África é também, com uma dimensão significativa, parte de uma estratégia clara de guerra híbrida que a divisão Wagner está a aplicar, usando o seu peso considerável em alguns países africanos”, afirmou o ministro.

O governo italiano, liderado pelo partido anti-imigração de Georgia Meloni, tem enfrentado um aumento significativo na chegada de migrantes ao longo deste ano — cerca de 20 mil, mais do triplo do registado no período homólogo do ano anterior, de acordo com o The Telegraph.

O grupo Wagner, que tem ligações ao Kremlin, regista forte presença em vários países africanos, como a Líbia, o Mali e a República Centro-Africana.

As declarações de Crosetto foram reforçadas pelo ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani. Durante a sua visita de Estado a Israel, Tajani falou à agência de notícias italiana Ansa sobre o tema, dizendo que muitos dos migrantes que chegam neste momento a Itália vêm de regiões “controladas pelo grupo Wagner” em África.

Em reacção, o líder da Wagner, Yevgeny Prigozhin, deixou uma mensagem no Telegram. “Não temos qualquer ideia do que se passa com a crise de migrantes, não nos preocupamos com isso”, afirmou, numa mensagem marcada por vários palavrões.

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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: https://observador.pt/2023/03/14/italia-culpa-grupo-wagner-por-aumento-de-vagas-migratorias/   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa).

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Entretanto, parece que o tipo que lidera o dito grupo já ofereceu mais de catorze milhões de euros pela cabeça do ministro italiano da Defesa: https://observador.pt/2023/03/16/wagner-oferece-14-me-pela-cabeca-do-ministro-da-defesa-italiano-crosetto-acusou-grupo-de-expulsar-migranteswagner-da-14-me-por-cabeca-d/

Claro - os gangsters são mesmo assim. Nunca foi tão clara a oposição entre os mais sagrados interesses nacionalistas e a malandragem imperial e criminosa que só respeita a lei do mais forte. A Europa etnicamente consciente está com a Ucrânia, embora haja por aí alguns ditos «nacionalistas» que se põem, directa ou indirectamente, ao lado de Putin, e o mais significativo é que muitos destes eram os que mais guinchavam contra a intervenção da OTAN nas Balcãs em 1999, porque, diziam eles, há que defender as Nações! e tal e coisa - ora se já nessa altura essa prosápia na sua boca soava a falso, tinha pinta de ser pretexto da treta para se virarem contra o bloco democrático, agora, com o seu apoio à invasão russa, fica confirmado que as Nações nunca lhes interessaram a real ponta de um chavelho, pois que o Nacionalismo é para estes militantes, não uma valorização autêntica das identidades étnicas, mas tão somente um meio de afirmação da sua «nietzschiana», ou gangsterista, vontade de poder contra as sociedades democráticas e igualitárias; assim que encontram uma ideologia mais adequada para o exercício dessa vontade de poder, mandam às urtigas o Nacionalismo e aderem ao chefão mais poderoso. Não querem obedecer a burgueses, a panascas ou a gajas, gostam é de se dobrar diante de gajos com «tomates no sítio». O caso do covid foi disso um bom exemplo - não foram raros os guinchos de ódio online e os protestos de pessoal da extrema-direita contra o confinamento e as vacinas e a narrativa do covid e etc., mas quando na Hungria o duro Orbán decretou vacinação obrigatória do pessoal médico, aí moita-carrasco, nem pio, tal como também não houve pio ou comentário extremo-direitista ou negacionista a respeito do facto de, na China, os confinamentos serem muito mais severos do que na Europa, aliás, muitos dos negacionistas do covid na Europa são os mesmos que apoiam a tomada de Taiwan por Pequim. É giro usar umas insígnias, ou até uma farda, para esmagar os «totós» em nome do Nacionalismo, mas se o Imperialismo der mais jeito para chegar ao mesmo efeito, então viva o Imperador, já se sabe como é...