"Estas acções blasfemas provocaram previsivelmente uma reacção dura no mundo islâmico, incluindo na comunidade muçulmana russa", disse a porta-voz Maria Zakharova em entrevista colectiva.
Ela notou a diferença de atitudes em relação ao ocorrido e disse que no "mundo que defende os valores tradicionais" a queima foi avaliada "como absolutamente inadequada", enquanto o mundo ocidental "aplaudia isto e dizia que isto é, não apenas normal, mas bom". "As desculpas das autoridades suecas, que estão a tentar esconder-se atrás de declarações sobre a liberdade de expressão, soam no mínimo covardes. A polícia emitiu supostamente uma permissão apenas para realizar uma manifestação em frente à Embaixada da Turquia, e ninguém coordenou a queima do Alcorão.
"Ao mesmo tempo, o organizador das manifestações, o político sueco-dinamarquês Rasmus Paludan, não escondeu os seus planos, e a exigência das autoridades turcas de retirar a permissão para realizar uma manifestação foi ignorada em Estocolmo", disse Zakharova. Ela observou que as autoridades suecas não tomaram medidas para investigar o incidente. "Eles gostam de ensinar a todos como respeitar os direitos humanos e as liberdades, gritam sobre a sua democracia em todos os cantos. Mas, na realidade, em particular, em Estocolmo, eles não mostram respeito nem pelos governos legítimos estrangeiros nem pelas religiões mundiais", disse.
Voltando-se para a implantação da missão da UE na Arménia, afirmou que tais missões devem trabalhar para os interesses dos países para os quais são enviadas.
"Não para servir a algum grupo da elite política, mas para trabalhar pelo principal - pela paz na região. Política diplomática, ferramentas de negociação, direito internacional - isto pode ajudar (a resolver problemas).
“Quando os blocos político-militares, dos quais agora só resta a componente militar, e muito agressiva, agem sob o disfarce de instituições políticas, tudo isto (o envio de missões) está sob uma grande questão”, observou ela.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse na Joves que a implantação da missão de monitorização da UE nas regiões da Arménia que fazem fronteira com o Azerbaijão "apenas trará confronto geopolítico para a região e exacerbará as contradições existentes".
"Se Bruxelas estivesse sinceramente interessada na paz em Karabakh, teria obtido a aprovação de Baku para o trabalho da missão", afirmou em comunicado.
As relações entre as duas ex-repúblicas soviéticas estão tensas desde 1991, quando os militares arménios ocuparam Nagorno-Karabakh, um território reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão, e sete regiões adjacentes.
A maior parte do território foi libertada por Baku durante uma guerra no Outono de 2020, que terminou após um acordo de paz mediado pela Rússia e abriu as portas para a normalização.
O Azerbaijão diz que a missão não deve afectar o processo de normalização e deve levar em consideração os seus interesses.
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Fontes:
https://www.aa.com.tr/en/russia-ukraine-war/russia-calls-burning-of-quran-in-stockholm-another-provocative-act-of-islamophobia/2799814
https://www.jihadwatch.org/2023/01/russia-condemns-quran-burning-in-sweden-as-another-provocative-act-of-islamophobia
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Putin é pois, formalmente, um inimigo, não apenas do Nacionalismo ucraniano, mas da própria identidade étnica russa, estando disposto a sacrificá-la em nome do Império, tal como também o Estado Novo fez. Depois ainda andam por aí uns «nacionalistas» ocidentais que gostam muito do «irmão Putin!», porque o ditador euro-asiático «os tem no sítio!», no fundo é disto que se trata na cabeça destes «nacionalistas», não é a salvaguarda étnica que realmente lhes interessa mas sim encontrarem um paizinho ou irmão mais velho que dá porrada nos outros e à sombra do qual eles próprios também possam vir a dar porrada em terceiros, em jeito de gangue...
Quanto ao tema em epígrafe, começa por ter piada ver um Estado como o russo a querer dar lições de liberdade de expressão. Tem piada e é, sobretudo, sintomático, porque exemplifica onde leva a mentalidade de quem põe os sentimentos doutrinários - porque é disso que se trata - acima da liberdade alheia: à censura efectiva. Trata-se efectivamente de uma questão de sentimentos doutrinários porque não é o pensamento da doutrina em si que está em causa mas o sentimento de quem dá a doutrina como indiscutível - a indiscutibilidade do dogma que não aceita sequer a mofa, uma indiscutibilidade que dá muito jeito a quem o quer impor por toda a parte e receia o ridículo, porque aplica a lógica do confronto primário à ideologia, presumindo assim que aceitar a troça contra a sua fé é o mesmo que aceitar um insulto pessoal ao nível da rivalidade entre campeões... Ter entretanto o despudor de querer ditar a um Estado soberano como deve gerir a liberdade de expressão dentro de fronteiras, eis outro cúmulo da arrogância asiática e abraâmica, usualmente típico das tropas do Islão e aqui apoiado por esses auto-proclamados defensores da «Tradição» que são os capangas de Putin...
Valha ao Ocidente o próprio Ocidente, porque, em matéria de defesa dos seus valores, não há mais nenhuma potência no mundo com a qual possam contar, excepto, talvez, a Índia, embora também esta se encontre cerca de inimigos totalitários. Não há pois, em termos imediatos, nenhuma defesa para a Liberdade ocidental senão os próprios Ocidentais.
3 Comments:
Esses cucks anti meca sao os que nada dizem sobre zio wakanda ate acha cool detroit kalergi pois e so a cultura alien o resto do alien ta bom so faz acelerar absorcao adulteracao genocidio
A verdade é que tua posição sobre a Rússia é bem recente. Antes, fazias loas ao tirano asiático do Leste. Eu aqui neste blog, há algum tempo, já denunciava que Putin é antieuropa, imperialista e antieslavo. Putin é uma ameaça para a Europa tanto quanto a imigração oriunda do teiceiro mundo. Seu projeto de poder é fundir todos os povos da Eurorásia. A primeira vez que li a respeito disso, já percebi o caráter antieuropeu dessas idéias. A melhor coisa é acabar com o Putin antes que ele destrua primeiro a Europa e a própria Rússia.
Muito bem dito. O Putin é apenas mais um Imperialista numa senda de eliminar identidades, povos e culturas, o oposto do nacionalismo. Primeiro veio negar a existência da Ucrânia, depois é porque eram "nzis" e que os russos no donbass estavam a ser atacados, quando o que a Russia fez no donbass foi tentar separar parte de um país que não é o deles. E até já o admitiram:
Russia's Igor Strelkov: I Am Responsible for War in Eastern Ukraine
https://www.themoscowtimes.com/2014/11/21/russias-igor-strelkov-i-am-responsible-for-war-in-eastern-ukraine-a41598
Censo étnico da Russia Imperial em 1897:
https://en.wikipedia.org/wiki/Russian_Empire_Census#/media/File:Subdivisions_of_the_Russian_Empire_by_largest_ethnolinguistic_group_(1897).svg
https://en.wikipedia.org/wiki/Russian_Empire_Census
Já lá estavam os ucranianos em todo o Don bass, inclusive do outro lado do mar de Azov.
Censo étnico da URSS em 1941:
https://i.imgur.com/qOoY2GU.jpg
Novamente lá estavam os ucranianos.
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