IRÃO - REBELDE PRESTES A SER ASSASSINADO PELO REGIME DIZ - «NÃO RECITEM O ALCORÃO NEM REZEM POR MIM»

A meio dos protestos contra o regime autoritário islâmico no Irão, na Lues, 12 de Dezembro, um manifestante anti-governo de 23 anos foi executado publicamente. Majidreza Rahnavard foi enforcado em público na cidade de Mashhad. 
Rahnavard foi executado depois de um tribunal revolucionário o condenar por 'travar guerra contra Alá' por supostamente esfaquear dois membros da Força de Resistência Basij até à morte. 
Mahmood Amiry Moghaddam, director de uma ONG de direitos humanos do Irão com sede na Noruega, partilhou o vídeo de Rahnavard antes de ser executado. 
Quando questionado sobre o que escreveu no seu testamento, Rahnavard disse: “Não quero que ninguém ore ou chore, quero que todos sejam felizes e toquem músicas alegres”.
Um usuário do Twitter que atende pelo nome de usuário @1500tasvir_en e que monitoriza os protestos no Irão desde a trágica morte de Mahsa Amini disse que a família de Rahnavard foi informada sobre a sua execução somente depois de ela ser realizada. 
Postou a foto do último encontro de Majidreza Rahnvard com a sua mãe e disse que a sua mãe não fazia ideia das ordens judiciais para executar o seu filho. Ela partiu, esperando que o seu filho fosse rapidamente libertado, sem o conhecimento do terrível destino que aguardava o seu filho. 
Noutro tweet, o usuário do Twitter disse que a residência da avó de Rahanvard foi atacada a 12 de Dezembro enquanto o seu tio e irmão foram presos. “Ontem à noite (12 de Dezembro) os sequazes da República Islâmica atacaram a residência da avó de #MajidrezaRahnavard, prendendo o seu tio e irmão por algumas horas. Eles levaram todas as bandeiras e flores para a cerimónia e depois expulsaram à força a família da sua própria casa”, tuitou 1500 Tasvir.
A 12 de Dezembro, a mãe de Rahnavard chegou quando as autoridades enterravam o corpo de Rahnavard sozinhas. 
A execução de Rahnavard ocorre uma semana depois de um manifestante anti-governamental de 23 anos, Mohsin Shekari, ser executado por supostamente atacar um membro da força Basij com um facão. Ele também foi acusado de 'travar guerra contra Alá'.
A 26 de Outubro, o famoso chef Mershad Shahidi, de 19 anos, foi espancado até à morte pelas forças de segurança iranianas depois de ser detido por participar nos protestos na cidade de Arak.
O Irão tem sido abalado por uma de protestos depois de uma garota de 22 anos chamada Mahsa Amini morrer sob custódia da Polícia de Moralidade do Irão, que a deteve por usar o lenço de cabeça de maneira inadequada. Vários cidadãos iranianos foram às ruas em solidariedade a Amini. Em apoio das vítimas, várias mulheres, incluindo alunas, queimaram os seus hijabs e mulheres em todos os lugares cortaram o cabelo em protesto. Protestos eclodiram em centenas de lugares em todo o país após a sua morte.

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Fontes:
https://www.opindia.com/2022/12/dont-read-quran-after-my-death-iranian-protestor-in-his-last-will-before-execution/
https://www.jihadwatch.org/2022/12/iran-protester-killed-for-waging-war-against-allah-dont-read-the-quran-after-my-death

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Pode ser que, um dia, a sua memória seja honrada e celebrada por algum outro credo, nomeadamente o da Nação em causa, que é o Zoroastrismo...