PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE HOTELARIA DE PORTUGAL: «DEVIDO À FALTA DE MÃO-DE-OBRA, ESTAMOS A REMUNERAR MELHOR»
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta imagem. O que o empresário diz é útil, não deixando todavia de meter nojo, porque é só a admissão, descarada, do que dizemos «sozinhos» há décadas. Ou por outra, no fundo isso mesmo já era dito há vinte e tal anos por alguns lacaios do sistema - recordo-me de um artigo da autoria de um copinho-de-leite num jornal beto de «Direita» a dizer que a imigração era necessária porque sem ela as novas obras que estavam a ser feitas, incluindo a ponte Vasco da Gama, teriam sido muito mais caras. Ou seja, esta coisa escrevente estava a afirmar em tom moralista, com um curioso misto de sonsice e despudor, que era porreiro explorar a mão-de-obra barata, aproveitando para baixar ou estagnar os salários dos trabalhadores portugueses das classes baixas.
A dimensão da traição é, como disse o camarada, enorme, porque a vergonha na cara é diminuta, pelo que o perdão não deverá ser nenhum.
10 Comments:
Mas depois vês os burrinhos dos trabalhadores que se queixam de falta de aumentos, perda de poder de compra, etc, a dizer que a merda da esquerda que mais defende imigração em massa é que são os defensores do trabalhador.
É mais um dos atestados de burrice extrema do europeu multiracialista. Os tais burros que se orgulham de defender a própria extinção e usam todas as desculpas para a justificar.
Salta os olhos a mentalidade colonial/ escravista desse senhor,não seria mais inteligente copiar o modelo israel/ coreano/ japonês de alta automação?
«a merda da esquerda que mais defende imigração em massa é que são os defensores do trabalhador.»
Pois, mas o problema é que a escolha em certos casos não é demasiada. Na área da Ultra-Direita, os que defendem os direitos dos trabalhadores têm por vezes de enfrentar pessoal com agendas neo-liberais em matéria económica. Em Portugal então é uma tristeza, porque o PNR/Ergue-te, que protesta contra o poderio do grande capital, é quase desconhecido diante do Chega, que tem toneladas de defensores das privatizações selvagens, que se calhar até são eles que em grande medida sustentam o partido.
É vital conseguir-se fazer o que se tem feito em França e noutros países, que é disseminar a ideia de que quem mais defende os direitos dos trabalhadores é o partido nacionalista, mas isto só se faz com sinceridade e combate efectivo às privatizações selvagens e aos abusos do patronato. Sem isso, perde-se o grosso do melhor eleitorado nacionalista, que é o das classes baixas europeias.
"diante do Chega, que tem toneladas de defensores das privatizações selvagens, que se calhar até são eles que em grande medida sustentam o partido."
Não sei, porque basta ver o caso da TAP o Chega, é contra a privatização da empresa, até fizeram mesmo uma providência cautelar para evitar a reprivatizarão da mesma. Há coisas que faz sentido privatizar, há outras que simplesmente não (sectores chave do país).
E não é só a TAP, o Chega ainda há umas semanas propôs que os 125€ que o (des)Governo distribuiu em Outubro continuassem a ser distribuídos por mais uns meses, e também que os subsídios de férias e Natal não fossem tributados. Isto é o contrário do neoliberalismo.
Quanto ao PNR/Ergue-te, o problema não é quem defende ou deixa de defender, mas sim a forma como veicula a sua mensagem política. Bem sei que o Caturo não concorda, mas o Chega não teve sucesso só por ter sido mais financiado. O Chega teve sucesso sobretudo porque o Ventura come as papas a qualquer dirigente do PNR/Ergue-te, tanto em capacidade intelectual e retórica, como na forma como conseguiu rodear-se por pessoas competentes e empenhadas, independentemente das suas intenções no que respeita à preservação racial que, no presente, ainda são uma incógnita (algo que também se aplica ao PNR/Ergue-te, onde sempre predominou a corrente minho-timorista, pelo menos, entre os seus dirigentes).
E atenção, eu não estou de forma alguma a dizer que o Ventura é melhor para Portugal do que seriam os dirigentes do PNR/Ergue-te. Só estou a dizer que, como político, ele demonstrou à saciedade ser melhor e muito mais competente.
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AfonsodePortugal@YouTube
Atenção que eu não disse que era só uma questão de financiamento. Pelo contrário, afirmei, mais do que uma vez, que o facto de o Ventura ser um democrata de raiz - independentemente dos defeitos que possa ter - foi crucial para o seu sucesso. Usa cravo à lapela sem problema algum, o que muito escandaliza parte das fileiras da Ultra-Direita cá do burgo.
Cheguei mesmo a dizer que o sucesso do Ventura me deu razão, a mim, só a mim, a mais ninguém neste País senão a mim, e a ti, desde há vinte anos - o facto de em quarenta e tal anos de abrilismo, o primeiro ultra-direitista a sentar-se na Assembleia da República ser um democrata mostra o que eu sempre disse num tempo em que falava para as paredes: a Democracia é aliada potencial, aliás, natural, do Nacionalismo.
Durante décadas, os «donos» do Nacionalismo em Portugal nada fizeram para além de tertúlias de merda e declarações pomposas para meia dúzia de fanáticos, a pregar a estucha do revisionismo dos campos de concentração e a maravilha que era o Hitler e o Mussolini e o Franco e o Salazar e o caralho a quatro, e daí não passava. Por isso é que eram sempre dez ou vinte garbosos fascistas - os dez ou quinze do costume mais cinco putos de 19, 20 anos sem namorada e ainda com o fascínio pelas tropas de elite nazis, antes de crescerem e irem à sua vida, para depois virem outros cinco ou seis do mesmo estilo; aliás, a noção de sucesso deste pessoal era conseguir reunir trinta ou quarenta gajos numa sala num sábado à tarde, e para isso não podia estar nem demasiado frio, porque assim o pessoal não saía de casa, nem demasiado calor, senão o pessoal ia para a praia, nem estar a chover, claro, e tudo para ouvirem quatro ou cinco «mestres» a regurgitar a mesma barracada ideológica de há oitenta anos e como «devíamos ter ganho a guerra» (a II, entenda-se) e que o mundo acabou em 1945 ou em 1974, consoante os gostos e sensibilidades de cada um, e depois no fim proclamava-se que «agora é que é!», «agora é que vamos em frente!», sem que rigorosamente nada se alterasse. O elitismo era ponto de honra, o desprezo pelo povinho estava mais que adquirido, o ódio à Democracia era obrigatório. Depois ganiam que a sociedade estava decadente porque ninguém lhes ligava puto, embora alimentassem a esperança de um dia mudar «isto» com algum golpe de Estado autoritário, porque adoram golpes de Estado autoritários e também adoram militares, os militares é que não os adoram, aliás, foram precisamente os militares que fizeram a rebelião de Abril e desde então nunca mais houve nenhum contra-golpe, pelo que a esperança deste pessoal «da área nacionalista» era assim um bocado adiada, eventualmente aguardavam a vinda dos nazis da Antártida a cavalo em discos voadores. Por outro lado, se calhar sempre tiveram o que realmente queriam - fazerem parte de um grupo que se considera acima do resto da população, satisfazendo-se na sua superioridade moral supostamente anti-decadente, encontrarem-se de quando em vez para trocarem umas lérias e exibirem as novas insígnias que mandaram vir da Alemanha ou de França, enfim, o calor humano. Para quem acha que as pessoas valem mais do que as ideias, então todos eles tiveram mais razão do que eu, porque as ideias não lhes interessam realmente, só a camaradagem...
O Ventura, repito, é bem outra história - o Ventura é democrata. Mal ou bem, oportunistica ou manhosamente, faz o que faz porque, em Democracia, o gajo está como peixe na água.
«Atenção que eu não disse que era só uma questão de financiamento.»
Sim, é verdade. Reconheço que não estive bem ao não mencionar a vertente democrática. Confesso que já não me lembrava, o que é bastante lamentável, dado que o facto de o Ventura ser democrata -nem que seja só de boca- é absolutamente crucial no que respeita ao sucesso do Chega.
«a noção de sucesso deste pessoal era conseguir reunir trinta ou quarenta gajos numa sala num sábado à tarde»
E infelizmente perdura! Eu tenho vários comentadores regulares no meu canal do YouTube que insistem que "a votar não vamos lá" e que "é preciso fazer mais alguma coisa". É frustrante, não aprenderam nada com o sucesso do Chega, nem com o sucesso de outros partido europeus.
Claro que a questão de saber se ainda vamos a tempo de mudar as coisas pelo voto é pertinente, mas o problema é que não há alternativa a essa estratégia, não enquanto a maior parte dos europeus não valorizar a questão racial como nós valorizamos, nem estiver disposto a pegar em armas pela defesa da estirpe. Só que a história de países como o Brasil e a África do Sul (já nem vou a casos mais extremos, como por exemplo o do Haiti) diz-nos que o mais provável é que isso nunca venha a acontecer, mesmo que a convivência com os alógenos se torne insuportável.
Enfiar isto na cabeça dos revolucionários do sofá é que se tem revelado difícil...
Pudera, o que eles querem se calhar é outra coisa. Faz-me sempre lembrar uma dos ABBA, «what's the name of the game». Uma coisa é o que se diz, outra o que se realmente quer, o que por sua vez me faz lembrar uma cena de um filme do Woody Allen em que duas pessoas em conversa dizem uma coisa mas aquilo que aparece escrito no ecrã é outra, porque é o que realmente querem dizer. Qual é de facto o nome «do jogo», a propósito da música dos ABBA? É alterarem mesmo o sistema ou procurarem pessoas com a mesma mentalidade para, juntos, se sentirem superiores ao resto da população? Constato que pessoal desse nunca gosto que eu lhes lembre que quem mais concorda com eles não são «os mais inteligentes» - pessoal universitário, salvo seja, sei bem que nem toda o universitário é inteligente e que há muitíssima gente com baixo nível de instrução e grande inteligência, mas estou a falar na generalidade - pois, continuando, quem mais pensa como eles não é o pessoal das elites culturais mas sim as pessoas das classes baixas, o «povinho» que eles desprezam. Eles não gostam deste facto porque isso lhes afecta a noção de que pertencem a uma elite iluminada, conceito que é fundamental para a sua visão de si próprios e do mundo.
Uma das grandes diferenças entre a Democracia e o golpe militar é que, se este falha, o nosso pessoal é morto ou preso, ou dá de frosques para paragens mais airosas, e o movimento vai todo abaixo; se pela Democracia falha, então daí a quatro anos tenta-se outra vez, que é muito mais confortável. Claro que isto não interessa a quem não está realmente interessado em fazer nada.
What's the name of the game, então? Para eles se calhar é mesmo fazer parte de uma elite que se sente acima do povo. Consolam-se e felicitam-se mutuamente, andam décadas nisto, depois até são capazes de achar que «andam nisto» uma vida inteira, um «nisto» que não vale uma merda em termos propriamente políticos.
Por isso é que não aprendem com o sucesso do Chega e doutros partidos europeus desde há vinte colhões de anos. Não aprendem porque a ideia não é essa. A «ideia» é só espírito de rebanho e vaidade. Notoriamente, quanto mais esse pessoal lê livros «do movimento», mais manifesta essa atitude de virar o coiro de costas para o povo, porque mais programado fica. De um desses até ouvi, em 2010, que somos a elite da cavalaria do apocalipse ou coisa parecida, mas não estava a brincar, mostrava-se genuinamente convencido de que éramos o escol da humanidade, se calhar esperava que os militares dessem «o» golpe sozinhos e depois fossem ter com ele para ocupar o lugar do Salazar… Este mesmo militante, fascista de longa data, andou poucos anos depois a apelar à abstenção, porque pessoal deste acha que quem se abstém é porque está farto da Democracia e quer um governo facho…
Saber se ainda vamos a tempo de mudar as coisas pelo voto é pertinente, sim. Para já, e em jeito de introdução ao tema, se for verdade que já não vamos a tempo, isso deve-se em grande medida a esses mesmos ovinos de merda que durante anos atrasaram o movimento nacionalista porque odeiam a Democracia. O povo estava «à espera», esteve sempre «lá», nunca querendo nada com a imigração ou com alógenos doutras raças. Os «donos» do Nacionalismo borrifaram-se para isso porque o que sempre quiseram foi a imposição de um sistema político em que fossem eles a mandar sem darem cavaco ao «povinho». Por isso cada vez me convenço mais que, no «jogo de cartas» político, o movimento nacionalista tem o maior trunfo, que é o potencial democrático, mas tem também os piores jogadores, que são muitos dos seus activistas.
De resto, essa história do «é preciso mais qualquer coisa» é ridiculamente simples - pois se «é preciso mais qualquer coisa», então façam essa merda desse «mais qualquer coisa». Façam. Porque é que não fazem? Andam há décadas a dizer que é preciso fazer e ainda não fizeram? Não têm dinheiro para as pistolas ou estão à espera dos militares? Se estão à espera dos militares, porque não falam com eles?
Recordo-me de certa vez dizer aos camaradas, num dia de celebração nacionalista, que era preciso cativar os militares. À primeira, disseram-me «É isso, iá, tem que ser!» Quando falei à segunda, a resposta foi «Pois, é boa...»; à terceira, já olhavam assim de soslaio e não diziam nada; à quarta, responderam-me então «Eh pá, isso não dá, porque isto os militares estão cheios de comunas e pretos, então neste e naquele quartel, iiiii!!!, cheio dapretos, tu não fazes ideia!, eh pá não dá mesmo, por aí não vai...»
Claro. Em suma - pela Democracia, não vai, pelos militares também não. Restam, evidentemente, os nazis nos discos voadores da Antártida ou então, lá está, sofazinho e «militância» nas tertúlias a dizer «Pois, a gente sempre soube que a sociedade ia ficar assim...», como uma espécie de «aristocratas do espírito», ou seja, nobreza falida e incapaz.
Abandonar agora a Democracia seria como a anedota dos dois malucos que, para fugirem do hospício, tinham de percorrer cem metros a nado, e às tantas quando já estão nos noventa, acham que não vale a pena e voltam para trás. Já agora, quem decidiu encher o Brasil de mulatos foi pessoal da elite…
Se, entretanto, a população não quisesse realmente saber da identidade racial, então essa seria mais uma razão ainda para ser a favor da Democracia, porque assim a população iria ter o que merecesse. Em qualquer caso, não é garantidamente uma elite iluminada que impede isso como quem mantém o povo num curral.
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