FRANÇA - MAIORIA DA POPULAÇÃO QUER RESTRIÇÃO DA IMIGRAÇÃO

O Estado deve adoptar uma política migratória mais rígida. Esta é a conclusão de uma pesquisa recente do instituto CSA para CNews publicada na Martes, 15 de Novembro. De facto, 67% dos Franceses são a favor de medidas mais fortes em relação à recepção de imigrantes na França, principalmente reduzindo seu número.

Sem surpresa, os entrevistados com tendências de Direita são os mais rígidos na questão da migração, com 94 por cento querendo medidas mais fortes e 97 por cento entre os simpatizantes do RN. Por outro lado, na Esquerda, 60% dos entrevistados opõem-se a essa ideia, e até 64% entre os partidários do partido de Esquerda La France insoumise. Quanto aos apoiantes de Macron, 67% deles são a favor de uma gestão mais rígida da imigração.

Há, portanto, uma verdadeira divisão entre Direita e Esquerda nesta questão candente, poucos dias após a chegada de 234 imigrantes ilegais ao porto de Toulon, no Var. A pesquisa também destaca que 69% dos homens querem uma política de imigração mais rígida, em comparação com 65% das mulheres. Considerando todos os sexos, a idade desempenha um papel importante na resposta à pergunta feita, já que 52% dos jovens de 18 a 24 anos opõem-se a medidas mais rígidas, enquanto 72% dos maiores de 50 anos são a favor.

O ex-ministro do Interior alerta para um ponto de inflexão na política migratória da França

As recentes confissões de Gérard Collomb são explosivas: confirmam que os líderes franceses estão perfeitamente cientes dos perigos da submersão migratória (terrorismo, insegurança, perda de identidade), mas optaram deliberadamente por persegui-la. Para eles, a imigração não é um problema, mas um projecto.

“A Comissão Europeia lançou a ideia de 'centros de controlo' para receber imigrantes. Pouco tempo depois, os chefes de Estado, reunidos especificamente para tratar dos problemas migratórios, assumiram este projecto, com Emmanuel Macron a revelar-se um dos mais favoráveis. […] Emmanuel Macron propôs então (em 2018) abrir tal centro em Toulon ou em Marselha, e pediu ao então autarca, Pierre Dartout, que trabalhasse nisso. Eu era então ministro do Interior e era totalmente contra esse projecto.”

Quais foram as razões para isso?

“Todas as minhas equipas mostraram-me que, dada a legislação francesa e europeia, se recebermos imigrantes neste tipo de centro, não conseguiremos expulsá-los e ficaremos na mesma situação que Itália, Malta e Grécia, que são países de primeira entrada”.

Mas Macron insistiu, mesmo depois da comemoração da morte a 1 de Outubro de 2018, em Marselha, de duas jovens, Laura e Mauranne, assassinadas um ano antes na estação ferroviária de Saint-Charles.

“Aí pensei: 'não quero que isto aconteça de novo'. E se eu deixasse a instalação desse centro de imigrantes acontecer, sentir-me-ia mais tarde responsável por actos que poderiam levar à morte de pessoas. Por isso, dois dias depois, decidi renunciar. E logo a seguir, envio uma mensagem de texto ao pai de uma das jovens vítimas para lhe dizer que foi a pensar na sua filha que tomei esta decisão”, disse Collomb.

Collomb nunca falou sobre as reais circunstâncias da sua renúncia antes e disse que nunca teve a intenção de fazê-lo. “Se eu tivesse dito isto na altura, teria prejudicado seriamente Emmanuel Macron. Se eu tivesse falado antes da eleição presidencial, a minha intervenção poderia ter revertido o resultado daquela eleição, e Marine Le Pen teria sido eleita. Por isso fiquei calado.”

Porquê falar agora?

“Achei que a questão estava resolvida. Tínhamos recusado receber o Aquarius em 2018, Emmanuel Macron tinha mostrado firmeza e o assunto dos “centros de controle” parecia-me pertencer ao passado. Ao dar as boas-vindas ao Ocean Viking agora, estamos a abrir uma nova brecha, criando um precedente.

“Para mim, isso só pode encorajar as redes de contrabando para as quais os imigrantes são uma fonte de lucro considerável – os números variam de 7 a 30 biliões de euros em todo o mundo. No caso do Ocean Viking , podemos constatar que foram estas redes que levaram os imigrantes para a Líbia, e que a jusante quem pretende chegar a Inglaterra, por exemplo, será apanhado por essas mesmas redes, pelo que vimos neste Verão, quando um número impressionante de imigrantes se afogou no Canal da Mancha.

“Podemo-nos emocionar com todos esses casos individuais, mas, para nos limitarmos a uma reacção de sensibilidade, reforçamos o problema mais do que o resolvemos, criando um factor de atracção.”

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Fonte: https://freewestmedia.com/2022/11/17/poll-7-out-of-10-french-voters-demand-tougher-migration-policy/?fbclid=IwAR0tPoNyn8kdOXsOLf1FU-q7sTCInrbBneWa2PQOjrz2O4H9nJgYMIEK-is

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Uma e outra vez se confirma que o Povo não quer imigração, pelo que quanto mais democráticos forem os regimes da Europa, menos imigrantes haverá em solo europeu. Se, em vez disso, a imigração aumenta, só se confirma que a elite viola consciente e sonsamente a real vontade dos Povos, servindo valores em tudo estranhos ao verdadeiro pensar e sentir popular europeu - é, mais uma vez, o universalismo militante das elites, que se orgulham de serem constituídas de «cidadãos do mundo», apátridas por convicção e cosmopolitas de estatuto, contra a natural preferência tribal que é própria dos Povos ainda enraizados.