BISPO DO PORTO DIZ QUE O APEGO A ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO É «TÍPICO DE SOCIEDADES DECADENTES»

«Típico de sociedades decadentes» diz ele, eminente representante da Igreja - cá fora, na Democracia ocidental, considera-se que o que é típico de sociedades decadentes é a protecção de criminosos sexuais que abusam de menores, como já alguém disse...

De resto, já se topa há muito que quem critica o apego a animais de estimação é pura e simplesmente porque não gosta de animais, sim, é realmente tão simples como isto, ou gosta de os poder usar como objectos, ou nutre simplesmente uma irritação sobre um afecto alheio, o que, sendo já de si ridículo, torna-se mesquinhamente palerma quando sai pela boca fora. E quando se tenta escudar esta repelente hostilidade com o argumento de que o que é preciso é fazer filhos, aí então à mesquinharia palerma adiciona-se a pirosice crassa, além da estreiteza de vistas, pois que, já agora, a baixa natalidade não é nenhuma tragédia só por si, ao contrário do que tem sido promovido na comunicação social.

De qualquer forma, esta parte de ser necessário canalizar para filhos o afecto dado a animais é outra coisa gira para ser dita por um padre, cuja instituição conserva milhares, senão milhões, de homens em posição de celibato voluntário, porque é a sua fé, depois alguns deles acham que a sua fé vale mais que o afecto alheio com o qual não têm corno a ver...

O apego a animais é uma coisa muito europeia, rara em África ou na Ásia. Não surpreende que um arauto de uma doutrina de origem asiática se dê mal com esta «mania» dos Europeus, como também não surpreende que esta mesma doutrina cresça em África mas esteja em decadência por toda a Europa.