sexta-feira, junho 10, 2022

DIA DA RAÇA


Nunca será demais celebrar o Dia da Raça, décimo do mês de Juno, celebrado na altura do ano em que na antiga Roma se honrava a Deusa do Fogo Sagrado da Pátria e do Lar, Vesta. 
É, como tenho dito há uma catrefa de anos, o «Natal dos Nacionalistas», tanto mais importante quanto mais se der importância à portugalidade. Tal como acontece há milhares de anos, tudo o que mereça respeito tem um dia do ano que lhe é consagrado, o que faz com que a tendência tradicional para sacralizar fique a pairar acima do espírito relativista e formalmente dessacralizador da época contemporânea. Convenção ou não, um dia consagrado é um dia em que a existência do que se consagra parece multiplicada na sua vitalidade. Os padrões mentais do homem arcaico perduram e por isso mesmo se percebe, conscientemente ou não, que o tempo não é todo igual. Pode medir-se, relativizar-se, considerar-se na perspectiva meramente quantitativa, mas, pelo menos ao nível humano, há no tempo algum sentido qualitativo. Por isso há um momento especial para tudo. E este é o momento do ano em que a condição de se ser desta Nação se afirma com mais premência, como quem faz anos ou saboreia a mística do Natal no ar, «só» porque o calendário assim o indica. É um dia para fazer o que não está na moda fazer-se: levar-se a sério o facto de se ser português, muito acima de qualquer justificação em torno de uma cena de vinte e dois gajos de calções a correr atrás de uma bola num relvado. É um dia para ser-se grandiloquente à vontade, comemorando o facto óbvio, imediato, central e vital de a sua própria existência se enquadrar no contexto de uma Grei caucasóide de língua indo-europeia que vive no extremo ocidente europeu, com séculos de História e milénios de estirpe, firmada por entre as rochas castrejas envoltas na álgida bruma do Atlântico Norte, erguida na sua soberania contra o Mouro e apesar do paternalismo imperial do irmão vizinho, Castelhano, de pé por si mesma com sangue e sacrifício, ou não fosse verdade que já os seus ancestrais declaravam ter o ferro para defender a sua liberdade em vez de oiro para a comprar.

Não há pois nada melhor para fazer neste dia senão proclamar a glória de Portugal e a honra devida ao maior dos seus vates, Luís Vaz de Camões, a quem também é dedicado o dia, o poeta que teve o bom gosto e grandeza de espírito de, apesar da intimidação inquisitorial que lhe foi movida, contemplar a presença dos Numes na Gesta Nacional, elevando-a às alturas etéreas e adamantinas a que se situavam já as obras clássicas da literatura latina e helénica.

Óleo de Carlos Alberto Santos representando as Tágides evocadas por Camões na obra «Os Lusíadas»

Também é um bom dia para acender velas, melhor do que a maioria dos outros dias, que hoje pode com mais propriedade saudar-se o que pode e deve chamar-se o Génio da Estirpe, no seu sentido original, a saber, o espírito fundador do Povo, e vem mesmo a calhar, dado que, por feliz coincidência, mais ou menos por esta altura do ano os antigos Romanos celebravam o culto de Vesta, Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria, e também o de Mater Matuta, Grande Mãe, Cujo culto se associa à Aurora... E é também uma feliz coincidência que o PNR, tal como outros partidos nacionalistas da Europa Latina, tenha adoptado como símbolo precisamente a Chama, que na Latinidade autêntica, pagã, é o sinal de Vesta, a Deusa do Lar acima referida...

Hino Nacional «A Portuguesa»
(letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil)
 I
Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!

II
Desfralda a invicta bandeira
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu novos mundos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar!

III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra e sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar!
Contra os canhões
marchar, marchar

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os portugueses são uma raça ou uma etnia?

10 de junho de 2022 às 12:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

dia da raça foi instituído na ditatura de Salazar. um português fascista que tinha apreço pelo nazismo, como tu. qual raça, delirante? o português é descendente de diversas tribos que habitaram a Lusitânia, conquistada pelos Romanos, Godos, Suevos, Muçulmanos, etc. o português atual é mestiço, descendente de diversos povos, de diversas origens, como todo europeu.

11 de junho de 2022 às 16:41:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não digas bacoradas, poupa-te à parvoíce de repetir vulgaridades facilmente rebatíveis. Infelizmente para ti, as raças ainda existem - e tanto existem que os teus donos não poupam esforços na incitação à miscigenação, que é para o mundo todo ficar como esse «paraíso» de merda que é a favela gigante onde moras. Todas as misturas acontecidas em território português não foram suficientes para que os Portugueses ficassem iguais aos Cabo-Verdianos, sequer aos brasucas.

13 de junho de 2022 às 00:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Os portugueses são uma raça ou uma etnia?»

Uma etnia... ou aliás uma Nação, se forem coisas diferentes... seremos de uma etnia galaico-portuguesa, ou de uma etnia maior, a da latinidade ibérica, ou, até, da latinidade pura e simples, o que incluiria Franceses, Valões, Romenos e Moldavos?

«Raça» por seu turno é hoje um termo que designa algo de estritamente biológico, mas, em sentido lato, já teve o significado de «Estirpe». Vem eventualmente do proto-germânico *rēsō (“curso”), que por sua vez viria do Proto-Indo-Europeu *reh₁s- (“fluir, progredir como corrente”).

13 de junho de 2022 às 00:42:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"o português atual é mestiço"

Fantástico como os zucas ignorantes vêm sempre com esta conversa. Os portugueses são totalmente west-eurasian (caucasoides) como tal é impossível sermos mestiços como vocês:

https://i.imgur.com/YZEwO7Q.png

Os portugueses por ADN estão com o resto da Europa e estão mais próximos por ADN até de finlandeses ou suecos, ou russos que estão de por exemplo um marroquinos:

https://i.imgur.com/p9cKx6Z.jpg

E as amostras que temos por exemplo da Idade do Bronze, para Portugal e Espanha mostram que somos praticamente a mesma gente desde a idade do bronze e ferro, tanto que os povos mais parecidos aos ibéricos da idade do bronze são as amostras de portugueses e espanhois:

https://i.imgur.com/jWAMP9h.jpg

13 de junho de 2022 às 14:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

raça antigamente significava etnos então era usado pra macro raça e sub raças/sub troncos raciais pode significar ate grupo quando vc diz nao tolero essa raça e tambem vigor coragem e no ingles corrida

13 de junho de 2022 às 16:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

cabo verdianos sao considerados negros pelos movimentos sociais atuais hoje em dia o racialismo anglo/afro nordicista/nazi da cia/reds está em voga e vai soterrando o modelo iberico de classificação racial onde se enfatizava marrons/mongrels e seus sub tipos muitos mediterranistas da net dizem que nordicistas e afrocentristas sao o mesmo apagam povos meds e marrons para pintar todos de nordicos ou bantus ignorando as sub raças caucasoides da bacia do med e sso asiatico ou seja se querias citar mestiços tinhas de citar latrinos das americas e ate marrons da asia monhes que tu chamas de arianos caucasicos

13 de junho de 2022 às 16:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"dia da raça foi instituído na ditatura de Salazar. um português fascista que tinha apreço pelo nazismo, como tu. qual raça, delirante? o português é descendente de diversas tribos que habitaram a Lusitânia, conquistada pelos Romanos, Godos, Suevos, Muçulmanos, etc. o português atual é mestiço, descendente de diversos povos, de diversas origens, como todo europeu."

Fala por ti, rafeiro. E mesmo que os portugueses fossem o mais misturados que existem, isso não é desculpa para encher este país com outras gentes, muito menos africanos, monhés, chineses e o raio que te parta que defendes mas que és incapaz de meter em tua própria casa.

13 de junho de 2022 às 18:18:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Os portugueses por ADN estão com o resto da Europa e estão mais próximos por ADN até de finlandeses ou suecos, ou russos que estão de por exemplo um marroquinos:

https://i.imgur.com/p9cKx6Z.jpg

E as amostras que temos por exemplo da Idade do Bronze, para Portugal e Espanha mostram que somos praticamente a mesma gente desde a idade do bronze e ferro, tanto que os povos mais parecidos aos ibéricos da idade do bronze são as amostras de portugueses e espanhois:

https://i.imgur.com/jWAMP9h.jpg»


Precioso. Obrigado.

13 de junho de 2022 às 21:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

https://canaltech.com.br/ciencia/dna-europeu-sofreu-mudanca-pela-selecao-natural-nos-ultimos-tres-mil-anos-202909/

ahem...

14 de junho de 2022 às 15:08:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"E as amostras que temos por exemplo da Idade do Bronze, para Portugal e Espanha mostram que somos praticamente a mesma gente desde a idade do bronze e ferro, tanto que os povos mais parecidos aos ibéricos da idade do bronze são as amostras de portugueses e espanhois"

vocês, racistas, não dizem que está acontecendo uma "grande substituição"? ops.

14 de junho de 2022 às 16:33:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sim, é ops - porque só mesmo com essa grande substituição é que se pode alterar o grosso de uma população que já existe há mais de três mil anos.

14 de junho de 2022 às 19:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

https://canaltech.com.br/ciencia/dna-europeu-sofreu-mudanca-pela-selecao-natural-nos-ultimos-tres-mil-anos-202909/

«ahem...», diz o brasuca, que não sabe quando foi a Idade do Ferro e a Idade do Bronze...

14 de junho de 2022 às 19:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

De facto,
https://www.dn.pt/lusa/ibericos-descendem-na-maioria-de-povos-das-estepes-russas-revela-estudo-genetico-10680819.html

14 de junho de 2022 às 20:05:00 WEST  

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