CRÓNICA DO DESENVOLVIMENTO DO VÍRUS UNIVERSALISTA - O PAPA A MINAR O DIREITO EXCLUSIVO DA NAÇÃO SOBRE O QUE É DA NAÇÃO
Afirma o papa que os bens de um país também "são do estrangeiro". Os católicos mais patriotas estão chocados, muito surpreendidos. Não perceberam ainda que o Cristianismo é mesmo isto, o universalismo. A lógica do argumentário papal é coerente, leia-se, a itálico:
“Hoje requer-se que a convicção do destino comum dos bens da terra se aplique também aos países, aos seus territórios e aos seus recursos. Se o olharmos não só a partir da legitimidade da propriedade privada e dos direitos dos cidadãos duma determinada nação, mas também a partir do primeiro princípio do destino comum dos bens, então podemos dizer que cada país é também do estrangeiro, já que os bens dum território não devem ser negados a uma pessoa necessitada que provenha doutro lugar.”
(Papa Francisco, Carta Encíclica, Fratelli Tutti, Sobre a Fraternidade e a Amizade Social, pág. 32, 33, Santa Sé, Vatican.va, 2020.)
Só uma lógica rigorosamente nacionalista - logo, incompatível com o universalismo - pode rejeitar o discurso papal, porque só a lógica nacionalista permite dizer não, o destino comum dos bens da Nação não é "as pessoas" mas sim as pessoas da Nação". Só a título de caridade, até de simpatia, podem os bens de uma Nação ser dados a outra, se os nacionais da Nação que dá tiverem garantido o que é seu - nunca por dever.
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