ANIMALISMO

O Animalismo em sentido político é uma corrente ideológica tipicamente europeia, decorrente da antiga tendência ocidental para defender os mais vulneráveis. Na Grécia antiga, já Pitágoras e Teofrasto condenavam o abate de animais, considerando que estes também tinham alma como os humanos. Na Índia, parente étnica da Europa na sua identidade indo-europeia ou árica, também os animais foram já de algum modo protegidos a partir do século III a.c. com a doutrina da ahimsa, que manda evitar a violência contra seres vivos.

Não há nada na lógica da defesa da Europa que possa servir para condenar o animalismo. Nenhuma filosofia identitária é eficiente a deitar abaixo o respeito para com os animais. Alije-se daqui a embirrância conservadora contra «as modernices» sejam elas quais forem, só por serem «modernices» ou por serem bradadas por bocas juvenis ou revolucionárias... ou porque a alguns convém manter a podridão da violência cruel para com os animais, que só pode justificar-se quando se consegue pôr o prazer de massacrar seres vivos acima do dever de os deixar em paz. Há que saber separar o trigo do joio e perceber que até o mais errado dos militantes pode ter razão pelo menos uma vez na vida.