ÍNDIA - MULHERES EXIGEM PODER PRESTAR CULTO A DIVINDADES HINDUS EM MESQUITA CONSTRUÍDA SOBRE TEMPLO HINDU

Templo hindu e mesquita, separados, até 2018, por um muro

Em 18 de Agosto, um tribunal de Varanasi buscou uma resposta do governo de Uttar Pradesh, Kashi Vishwanath Temple Trust e do comité de gestão da mesquita de Gyanvapi, enquanto cinco mulheres hindus entraram com uma acção solicitando a restauração do seu direito de adorar divindades dentro do antigo complexo do templo.

Na petição, foi mencionado que o complexo do templo foi convertido em mesquita durante o governo mongol na região.

O juiz Ravi Kumar Diwakar, Juiz Civil Sénior do Tribunal de Varanasi, buscou a resposta do comissário de polícia e do Magistrado Distrital de Varanasi sobre a acção movida pelas mulheres. O apelo é liderado por uma mulher hindu, Rakhi Singh. Os defensores Hari Shankar Jain e Vishnu Shankar Jain argumentaram no Tribunal que os devotos têm o direito de adorar as divindades, visíveis ou invisíveis, dentro do complexo do Antigo Templo Kashi Vishwanath. O complexo original do templo Kashi Vishwanath foi destruído pelo soberano muçulmano Aurangzeb durante o seu regime.

Jain acrescentou ainda que os réus deveriam ser condenados a não interferir nos direitos religiosos fundamentais dos demandantes, que incluíam a decoração de ídolos de Bhagwan Ganesh, Bhagwan Hanuman, Devi Gauri e Nandi no templo. Solicitou ao Tribunal a aprovação de liminar determinando os réus a não prejudicarem os ídolos.

O juiz fixou a data para a resolução das objecções a 10 de Setembro e disse: “No presente caso, o governo da UP foi acusado pelos demandantes. Portanto, é necessário ouvir o réu. Os autores devem pleitear notificação dos réus dentro de três dias.”

Noutra notícia, a Suprema Corte de Allahabad instruiu o governo estatal e o Centro a apresentar as suas respostas a uma petição desafiando a ordem de um tribunal de Varanasi que ordenou que a ASI conduzisse uma pesquisa abrangente do complexo da Mesquita de Gyanvapi para descobrir se um templo foi destruído antes de aí construir a mesquita. O juiz Prakash Padia emitiu a orientação sobre uma petição apresentada por Anjuman Intazamia Masjid, Varanasi e UP Sunni Central Waqf Board. O tribunal ouvirá o caso em 29 de Setembro.

Tentativas de recuperar terras do templo

A luta para recuperar o terreno do templo no qual fica a mesquita Gyanvapi já dura décadas. No entanto, nos últimos tempos, houve um progresso notável. Em Fevereiro de 2021, uma acção foi movida para restaurar a adoração de divindades no complexo da mesquita. Em Abril de 2021, o Tribunal permitiu uma pesquisa ASI da mesquita. Uma equipa de 5 membros, incluindo dois muçulmanos, foi nomeada para o mesmo. Uma petição pedindo a suspensão da pesquisa foi posteriormente apresentada no Tribunal Superior de Allahabad.

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Fonte: https://timesofindia.indiatimes.com/india/women-seek-right-to-worship-deities-inside-kashi-mosque/articleshow/85442750.cms?utm_source=contentofinterest&utm_medium=text&utm_campaign=cppst&fbclid=iwar3gyusvtq1i4i7nr_ylaqau9etcvalhhsqpejgr6ngli1rrdsy1m_qwle8

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Uma parte da terra fora do Gyanvapi Masjid em Varanasi foi entregue ao Kashi Vishwanath Temple Trust em troca de outro pedaço de terra. O comitê que governa a mesquita doou 1.700 pés quadrados de terreno para o Temple Trust. Em troca, obteve um terreno de 1.000 pés quadrados com o mesmo valor. “Ambas as parcelas têm o mesmo valor”, disse Sunil Verma, CEO da Kashi Vishwanath Temple Trust, citado pela PTI.
O terreno doado para o templo faz parte da propriedade do Waqf Board. Como o terreno não pôde ser comprado, um terreno de igual valor foi entregue ao comitê masjid, disse Verma.
No início deste ano, em Abril, um tribunal de Varanasi concedeu permissão ao Archaeological Survey of India (ASI) para realizar um levantamento do templo Kashi Vishwanath e do complexo da mesquita Gyanvapi.
O tribunal ouviu um apelo apresentado pelo advogado Vijay Shankar Rastogi para que o terreno onde ficava a mesquita de Gyanvapi fosse transferido para os hindus.
O peticionário alegou que a mesquita foi construída pelo imperador mogol Aurangzeb em 1664 depois de derrubar uma parte do templo Kashi Vishwanath.
Em Janeiro de 2020, o Comité Anjuman Intezamia Masjid apresentou uma objeção contra a petição que buscava uma pesquisa no complexo de Gyanvapi.

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Fonte: https://zeenews.india.com/india/portion-of-land-outside-gyanvapi-mosque-given-to-kashi-vishwanath-temple-2378791.html

Mais sobre o que está em causa pode ser lido aqui: https://www.telegraphindia.com/india/gyanvapi-mosque-wall-concern/cid/1672718
bem como aqui: https://en.wikipedia.org/wiki/Gyanvapi_Mosque#Demolition_of_Vishweshwar_Temple

O local foi anteriormente ocupado por um templo Vishweshwar, estabelecido por Todar Mal em conjunto com Narayana Bhatta (o chefe da família Brahmin mais famosa de Banaras ) no final do século XVI. Bir Singh Deo Bundela , um associado próximo de Jahangir , foi provavelmente um patrono temporário no início do século XVII e restaurou o templo até certo ponto. Detalhes precisos sobre o templo e a história do local são debatidos (consulte a seção subjacente sobre a história popular) até certo ponto.

Por volta de 1669, Aurangzeb ordenou a demolição do templo e encomendou a construção da mesquita Gyan Vapi, no local.

(...)

No final do século XVIII, quando a Companhia das Índias Orientais ganhou o controle direto de Banaras, o sucessor de Malhar Rao (e nora) Ahilyabai Holkar construiu o atual Templo Kashi Vishwanath imediatamente ao sul da mesquita - este, no entanto, tinha uma marcante configuração espacial diferente e era ritualmente inconsistente. Além disso, o lingam original foi supostamente escondido pelos sacerdotes dentro do poço Gyan Vapi durante o ataque de Aurangzeb. Assim, o pedestal continuou a ser considerado mais sagrado do que o templo pelos peregrinos hindus por bem mais de um século - no início dos anos 1900 - antes que o Kashi Vishwanath conseguisse se instalar como o componente central das rotas de peregrinação.

Por todo esse tempo, o Gyan Vapi seria ferozmente contestado por hindus e muçulmanos, com cada lado investindo ferozmente nos complexos Gyan Vapi, na mesquita e no templo (também, consulte a seção subjacente sobre comunalismo). 

Em 1828, Baiza Bai, viúva do governante Maratha Daulat Rao Scindhia, construiu uma colunata para apoiar um telhado sobre o Gyan Vapi. MA Sherring, escrevendo em 1868, observa que os hindus permitiram involuntariamente que os muçulmanos mantivessem a mesquita; reivindicaram o pedestal, bem como a parede sul, e obrigaram os muçulmanos a usar a entrada lateral. Os muçulmanos construíram um portal no meio da plataforma em frente à mesquita, mas não foram autorizados a usá-lo pelos hindus. Os hindus também veneravam uma árvore peepal pendurada no portal e não permitiam que os muçulmanos "arrancassem uma única folha dela". Edwin Greaves (1909) descobriu que a mesquita "não era muito usada", mas sempre foi uma "monstruosidade" para os hindus.

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É mais um magnífico exemplo vindo da Índia de como se faz integral militância nacional, ou seja, activismo etno-religioso, pois que uma Estirpe é composta, não apenas de sangue e língua, mas também de culto - Religião, Genética e Idioma são os três constituintes de qualquer grupo étnico.
É mister que os europeus assim procedam, tão depressa quanto possível, em todo o continente, dos Urais às Flores.