segunda-feira, agosto 30, 2021

EUA - EX-CONSELHEIRO DE TRUMP DIZ QUE OCIDENTE DEVIA TRAVAR PAQUISTÃO E APOIAR A ÍNDIA

John Bolton, ex-funcionário sénior dos EUA, exortou Washington a assumir uma linha dura contra o Paquistão após o colapso do governo do Afeganistão apoiado pelos EUA.
Ele atacou na Lues (23) o Paquistão no jornal Washington Post pelo seu suposto apoio aos Talibãs, recomendando sanções, e sugeriu que ataques militares contra as armas nucleares do país poderiam estar em ordem se certas condições fossem cumpridas.
"Com a queda de Cabul, o tempo de negligência ou equívoco acabou. A tomada do poder pelos Talibãs na porta ao lado representa imediatamente um risco muito maior de que os extremistas paquistaneses aumentem a sua já considerável influência em Islamabad, ameaçando em algum momento tomar o controle total", escreveu Bolton em artigo de opinião.
Sugerindo que o exército do Paquistão e os serviços de segurança, e não a administração civil, eram as verdadeiras forças no comando do país hoje, Bolton argumentou que os Inter-Serviços de Inteligência (ISI, na sigla em Inglês) paquistaneses "têm sido por muito tempo um foco de radicalismo", e que este radicalismo "tem-se espalhado por todo o exército, para postos cada vez mais altos".
Segundo Bolton, o ISI oferece santuário, armas e apoio logístico aos Talibãs dentro do Paquistão, e sugeriu que o grupo militante afegão pode agora "devolver o favor do santuário aos talibãs paquistaneses" depois de tomar Cabul no início deste mês.
O ex-alto responsável norte-americano também confrontou as até 150 armas nucleares à disposição de Islamabad, que elevam "as tensões na região a níveis sem precedentes". Por causa de tudo isto, diz, os EUA e a OTAN deviam ter uma presença permanente no Afeganistão, cortar a ajuda e relações com Paquistão, e acelerar a sua "inclinação em direção à Índia".
Como parte de uma entrevista em podcast realizada na Vernes (27), John Bolton clarificou que a "acção preventiva" que referiu significava realizar ataques militares contra as armas nucleares do Paquistão de forma a evitar que terroristas tomem controle delas e as utilizem pelo mundo afora.
O republicano acusou Islamabad de praticar uma "abordagem de duas caras" com os EUA, fornecendo aos Talibãs dinheiro, armas e conselhos militares, enquanto "sorri" na cara das autoridades norte-americanas "e diz que não estão a fazer nada disso".
Bolton foi assessor de segurança nacional sob a presidência de Donald Trump (2017-2021) entre 9 de Abril de 2018 e 10 de Setembro de 2019, e deixou o seu posto após o chefe do Executivo dos EUA recusar seguir o seu conselho de iniciar guerras com o Irão e a Coreia do Norte.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/americas/2021082817950925-paquistao-mostra-2-caras-aos-eua-diz-ex-assessor-de-trump-propondo-ataque-a-suas-armas-nucleares/

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O velhote pode ter exagerado um bocadito a respeito do Irão e da Coreia do Norte - se é que quis mesmo iniciar conflitos bélicos com qualquer desses países, mas é bom saber que alguém que é ou pelo menos foi influente no governo dos EUA apela a que se limite a influência do único país muçulmano que possui armas nucleares e que se apoie a Índia, natural aliada do Ocidente por todos os motivos.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

https://istoe.com.br/lider-de-movimento-antimascara-pega-covid-19-e-morre-nos-eua-aos-30-anos/

30 de agosto de 2021 às 21:14:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

pensei que os eua tinham dado ogivas aos pakis por causa dos comunas da india

30 de agosto de 2021 às 22:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Acho que nem tinha a ver com comunas da Índia, apenas com o facto de que a Índia era aliada da URSS e a política ianque sempre se centrou no combate a Moscovo.

30 de agosto de 2021 às 23:19:00 WEST  

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