«PORTUGUÊS» QUE MATOU «PORTUGUÊS» EM FRANÇA ERA CIGANO
Carlos Soares foi morto por uma bala perdida na semana passada, em Pontoise, na região parisiense, e os três suspeitos detidos são também de origem portuguesa.
«Os três alegados autores principais estão presos preventivamente e acusados de homicídio. […] Aparentemente os três indivíduos são da comunidade cigana portuguesa», disse Sandrine Parise-Heideger, advogada da família de Carlos Soares, em declarações à Agência Lusa.
Carlos Soares, 34 anos, cresceu no bairro Marcouville, um bairro difícil nos arredores da cidade de Pontoise. Apesar de ser uma cidade «onde as pessoas vivem bem» e com elevado nível de vida», certos pontos desta cidade têm bairros onde «as pessoas têm dificuldades em viver em conjunto», explicou a advogada.
Alexandre Soares, presidente da associação portuguesa Estrelas De Portugal Cergy-Pontoise, descreveu a mesma situação: «Há bairros que são inseguros e nós evitamos ir a certos sítios por causa disso. Não se pode ir a todo o momento a todo o lado», disse o dirigente associativo, referindo que em Pontoise há uma «grande» comunidade portuguesa e que a sua associação conta com cerca de 50 alunos entre jovens e adultos que aprendem o Português.
Alexandre Soares conhecia pessoalmente Carlos Soares e diz que os portugueses da região estão «preocupados» e «revoltados».
«Estamos preocupados, ainda por cima quando conhecemos as pessoas. Não foi de propósito, ele estava no sítio errado, num mau momento. Mas estamos revoltados, no entanto guardamo-lo para nós», sublinhou.
Como fazia habitualmente, apesar de já não viver em Marcouville, Carlos Soares passou para visitar os amigos no seu antigo bairro e estava a participar num pequeno churrasco quando uma camioneta atropelou voluntariamente um jovem, que acabou por morrer, e um dos indivíduos no veículo saiu e começou a disparar com uma arma de fogo.
Carlos foi atingido por uma das balas e não resistiu aos ferimentos, tendo morrido nessa mesma noite no hospital. A razão deste duplo homicídio terá sido o alegado roubo de uma mota.
Os amigos de Carlos Sousa organizaram uma recolha de doações na internet para ajudar nas despesas com o funeral, mas também para apoiar a viúva e a filha de cinco anos do casal.
«A sua mulher é formidável e está a enfrentar as coisas da maneira possível, porque tem de cuidar da filha que chora e pede pelo pai. É apoiada pela família e pelos amigos. As pessoas gostavam tanto do Carlos que toda a gente de Marcouville a está a apoiar também», indicou a advogada.
Contactadas pela Agência Lusa, as autoridades de polícia da região, a Prefecture da região de Val-d’Oise, preferiram não comentar sobre o aumento da delinquência neste e noutros bairros da região parisiense que têm levado a várias mortes devido a rixas entre jovens.
«Desde há um ano, na região de Paris, há novamente muitos crimes de sangue. Claro que há tráfico de drogas, roubos de carros, mas isso é uma delinquência comum. No entanto, há uma agressividade que se multiplicou e uma passagem aos actos muito rápida, parece que a vida humana não tem qualquer importância», lamentou a advogada da família do lusodescendente.
O processo por homicídio demora no mínimo 18 meses em França e com os atrasos nos tribunais devido à covid, é possível que só haja uma decisão daqui a dois ou três anos.
O funeral de Carlos Soares vai acontecer na manhã de sábado em Pontoise e o corpo vai ser trasladado para Portugal onde na terça-feira haverá uma cerimónia fúnebre em Guimarães, de onde a família é originária.
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Um louvor é devido a este pequeno jornal que revela os «pormenores» que os «jornalistas» da imprensa dominante «esquecem» ou pura e simplesmente ocultam, nomeadamente o da identidade étnica dos agressores. Eu já tinha ouvido esta notícia antes e de imediato, é que de imediato, «adivinhei» logo que os «portugueses» não eram portugueses a sério - agora limitei-me a confirmá-lo, sem surpresa alguma.
O que na notícia se diz a respeito da distinção entre pobreza e violência criminosa é particularmente significativo, mas só surpreende quem andar de vistas tapadas e não souber o quanto as minorias étnicas não europeias andam, há muito, de costas quentes com o sistema, e como isso lhes facilita o cometimento de actos violentos. Contra isto, só o Nacionalismo é cura - um Nacionalismo democrático que saiba limitar a actuação desta gente e, sempre que possível, expulsá-la do território europeu.
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