quarta-feira, novembro 25, 2020

PRETENSO POLÍGRAFO VAI EM SOCORRO DE COLEGA ANTIRRA AFRICANO E ENTERRA-SE COM ELE

"Mamadou Ba participou num debate online onde se abordava o discurso de ódio no mundo, e acabou por proferir declarações que estão a gerar muita polémica nas redes sociais. No vídeo, que está disponível no YouTube a toda a gente, pode ouvir-se Mamadou Ba a dizer: 'Temos de matar o homem branco. O homem branco que se mostrou até aqui tem de ser morto. Para evitar a morte social do sujeito político negro, é preciso matar o homem branco assassino, colonial e racista'", descreve-se no texto do artigo.
A citação é verdadeira e está devidamente contextualizada?
De facto, Mamadou Ba, dirigente da associação SOS Racismo, foi um dos participantes numa conferência digital sobre o "racismo e avanço do discurso de ódio no nundo" que foi transmitida na plataforma YouTube, mais especificamente no canal "Pensar Africanamente", no dia 21 de Novembro.
Numa das suas intervenções, já na segunda metade da conferência, Mamadou Ba defendeu a necessidade de criação de uma nova narrativa para combater o discurso de ódio: "O processo de animalização, de desumanização, apresenta-se quotidianamente nas nossas vidas a partir da desvalorização da nossa própria condição de poder reclamar voz e condição de sujeito político. (...) Nós temos tanto para oferecer ao mundo. O que está mais em disputa é a nossa capacidade em termos autonomia da nossa voz. (...) O que mais importa para combater o discurso de ódio é propor uma nova narrativa, um novo discurso, uma nova forma de o aliado inventar a humanidade. É reclamar a ideia de que não há humanidade a partir desta ideia enganosa de que o alfa e o ómega do mundo partem desta orocentralidade do pensamento".
Posto isto, Mamadou Ba avançou para a declaração mais controversa: "Nós temos é que matar o homem branco como sugeria o [Frantz] Fanon. O homem branco que nos trouxe até aqui tem de ser morto. Para evitarmos - como dizia Orlando Patterson - a morte social do sujeito político negro é preciso matar o homem branco, assassino, colonial e racista".
Contactado pelo Polígrafo, Mamadou Ba sublinha que as suas palavras estão a ser interpretadas de uma forma "muito errada" e "desonesta" nas redes sociais. "É uma citação que está na obra do Frantz Fanon. Essa frase foi, aliás, em resposta à intervenção anterior de Thula Pires que falou dele", ressalva.
"O que quis dizer foi que, para combater o racismo, é necessário combater a ideologia da supremacia branca, o subconsciente coletivo das sociedades marcadas pelo processo colonial e a ideia de superioridade da raça. A ideia de que o homem branco é superior a outras raças e outras culturas", esclarece.
Em suma, a frase isolada carece do respetivo contexto e por isso é enganadora, apresentada desta forma, ainda para mais quando se omite a parte em que Mamadou Ba disse "como sugeria o Fanon". Tal como o visado explicou ao Polígrafo, aliás, "é uma citação que está na obra do Frantz Fanon", em resposta a uma intervenção anterior.
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Fonte: https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/mamadou-ba-disse-que-nos-temos-e-que-matar-o-homem-branco?utm_source=facebook_sharebutton&utm_medium=social&utm_campaign=social_sharebutton&fbclid=IwAR2A3306Sd1JwWf6i3n8eABBr0vPaYnvYGYT2LkzgVDEM1RaW35EmQ7GsX8

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Pior a emenda do que o soneto. O senegalês declara «o homem branco tem de morrer», depois especifica que «é preciso matar o homem branco, assassino, colonial e racista», o que significa que a sua concepção de branco é a de «assassino, colonial e racista», porque só assim tem sentido que diga «o homem branco tem de morrer» em vez de começar por dizer «o racista tem de morrer» ou, pelo menos, «o branco racista tem de morrer». Ou seja, é como se dissesse primeiro o «apelido» e só depois o «nome todo».
Onde «isto» quer chegar é bem sabido - à ideia de que a categoria de «branco» deve ser destituída do trono que ocupa em sua própria casa, não tendo o direito a defender-se como raça por causa do seu alegado passado de opressão. Um africano a dizer uma merda destas na terra da única raça que acabou com a escravatura em África, é o cúmulo do despudor e do ressentimento mais ridículo.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se o homem branco morrer quem dará comida e vacina para o negro?
Os árabes?
Os chineses?
Quem mais neste mundo,além do homem branco daria coisas se graça sem nada receber em troca?

o carrapato quer matar o hospedeiro...

26 de novembro de 2020 às 04:06:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Se fosse ao contrário era logo aí que nem todos os negros, muçulmanos são assim, não podes catalogar um grupo por meia dúzia.
Mas e o branco, podem dizer tudo pois não conta como racismo.
Já sabemos que não há coerência nem lógica nesta gente do ocidente europeizada.
Salvem se os mongóis que esses sim tem qi maior que os europeus

26 de novembro de 2020 às 12:56:00 WET  

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