domingo, junho 21, 2020

ALEMANHA - ESTADO ESTAVA HÁ TRINTA ANOS A RETIRAR CRIANÇAS DOS SEUS PAIS PARA AS ENTREGAR A PAIS ADOPTIVOS PEDÓFILOS

Investigadores da Universidade de Hildesheim, na Baixa Saxónia, descobriram que durante quase 30 anos um professor de psicologia colocou propositadamente crianças abandonadas junto de pais adoptivos com um historial de pedofilia que chegaram inclusive a receber apoios públicos. Tudo isto com o conhecimento das autoridades, avançou o Deutsche Welle esta quinta-feira.
Tudo começou nos anos 70, quando Helmut Kentler, um professor que ocupava uma posição de liderança no centro de pesquisa educacional de Berlim, decidiu começar o seu estudo, convencido de que o contacto entre pedófilos e crianças era inofensivo. Segundo o professor Kentler, que morreu em 2008, aqueles homens eram pais adoptivos especialmente carinhosos.
A “experiência” só foi descoberta há alguns anos, quando duas das vítimas decidiram contar a sua história, dando início ao estudo realizado pela Universidade de Hildesheim.
Com recurso a documentos e a entrevistas, os investigadores universitários descobriram que a experiência contava com uma densa “rede entre instituições educacionais”, o escritório de assistência social juvenil e o Senado (a câmara alta do Parlamento alemão), na qual a pedofilia era “aceite, apoiada, defendida“. Durante quase 30 anos, estas instituições fecharam os olhos, tendo até aprovado algumas das colocações das crianças junto de pais adoptivos com um historial de pedofilia.
Alguns dos pais adoptivos, segundo o estudo, eram académicos de alto perfil, sendo que a rede descoberta incluía membros importantes do Instituto Max Planck, da Universidade Livre de Berlim e da Escola Odenwald, em Hesse, que há vários anos esteve no centro de um escândalo de pedofilia.
O professor, que mantinha o contacto regular com as crianças e os pais adoptivos, nunca foi acusado e as vítimas não receberam qualquer compensação, uma vez que quando estas decidiram falar sobre a sua experiência o caso já tinha prescrito.
Esta não foi a primeira vez que o caso foi investigado. Em 2016, a Universidade de Göttingen publicou um relatório sobre a “Experiência Kentler”, notando a falta de interesse do Senado em descobrir a verdade. Desta vez, as autoridades de Berlim garantem que irão desvendar o caso, escreve o mesmo jornal.
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Fonte: https://observador.pt/2020/06/18/projeto-alemao-colocou-criancas-a-morar-com-pedofilos-durante-30-anos/?fbclid=IwAR1pS56YM5AmzPvzD9Y7CaMLGLaCpUjFzctGDYRisHrqIoXAw89-PwyFj4M

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Enquanto as elites que controlam a comunicação social emitem continuamente a mensagem de que, na constituição de uma família, o sangue não interessa nada, o «sentimento» é que conta, enquanto por coincidência esta questão de família de sangue «versus» família de sentimento é continuamente o foco das telenovelas de horário nobre, umas a seguir às outras, durante anos - e é muito comum, nessas novelas, pôr o filho a odiar o pai, ou a filha a odiar a mãe, cria-se ali uma personagem pai/mãe que é má como as cobras, come crianças ao pequeno-almoço, daí que, lá pelo meio da novela, já é habitual, até previsível, o filho/a manifestar abertamente o seu ódio ao progenitor, pondo mesmo a possibilidade de o agredir... ah, o ideal cristão da dissolução dos laços de sangue - da criação de ódio dentro de cada família, como o próprio JC disse querer fazer, textualmente - em proveito do amor universal, sem barreiras...
Pois enquanto isto se passa, à frente de toda a gente, também isto tem acontecido, mas nos bastidores, até agora - pais adoptivos é que é bom, pois 'tá claro, porque o que conta «é o sentimento!» e os psicólogos, como cientistas sociais que são, sabem bem a quem tiram crianças e a quem as dão...