segunda-feira, novembro 04, 2019

ÍNDIA AFIRMA QUE CHINA NÃO DEVE IMISCUIR-SE NO CASO DE CAXEMIRA

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Índia, Raveesh Kumar, respondeu nesta Joves ao protesto de Pequim sobre Nova Déli que dividiu formalmente o território de Jammu e Caxemira em dois Estados, dizendo que a China deveria respeitar a decisão, pois era assunto interno do país.
No início do dia, a Índia formalmente dividiu o Estado de Jammu e Caxemira em dois territórios separados - o território da união de Jammu e Caxemira e o território da união de Ladakh, parte da qual é reivindicada pela China. Em resposta, o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que a medida era "ilegal" e Pequim opôs-se-lhe firmemente.
"A China está bem ciente da posição consistente e clara da Índia sobre esse assunto. A questão da reorganização do antigo Estado de Jammu e Caxemira nos Territórios da União de Jammu e Caxemira e Ladakh é um assunto inteiramente interno da Índia. Não esperamos que outros países, incluindo a China, venham comentar os assuntos internos da Índia", afirmou Kumar.
O porta-voz também disse que a China continuou a ocupar ilegalmente grande parte do território da Índia, em referência à disputada área fronteiriça de Aksai Chin na região autónoma da China, em Xinjiang.
"A China continua a ocupar uma grande área nos territórios da União de Jammu e Caxemira e Ladakh", acusou Kumar.
Acrescentou que Nova Déli também transmitiu a Pequim, em várias ocasiões, suas preocupações com o Corredor Económico China-Paquistão, a iniciativa de US$ 60 biliões do projecto «Um Cinturão, Uma Rota da China», que visa a construção de projectos de infra-estrutura em todos os territórios do Paquistão reivindicados pela Índia.
Kumar concluiu que a Índia e a China precisavam de dialogar para encontrar uma solução mutuamente aceite para a disputa territorial: "No que diz respeito à questão das fronteiras, Índia e China concordaram em procurar uma solução justa, razoável e mutuamente aceite para o problema por meio de consultas pacíficas com base nos parâmetros políticos e princípios orientadores", comentou Kumar.
O Parlamento indiano adoptou a decisão sobre a divisão da região contestada em Agosto, enquanto o governo revogou o estatuto especial concedido ao Estado. O movimento azedou as relações entre Índia e Paquistão, que também reivindicam o território, com Islamabad expulsando o embaixador indiano e interrompendo o comércio bilateral com Nova Déli.
Em Setembro, China e Paquistão emitiram uma declaração conjunta no território disputado em que Pequim reafirmou o seu apoio a Islamabad na questão da Caxemira e disse que se opunha a qualquer acção unilateral que pudesse complicar o status quo regional.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2019103114715827-tensao-china-nao-deve-se-meter-nos-assuntos-internos-sobre-a-caxemira-diz-india/?fbclid=IwAR13XDoEgJBU9klIsC0cTXwFWavWuCegFAsvLMbcuyBWJZHm-qDMC28JAjI

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A China a colocar-se subtilmente ao lado dos Paquisaneses, isto é, dos muçulmanos... era bem tempo de uma Europa etnicista se colocar ao lado dos seus parentes indianos - os hindus, bem entendido.