quarta-feira, junho 26, 2019

SOBRE A IMINVASÃO EM FRANÇA

"Ao tratarmos da França de 2019, não mais é possível negar que uma monumental e perigosa transformação, uma 'Grande Guinada', esteja em andamento", salientou Michel Gurfinkiel, fundador e presidente do Instituto Jean-Jacques Rousseau. Ele lamenta "a morte da França como país diferenciado ou pelo menos como a Nação judaico-cristã ocidental que até então supúnhamos ser". Uma recente reportagem de capa do semanário Le Point chamou a mudança de "a grande revolta".
Guinada ou Revolta, os dias da França como nós a conhecemos estão contados: a sociedade francesa perdeu o seu centro de gravidade cultural, o velho estilo de vida está a desaparecer e próxima do "fim". O "francesismo" está desaparecendo e sendo substituído por uma espécie de balcanização de enclaves que não se comunicam uns com os outros. Para o país mais atingido pelo fundamentalismo islâmico e pelo terrorismo, isto não é nada bom.
A guinada francesa também está-se a tornar geográfica. A França de hoje dá a impressão de estar dividida em "guetos para os ricos" e "guetos para os pobres", de acordo com uma análise do mapa eleitoral realizado pelo Le Monde, o jornal de maior circulação jornal da França. "Na região mais pobre, 6 em cada 10 residências recém-assentadas contam com um membro nascido no exterior", observa o Le Monde. Uma espécie de abismo já separa as periferias em França, pequenas áreas urbanas, subúrbios e áreas rurais, da metrópole globalizada dos "boémios burgueses", ou "bobos". Quanto mais as elites francesas, com a sua renda disponível e lazer cultural se enclausuram nos seus enclaves, menor é a probabilidade de compreenderem o impacto quotidiano do multiculturalismo e da imigração em massa, que deu com os burros n'água.
Um recente levantamento europeu reflectiu as "duas Franças que não se cruzam nem falam entre si", observou Sylvain Crepon, da Universidade de Tours, ao analisar o sucesso do partido União Nacional de Marine Le Pen na última eleição para o Parlamento Europeu. Le Pen e o presidente Emmanuel Macron, os dois vencedores das eleições falam para grupos sociológicos totalmente diferentes. Nos subúrbios de Paris: Aulnay-sous-Bois, Sevran, Villepinte and Seine-Saint-Denis, a União Nacional de Extrema-Direita disparou. Nos municípios, Le Pen está em grande medida, atrás: ficou em quinto lugar em Paris, terceiro em Lille e quarto em Lyon. Segundo Crepon: "esses municípios serão protegidos dos votos da União Nacional por meio da sua estruturação sociológica. Há-de-se reconhecer a fala populista que diagnostica uma elite desconectada. Isto dá suporte à ideia de uma ruptura sociológica, o que não está totalmente errado".
De um lado dessa ruptura encontram-se cidades como Dreux, que Valeurs Actuelles chamou "a cidade que prenuncia a França do amanhã": "De um lado, uma cidade sumptuosa com vestígios de uma história que acredita que todas as coisas estão sendo modificadas (milenaristas), do outro, bairros permeados com narcotráfico e islamismo. Os burgueses do centro da cidade votam em Macron, os 'branquinhos' em Le Pen".
Do outro lado está Paris. "Todas as metrópoles do mundo têm a mesma sorte. É onde a riqueza flui e onde a aliança entre os 'vencedores da globalização' e seus 'criados', imigrantes que vieram para servir os novos senhores do mundo, cuidam dos seus filhos, entregam pizzas ou trabalham nos seus restaurantes", escreve o respeitado cronista social Èric Zemmour no Le Figaro. Daqui para a frente, escreve ele: "Paris é uma cidade global, não uma cidade francesa".
A classe A, globalizada, "bobozada (boémia burguesa)", de acordo com Christophe Guilluy, um dos autores mais respeitados de França, está povoando as "novas cidadelas", como acontecia na França Medieval, votando em massa em Macron. Desenvolveu "uma maneira singular de falar e pensar... permitindo que as classes dominantes substituam a realidade de uma Nação sujeita a um pesado stress, numa sinuca de bico, a fábula de uma sociedade generosa e acolhedora". Guilluy vem sendo criticado por alguns órgãos de imprensa franceses por abordar esta realidade.
O recente movimento "coletes amarelos", cujos manifestantes protestam todos os sábados em Paris, que já dura meses, contra as reformas do presidente Macron, é um símbolo dessa divisão entre a classe trabalhadora e os progressistas modernizados. Segundo Guilluy, trata-se de um "choque social e cultural". Esse choque, de acordo com o filósofo francês Alain Finkielkraut, consiste na "feiura da França periférica e seus efeitos nas vidas das pessoas, a tristeza dessas classes trabalhadoras que perderam não apenas o padrão de vida, mas também a referência cultural". Na França de hoje permeia a sensação de "expropriação".
O partido de Marine Le Pen conquistou mais do que o dobro dos departamentos eleitorais de Macron. Le Pen venceu em regiões deprimidas e desindustrializadas do norte, centro-sul e leste da França, que geraram os coletes amarelos.
"Desde que me mudei para a França em 2002, testemunhei o país completar uma revolução cultural", escreveu recentemente Simon Kuper no Financial Times.
"O Catolicismo praticamente desapareceu (somente 6% dos franceses vão à missa), embora nem tanto quanto à sua antiga 'igreja' rival, o comunismo. A população não branca continua aumentando".
Macron, explica Kuper, é o símbolo de "uma nova sociedade individualizada, globalizada e não religiosa".
A fuga da França do Catolicismo é tão evidente que um novo livro: L'archipel français: Naissance d'une nation multiple et divisée do pesquisador Jerôme Fourquet, descreve o malogro cultural da sociedade francesa como "era pós-cristã": o deslocamento da sociedade francesa da sua matriz católica é, poder-se-ia dizer, total. O país, afirma Fourquet, está pondo em prática a sua própria descristianização. Há apenas um oxigenado substituto no horizonte. Já há hoje, segundo um novo estudo académico, tantos muçulmanos quanto católicos entre os jovens de 18 e 29 anos em França e os muçulmanos representam 13% da população das grandes cidades francesas, mais que o dobro da média nacional.
Via de regra, os sentimentos muçulmanos de solidariedade comunitária dão a impressão de estarem-se a aproveitar dessa fragmentação, criando os seus próprios "guetos de charia". Um estudo do Institut Montaigne, "A Fábrica Islamista", esmiuçou a radicalização da sociedade muçulmana francesa. Em vez de integração, assimilação e europeização, os extremistas muçulmanos de França buscam o multiculturalismo, a separação e a divisão. Os enclaves de imigrantes nas bordas das cidades francesas, postula Gilles Kepel no seu livro, La Fracture, fomentam "a ruptura de valores em relação à sociedade francesa e a disposição de subvertê-la". "As pessoas não querem viver juntas", disse o ex-ministro do Interior da França, Gérard Collomb, em comentários relatados por Valeurs Actuelles.
Essa "ruptura" foi observada novamente na mesma publicação: "quatro em cada dez meninos em Seine-Saint-Denis têm os primeiros nomes árabes/muçulmanos". O pesquisador Jérôme Fourquet revelou num novo estudo que "18% dos recém-nascidos em França têm nome árabe/muçulmano".
A "Grande Guinada" da França está em andamento. Conforme escreveu, recentemente o filósofo Alain Finkielkraut: "o incêndio de Notre-Dame não é nem um ataque nem um acidente, é sim uma tentativa de suicídio."
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Giulio Meotti, Editor Cultural do diário Il Foglio, é jornalista e escritor italiano.
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/14455/suicidio-da-franca

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No meio de tudo isto, a descristianização, além de positiva em si, revela-se também particularmente irónica... justiça poética, se calhar divina, pois que a raiz moral da actual iminvasão da Europa é precisamente o credo do Judeu Morto. Que caia portanto esta religião e que a população autóctone resistente à imigração em massa se fortifique no polo ideológico-moral oposto, o do Nacionalismo.

2 Comments:

Anonymous Carlos said...

A França, em particular, e a Europa, em geral, só se tornaram o farol do mundo por causa do Cristianismo, sem o qual, ainda estariam na idade do bronze.

Os anti-cristãos (pagãos, homossexuais, satanistas, ateus e outros) optaram por destruir tudo que se refere a Jesus, ainda que, para isso, seja necessário trazer islâmicos aos milhões para a Europa.

É fácil atacar em que dá a outra face para bater. Vamos ver se os pagãos vão ter coragem de fazer oferendas a seus deusinhos com a espada islâmica em seus pescoços.

Mas tudo bem. Continuem destruindo a Europa Cristã aí que nós, cristãos da América do Sul, incultos e incivilizados, vamos assistindo tudo aqui de camarote. Não podemos fazer nada. A escolha dos europeus foi feita de livre e espontânea vontade. É o livre arbítrio.

27 de junho de 2019 às 15:44:00 WEST  
Blogger Caturo said...

A Europa já era o farol do mundo muito antes do Cristianismo... falar em «Idade do Bronze» torna-se ridículo, mesmo em sentido figurado, mas de resto corresponde ao descaramento típico dos cristãos em fazer revisionismo histórico para promover a sua agenda totalitária. Roma era o farol do mundo conhecido e era bem pagã, totalmente construída pelo Paganismo. Aliás, por isso mesmo é que a malta de Cristo aí assentou arraiais - como os actuais imigrantes muçulmanos odeiam o Ocidente mas vêm para cá às carradas - tipo corpo parasitário, literalmente falando, porque essa hoste percebeu que se tomasse Roma poderia usar o maior império do mundo ocidental como plataforma para evangelizar toda a gente... Por isso é que o judeu renegado Paulo foi para Roma, ninguém o obrigou, ele é que quis para lá ir. É uma forma de estar própria de universalistas totalitários, até nisso os cristãos e os muçulmanos são irmãos. Aliás, a entrada maciça de muçulmanos no Ocidente deriva precisamente do veneno moral universalista que o Cristianismo há muito inoculou nas veias da elite cultural europeia. O resultado é o actual anti-racismo militante. Tudo isso é combatido pelo Nacionalismo coerente, o qual, para ser integral e completamente coerente, só pode ser pagão. Aliás, foi assim que os pagãos fizeram a reconquista da Índia. Sim, os pagãos hindus fizeram oferendas aos seus Deuses tendo a espada islâmica perto do pescoço, por isso é que a conquista islâmica da Índia falhou e a Índia é hoje maioritariamente pagã.
Quanto à América do Sul, é um exemplo de civilização de alto lá com ela, ui que maravilha, é só maravilhas, por isso é que quem pode foge daí a sete pés... e até já sementes de islamismo há por aí, é só prestar atenção: https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/southamerica/brazil/8424929/Brazil-latest-base-for-Islamic-extremists.html

28 de junho de 2019 às 02:48:00 WEST  

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