quarta-feira, maio 15, 2019

«NAMEJA GREDZENS - O ANEL DE NAMEJA» OU «O ANEL DO REI - A ÚLTIMA BATALHA»



Norte da Europa, século XIII. O rei de uma das últimas tribos pagãs restantes, situada perto do mar Báltico, dá os seus últimos suspiros. Minutos antes de morrer, o soberano surpreende a todos ao deixar o seu reinado para Namejs, um sobrinho pouco conhecido. Agora, o jovem precisa assumir a árdua missão de proteger sua tribo das eminentes cruzadas que ameaçam suas vidas, para isso, terá que reunir toda a sua força e coragem. 
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Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-264592/

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Um filme que muito ganharia se fosse falado na língua nacional da maior parte dos seus actores, o Letónio. Gente cuja língua-mãe não é o Inglês fica quase sempre mal a falá-lo no grande ecrã, porque tudo o que diz adquire desenxabida sonoridade, sobretudo quando nem sequer tenta entoar uma pronúncia britânica. O filme tem de começo um aspecto francamente adolescente, embora se torne um pouco mais sério e consistente com o desenrolar da acção. Acaba por ser razoável, além de constituir uma propaganda pagã muito aproveitável, lançando um olhar ligeiro, mas com coerência e verosimilhança, sobre os mecanismos que viriam a permitir a imposição da Cristandade pela força, o que de caminho inclui a «valentia» dos mais aguerridos que na verdade veneram sobretudo a força e põem-se, tarde ou cedo, ao lado do mais forte, que, neste caso, eram as tropas ao serviço da Igreja, ou seja, os representantes do maior poder militar da Europa de então. No final, a mensagem, além de pró-pagã, é também democrática, interpretação moderna de uma lenda báltica muito divulgada no folclore letão.