ESTÁTUAS NACIONAIS INDIANAS DESAGRADAM À ESQUERDA E A MUÇULMANOS?

O actual governo indiano, que tem no poder desde 2014 o Partido do Povo Indiano ou Bharatiya Janata Party (BJP), liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, leva a cabo um programa de edificação de ciclópicas estátuas que honram a herança nacional, hindu. 

Neste momento, a estátua mais alta do mundo é indiana - a «Estátua da Unidade», sita no Estado de Gujarat, medindo 181,9656 metros de altura e representando o herói da independência indiana Sardar Vallabhbhai Patel. O governo de Modi não se fica por aqui. Em 2020 ou 2021 poderá ser inaugurada no Estado de Mumbai uma estátua de 211,836 metros a figurar o guerreiro Shivaji, grande líder hindu contra a invasão islâmica. Maior ainda será a de Uttar Pradesh, medindo 220,98 metros na forma do herói-deus Ram. É de registar que a estátua de Xiva em Tamil Nadu, com 34,1376 metros, também construída durante o governo de Modi, foi recentemente colocada no Livro dos Recordes como o maior busto do mundo. 

Consta que «os muçulmanos andam nervosos» e a Esquerda liberal local também, porque marra que a Índia é um país «diverso» e as estátuas só glorificam o lado hindu do país, como aqui se lê: https://theprint.in/politics/giant-statues-of-hindu-gods-and-leaders-are-making-muslims-in-india-nervous/227323/?fbclid=IwAR2Qyx5cNVJlWMfDEJcbCLeJwvBHuopEdwZWqd28HhrzWd5W_rIessUIKIQ

Em ambos os casos são típicas as reacções:

- à Esquerda, a constante sensibilidade «subtilmente» hostil à glorificação da herança étnica da sua própria gente, traço moral e até espiritual herdado do Cristianismo;

- para a hoste de Mafoma, já se sabe que tudo o que é politeísta é mau e que esta tolerante, mui tolerante, tolerantíssima gente fica «nervosa» só por ver uma imagem religiosa de uma religião que não é a sua, ainda que viva em terra alheia... é verdade que na Índia habitam cento e setenta milhões de muçulmanos, mas o Paquistão foi território arrancado à Índia para que os muçulmanos ali vivessem, e os muçulmanos «da Índia» podiam ir para o Paquistão, como muitos foram, mas não, preferem ficar em solo indiano... será para se «enervarem»?...

A Esquerda aplica na Índia o mesmo princípio que na Europa - cada Povo tem a sua terra e a sua cultura, mas o território dos Nossos (seja a Índia, seja a Europa, mutatis mutandis) é para toda a gente...

Quem escreve o artigo cujo endereço acima se expõe refere, como parte da política nacionalista de Modi, o reforço da legislação de protecção das vacas, o que prejudica os negócios da carne bovina e das peles de vaca, que são sobretudo propriedade de muçulmanos - coitaditos dos muçulmanos que matam vacas na terra da vaca sagrada - sim, os muçulmanos são mesmo assim em toda a parte - e agora ficam com o seu negócio diminuído...

Note-se, a respeito da estátua de Ram, que esta construção parece ser uma forma de apaziguar os Nacionalistas hindus, que em Novembro de 2018 realizaram uma grande manifestação em Ayodhya para exigirem a edificação de um templo em honra desta Deidade. Como já se referiu algumas vezes neste blogue, Ayodhya foi em 1990 palco de uma das mais belas, emblemáticas e exemplares acções religiosas da Época Contemporânea: nacionalistas hindus deitaram abaixo uma mesquita que tinha sido construída sobre um espaço sagrado dedicado a Ram antes da invasão muçulmana, isto depois de ter sido oferecida aos muçulmanos a possibilidade de pacificamente transportarem a sua mesquita para outro espaço, o que, como seria de esperar da parte de islâmicos, foi recusado. Agora, a estátua parece poder vir a servir de sucedâneo do templo, o que, pelo menos visto daqui, se afigura como cedência, mas enfim. Este Nacionalismo de Modi é com toda a evidência um Nacionalismo levezinho, mui moderado - e mesmo assim suscita ódio da parte de muçulmanos, esquerdistas e, também, cristãos. É sem dúvida com este Nacionalismo, e com outros nacionalismos hindus mais assertivos que possam existir, que os Nacionalistas europeus podem e devem criar laços políticos assentes na comum raiz e herança etno-religiosa indo-europeia e na valorização da Democracia contra as forças do mundialismo totalitário, nas quais se incluem o Islão e a sonsamente sofisticada Esquerda globalista. Sic itur ad astra, Europa e Índia são aliadas naturais.