MONUMENTO MEGALÍTICO DE STONEHENGE TERÁ SIDO CONSTRUÍDO POR GENTE DA ANATÓLIA

Uma recente pesquisa realizada por cientistas do Reino Unido, França e Bélgica finalmente conseguiu identificar as origens das pessoas que, há milhares de anos, construíram o enigmático monumento pré-histórico europeu conhecido como Stonehenge.

O estudo, publicado na revista científica Nature, comparou o DNA extraído de restos humanos neolíticos encontrados na Grã-Bretanha, que era habitada por tribos de caçadores-colectores, com a informação genética obtida dos restos humanos do mesmo período na Europa.

Dessa forma, os pesquisadores determinaram que os antepassados dos arquitectos de Stonehenge viajaram da Anatólia (actual Turquia), para a Península Ibérica, e então para a Grã-Bretanha, chegando à região em aproximadamente 4000 a.C.

A análise genética também considerou a população de caçadores-colectores neolíticos, revelando que essas pessoas tinham pele escura combinada com olhos azuis, enquanto os agricultores neolíticos tinham a pele mais clara, olhos castanhos e cabelos escuros.

"A recém-descoberta de que alguma informação biológica sobrevive às altas temperaturas alcançadas durante a cremação [de até 1.000 graus Celsius] ofereceu-nos a excitante possibilidade de finalmente estudar a origem dos sepultados em Stonehenge", disse o autor principal Christophe Snoeck, citado por Space News Podcast.

Além de introduzirem a agricultura na Grã-Bretanha, esses primeiros migrantes neolíticos parecem ter introduzido a tradição de construir monumentos usando grandes pedras conhecidas como megálitos. E Stonehenge faria parte desse costume.

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Fonte: https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2019041713700983-quem-construiu-stonehenge-analise-dna-poe-fim-misterio/

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Dizer que este povo veio da «Turquia» pode induzir em erro... independentemente disso, parece verdadeiro que o grosso da população da actual Anatólia é de tipo físico predominantemente armenóide, similar ao dos Arménios, em cujo actual país há um monumento megalítico com o nome de Karahunj, Carahunge ou Carenish. 
Em Portugal há um monumento megalítico em Carenque. Carahunge, Carenque, Stonehenge, parecem três variantes do mesmo nome; «stone», com o significado de pedra, equivale a «car»; na língua céltica irlandesa, que eventualmente conterá arcaísmos de origem proto-histórica, «carraig» significa «pedra». 
Na língua portuguesa, esta raiz etimológica pode estar na origem de algumas das palavras mais vernáculas, como «caralho» e «carago», bem como do uso de outros termos em sua substituição, «caraças» e «caroço». Muitas etimologias têm sido apresentadas para explicar a sua origem, desde o céltico «cario», significando «pedra», passando pelo latino-vulgar ou latinório (Latim da Península Ibérica) «caraculum» (não documentado), derivado por seu turno do grego «charax», ambos com o significado de «estaca» (de «charax» vem «charácter», termo que designava o ferro de marcar o gado); há também quem encontre aí uma raiz pré-indo-europeia *Kar, enquanto outros consideram que derivaria do étimo indo-europeu *Cara-, ambos com o significado de «pedra». Informações mais pormenorizadas podem ser encontradas aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caralho#Etimologia

Não parece para já possível averiguar a identidade destes migrantes oriundos da Anatólia - seriam indo-europeus, pré-indo-europeus? Já houve quem defendesse uma teoria que apontava para a primeira possibilidade, nomeadamente o arqueólogo britânico Colin Renfrew, segundo o qual os Indo-Europeus teriam o seu berço no actual sudoeste da Turquia, tendo daí partido em diversas ondas migratórias para a Europa durante o Neolítico; parece que os estudos genéticos mais recentes favorecem, a respeito da «urheimat» («lar-original») dos Indo-europeus, a teoria mais defendida pelos linguistas situa-a na margem norte do Mar Negro e no sul da Rússia, área da cultura arqueológica Yamna, donde estes povos se disseminaram em estrela a partir da Idade dos Metais. Os geneticistas Luigi Cavalli-Sforza e Alberto Piazza afirmam (2006) que não há necessariamente contradição entre ambas as teses: «se as expansões começaram há 9500 anos a partir da Anatólia e há 6000 anos a partir da região da cultura Yamna, então um período de 3.500 anos decorreu durante a sua migração para a região Volga-Don a partir da Anatólia, provavelmente através dos Balcãs. Lá, uma nova cultura principalmente pastoril desenvolveu-se sob o estímulo de um meio ambiente desfavorável à agricultura padrão, mas oferecendo novas possibilidades atractivas. Assim, a nossa hipótese é que as línguas indo-europeias derivam de uma expansão secundária a partir da região da cultura Yamna depois de agricultores neolíticos, possivelmente vindos da Anatólia e lá estabelecidos, desenvolverem o nomadismo pastoril.»
Mais: https://pt.wikipedia.org/wiki/Protoindo-europeus#Genética