MULHER-MARAVILHA, MARCO DA CULTURA POP CONTEMPORÂNEA
A 25 de Outubro de 1940, o psicólogo William Moulton Marston - conhecido por inventar o polígrafo ou detector de mentiras - deu uma entrevista na qual falava do potencial dos comics. Tomando atenção às suas palavras, um editor contratou-o como consultor educacional de duas editoras que, unidas, viriam a originar a D.C. Comics. Marston queria por seu turno criar o seu próprio super-herói, que triunfasse não pela bordoada mas pelo amor - nessa altura, a sua esposa, também psicóloga, Elizabeth, sugeriu-lhe que a nova personagem fosse uma mulher: Um ano depois, em Outubro de 1941, estava nas bancas a primeira revista com a nova super-heroína, Wonder Woman ou Mulher-Maravilha. O próprio Marston explicou assim o seu significado: «A Mulher-Maravilha é propaganda psicológica pelo novo tipo de mulher que deveria, creio, reger o mundo.» Comentou, entretanto, que, conforme a sua experiência profissional lhe dizia, as mulheres eram em geral mais honestas que os homens.
As braceletes da Mulher-Maravilha foram inspiradas nas de Mary Olive Byrne, que vivia juntamente com Marston e Elizabeth numa relação poliamorosa...
A Mulher-Maravilha é filha de Hipólita, rainha das Amazonas, que vivem numa ilha exclusivamente habitada por mulheres, Themyscira. O seu alter-ego é Diana Prince e os seus poderes foram-lhe concedidos pelos Deuses gregos, estando em matéria de força e energia praticamente ao nível do Super-homem, que é o símbolo dos maiorais da b.d. por excelência. Foi um dos alvos da campanha anti-comics do psiquiatra Fredric Wertham, que chegou a ter audiência no subcomité sobre delinquência juvenil do senado dos EUA, acusando a personagem de apresentar um subtexto sado-maso e de constituir um exemplo de lesbianismo...
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