terça-feira, agosto 07, 2018

PNR DENUNCIA SIRESP

A Altice, dona da Meo, exerceu o direito de preferência na compra das participações da ESEGUR e da Datacomp, passando a deter 52,1% do capital do SIRESP. O Estado decidiu entrar no capital da rede de comunicações de emergência passando a deter a posição de 33% da Galilei.
Mais uma promessa que este governo não cumpriu e que mais uma vez põe em risco as comunicações de emergência. É do nosso entender que estas comunicações devem estar inteiramente nas mãos do Estado, dado o carácter de alguma confidencialidade que lhes é inerente. Deixar nas mãos de privados, sujeitos à lógica do lucro, este sector essencial é um erro que já se pagou caro e que se revela perigoso no futuro. Se as PPPs já nos trazem muitos dissabores e despesas, esta promiscuidade nas comunicações já nos trouxe prejuízos avultados e a perda de vidas humanas.
O que é que virá a seguir? A GNR ou a PSD nas mãos de uma empresa de Segurança? Os tribunais nas mãos de uma empresa de advogados? As Forças Armadas nas mãos de uma empresa de armamento?
O PNR sempre tem defendido a iniciativa privada, e o respeito pela propriedade privada, contra a mentalidade socialista de um Estado omnipresente, mas, de igual modo, sempre tem defendido que certos sectores vitais para a nossa soberania, economia e serviço às populações não podem sair do seu controlo – não necessariamente sua propriedade ou gestão, mas sim, regulação e controlo! Aos privados o que é dos privados, ao Estado o que é do Estado!
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Fonte: http://www.pnr.pt/2018/08/siresp-a-logica-do-lucro-nas-emergencias/