ATENTADO CONTRA HINDUS E SIKHS NO AFEGANISTÃO MATA LÍDERES DE COMUNIDADE
No Afeganistão, um ataque cometido por um bombista-suicida contra uma «caravana» de sikhs e hindus assassinou dezanove pessoas e feriu outras vinte. Estes religiosos iam a caminho de Jalalabad para se encontrarem com o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani. Nem os talibãs nem o califado ISIL reivindicou o ataque, mas ambos estão activos na área.
Uma das vítimas mortais do atentado foram dois dos mais proeminentes membros da comunidade sikh afegã: Avtar Singh Khalsa, que ia candidatar-se nas eleições parlamentares, e Rawail Singh, que estava envolvido em enviar professores da comunidade local à Índia para sua educação e treino.
Samir Kalra, director executivo da Hindu American Foundation (HAF) e autor da obra «Hindus in South Asia & The Diaspora: A Survey of Human Rights» («Hindus no Sul Asiático & Diáspora: Uma Pesquisa dos Direitos Humanos»), comentou: «Embora estejamos tristes com as notícias deste devastador ataque, infelizmente não é chocante. Dá continuidade a um padrão de décadas de perseguição e violência enfrentado por sikhs e hindus no Afeganistão. Sendo que há apenas cerca de duzentas famílias sikhs e hindus no Afeganistão, este ataque afigura-se particularmente trágico.»
Nos anos setenta, os sikhs e os hindus eram mais de oitenta mil no Afeganistão - hoje há menos de mil neste país onde os Talibãs continuam fortes como há trinta anos. Muitos destes sikhs e hindus alcançaram refúgio na Índia.
A HAF pede por isso ao governo do Afeganistão que proteja esta(s) comunidade(s) ou que a ajude a fugir para a Índia, ou mesmo para o Reino Unido ou a Alemanha. A HAF pede entretanto ao Departamento de Estado dos EUA que designe os hindus e os sikhs afegãos como categorias de pessoas destinadas a adquirirem estatuto de refugiados nos EUA e que através da OTAN tente garantir a segurança de sikhs e hindus no Afeganistão.
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Fonte: https://www.hafsite.org/suicide-attack-afghanistan-kills-last-prominent-leaders-dwindling-sikh-and-hindu-community
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Enfim, Islão é Islão, tanto há mil e quatrocentos anos como agora, tanto mais intolerante quanto mais força tenha para se impor.
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