ITÁLIA REJEITA BARCO COM IMIGRANTES AFRICANOS E BANDEIRA HOLANDESA
O ministro da Administração Interna italiano proibiu hoje mais um navio que transporta migrantes de aportar no seu país. “Fizeram uma mostra de força ao contrariar as indicações da guarda costeira italiana e líbia. Agora, levem essa carga humana para a Holanda”, ordenou Matteo Salvini.
Falando em directo na rede social Facebook, Salvini, também líder da Liga (Extrema-Direita) acusou o barco, de bandeira holandesa e operado pela ONG alemã Lifeline, de apoio aos imigrantes, de ter “embarcado 224 imigrantes ilegais, à força, em águas líbias”, ignorando os avisos das autoridades. “Quero salvar vidas, mas os Italianos pagam-me para defender a segurança dos cidadãos italianos”, justificou.
“Não aceito que haja organizações de pseudo-voluntários a pôr em perigo a vida de quem foge de África e depois pense desembarcá-los todos em Itália”, continuou Salvini, para quem as organizações que salvam vidas no mar Mediterrâneo “não fazem voluntariado, antes ajudam ao tráfico de seres humanos”. São, assegura, “falsos socorristas que olham mais para a carteira do que para o salvamento de vidas”.
“NÃO VOLTARÃO A TOCAR SOLO ITALIANO!”
A seu ver, a vontade do Povo Italiano é “travar a máfia da imigração ilegal”. O político, conhecido pelas suas posições xenófobas, garante que “essas ONG estrangeiras, com pessoal estrangeiro, financiamento estrangeiro e bandeiras estrangeiras não voltarão a tocar solo italiano”.
A Lifeline anunciara no Twitter, esta manhã, estar a salvar 300 a 400 pessoas, pedindo “reforços da guarda costeira italiana ou de navios mercantes”. Mas Salvini anunciara desde o fim-de-semana, na sequência da situação do navio “Aquarius” (finalmente acolhido em Valência, Espanha), que Itália não admitiria embarcações em missão humanitária.
UM DEDO NO OLHO POR SEIS MIL MILHÕES
Salvini — que também é vice-primeiro-ministro no Executivo de Giuseppe Conte, uma coligação entre a Liga e o antissistema Movimento 5 Estrelas — também mostrou irritação em relação o ante-projecto de resolução para a cimeira europeia informal do próximo domingo sobre migrações. “Será arquivado”, previu. “É uma piada, por isso não o assinaremos.”
O ministro ameaça vetar qualquer acordo que não satisfaça as suas exigências de distribuição mais equitativa dos candidatos a asilo que chegam à Europa. E admite mesmo rever o contributo italiano para o orçamento comunitário. “Não podemos pagar seis mil milhões de euros à UE por ano e aceitar que nos espetem um dedo no olho”, afirmou em entrevista à RAI.
O primeiro-ministro Conte afirma que “Itália foi deixada sozinha a lidar” com o problema das novas chegadas de imigrantes e considera “inaceitável participar numa cimeira com um texto pré-embalado”. Afirma ter esclarecido com a chanceler alemã, Angela Merkel, que as versões divulgadas ao longo desta semana não são para levar a sério.
O Governo de Roma quer quotas que aliviem os países onde os migrantes chegam inicialmente, como Itália, Grécia e Espanha. Também exige que França não devolva os candidatos a asilo registados em Itália que cruzaram a fronteira.
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Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://expresso.sapo.pt/internacional/2018-06-21-Salvini-sobre-barco-com-224-migrantes-Levem-essa-carga-de-seres-humanos-para-a-Holanda#gs.9YOTFG0
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Mais uma vez Salvini se destaca pela positiva, estando já tão bem ou até melhor que o húngaro Viktor Orbán.
Por outro lado tem a sua piada que nos mé(r)dia todos os «responsáveis» digam que imigração e refugiados é tudo «muita» bom mas depois é só jogo do empurra para ver quem fica com tanta «maravilha», e porquê?, porque os povos desses países não querem imigrantes, ao contrário dos ditos «responsáveis» que controlam a comunicação sucial.....
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