«A CHEGADA DAS TREVAS» - A CRISTIANIZAÇÃO TOTALITÁRIA DO MUNDO CLÁSSICO
A professora e jornalista do The Times, autora do livro A Chegada das Trevas, Catherine Nixey vai estar em Lisboa.
A autora vai estar em Lisboa nos dias 28 e 29 de Maio para explicar como é que os cristão destruíram o mundo clássico.
A Chegada das Trevas é a história largamente desconhecida – e profundamente chocante – de como uma religião militante pôs deliberadamente fim aos ensinamentos do mundo clássico, abrindo caminho a séculos de adesão inquestionável à “única e verdadeira fé”.
O Império Romano foi generoso na aceitação e assimilação de novas crenças. Mas com a chegada do Cristianismo tudo mudou. Esta nova fé, apesar de pregar a paz, era violenta e intolerante. Assim que se tornou a religião do império, os zelosos cristãos deram início ao extermínio dos deuses antigos – os altares foram destruídos, os templos demolidos, as estátuas despedaçadas e os sacerdotes assassinados. Os livros, incluindo grandes obras de Filosofia e de Ciência, foram queimados na pira.
Levando os leitores ao longo do Mediterrâneo – de Roma a Alexandria, da Bitínia, no norte da Turquia, a Alexandria, e pelos desertos da Síria até Atenas –, A Chegada das Trevas é um relato vívido e profundamente detalhado de séculos de destruição.
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Catherine Nixey formou-se em Estudos Clássicos em Cambridge e foi professora nessa área durante vários anos antes de se tornar jornalista no The Times, onde ainda trabalha. Vive em Londres com o marido.
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Fonte: http://marcadordelivros.blogspot.pt/2018/05/catherine-nixey-autora-de-chegada-das.html
2 Comments:
Ah! Não guarde rancor. Por séculos os cristãos foram perseguidos, torturados, massacrados, crucificados e jogados ao leões. Na hora do acerto de contas, onde estavam os deuses pagãos para ajudar os seus fiéis? Revanche é fogo, né?
Revanche é fogo é, é fogo do inferno para os cristãos, que não podem vingar-se, têm é de dar a outra face... mas quando lhes convém usar a força e a manha para esmagar a concorrência, nessa altura ultrapassam esse pormenor, né? Né ou é? É ou né?
A propósito de Deuses a ajudar os fiéis... onde estava o «omnipotente» Deus cristão quando os cristãos foram escorraçados e massacrados no Japão?... Será que Jeová/Jesus/EspíritoSanto só tem poder numa parte do planeta mas no Japão quem manda é Amaterasu, a Deusa Solar japonesa, e Seu irmão, o tempestuoso Susanoo? E quanto à Índia e à China, onde os cristãos nunca tiveram poder político-militar suficiente para converter as massas e aí, que «coincidência», o «milagre» da conversão da população não se deu?...
É mesmo curioso que onde quer que os cristãos não tenham tido superioridade político-militar suficiente para imporem a sua religião, aí as massas não se tenham convertido ao Cristianismo...
No que respeita aos alegados séculos de perseguição aos cristãos, isso então é aldrabice da propaganda cristã. O recente apuramento de factos históricos indica que os cristãos foram genericamente tolerados em Roma e que as perseguições por eles sofridas foram raras. A intolerância cristã, aliás, estava na origem dessas perseguições, porque o carácter marcada e ostensivamente hostil dos cristãos para com o Paganismo oficial motivava o ódio da população, e o mais doentiamente ridículo é que os cristãos queriam mesmo isto, pelo menos aqueles que até PEDIAM (sim, PEDIAM) para serem martirizados, como no episódio em que foram uns cristãos ter com um oficial romano e pediram para serem supliciados em nome da lei, e o romano disse-lhes «agora não posso», e eles insistiram, e então o romano ordenou-lhes que fossem para um sítio ali à frente e se enforcassem por lá...
Porque é que os cristãos, depois disso, perseguiram os cristãos? Não foi por nenhuma «revanche». Foi por totalitarismo. Foi porque a sua religião exige a supressão de todos os outros credos, porque isso é parte da mensagem cristã - salvar almas mesmo contra a vontade destas e acabar com tudo o que não seja adoração de JC, uma tara derivada do pensamento abrahâmico universalista que pode ser explicada num silogismo claro:
se «eu possuo a verdade única»,
se «a verdade única é igualmente válida para todos, por cima de todas as outras tradições»,
se «é preciso comunicar a toda a gente a verdade única, e este é o valor supremo»,
então é inevitavelmente lógico que «eu tenha o direito de impor o meu credo aos outros, fazendo o que for preciso para que esta verdade única seja aceite por toda a gente, sem fronteiras de qualquer espécie.»
É por isto que o Cristianismo tem em si a raiz do totalitarismo intolerante, é por isto que o Cristianismo tem de ser denunciado e é por isto que urge fazê-lo onde quer que tal seja possível, nomeadamente na Europa, mas também na Índia (e regozijo-me profundamente de cada vez que oiço casos de esmagamento de acções missionárias cristãs na Índia), em nome da sagrada lealdade que é devida aos Deuses Nacionais.
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