terça-feira, abril 24, 2018

MULTINACIONAL FRANCO-SUÍÇA APOIOU CALIFADO E SERVIÇOS SECRETOS FRANCESES SABIAM DISSO

Esta foi a capa de todos os jornais franceses hoje de manhã: os serviços secretos franceses estavam cientes desde o início de que a multinacional franco-suíça LafargeHolcim enviava dinheiro a terroristas do Daesh (auto-denominado Estado Islâmico) em troca da continuidade das suas operações empresariais no norte da Síria.
O esquema entre a empresa e os terroristas começou a ser revelado em Junho de 2016 pelo jornal Le Monde e perdurou entre 2012 e 2014. De acordo com a acusação, a LafargeHolcim possuía uma fábrica de cimento no campo de Jalabiya, norte da Síria. Já activo na área, o Daesh exigia que os funcionários exibissem um papel carimbado pelos terroristas autorizando-os a entrar na fábrica.
Um ex-comandante da marinha francesa, Jean-Claude Veillard, disse em interrogatório porém que os serviços secretos franceses sabiam da estratégia de negociação entre a empresa e o Daesh. Segundo Veillard, foram pagos mais de US$5 milhões para garantir as actividades do complexo e das estradas controladas pelo Daesh e pela Frente Nusra. As informações e nomes dos contactos na Síria teriam transmitidos à Direcção-Geral de Segurança Externa da França (DGSE), o serviço secreto do país.
Veillard diz ainda que descobriu a natureza dos financiamentos no verão de 2014, mas que desde Outubro de 2013, um relatório do comité de segurança da LafargeHolcim anunciava de forma animadora "negociações com os grupos armados ISIL (Daesh) e Frente Nusra para permitir a retomada das actividades da cimenteira", de acordo com a Rádio França Internacional.
Ainda não está claro se a Presidência, na época ocupada pelo socialista François Hollande, foi notificada sobre as negociações em andamento com os terroristas. A fábrica da LafargeHolcim encerrou as actividades no final de 2014.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/2018042411067199-servico-secreto-frances-lafarge-holcim-terroristas/

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Mais uma vez, os interesses do grande capital a colaborar com o que é mais nocivo ao Ocidente. Eventualmente trata-se, neste caso, de apenas uma das pontitas do iceberg.