segunda-feira, março 26, 2018

SOBRE UM SACRIFÍCIO DE MILITARES PELA PÁTRIA

Durante a reunificação da Crimeia com a Rússia em 2014, a Marinha ucraniana "sacrificou-se" para que Kiev tivesse mais tempo para conseguir colocar o seu exército em prevenção: "Estivemos envolvidos nisso para permitir às estruturas mais altas que preparassem as Forças Armadas do país para actuarem naquela situação", afirmou numa entrevista ao canal 112 Ukraina a vice-comandante da Marinha da Ucrânia, capitão-de-mar-e-guerra Marina Kanalyuk.
De acordo com ela, tal situação continuou durante um mês, mas "isso não foi fácil".
Posteriormente, o Estado elaborou um mecanismo para usar as Forças Armadas na operação anti-terrorista [ATO, na sigla em Russo], indicou.
Ao mesmo tempo, sublinhou que "as forças navais, de facto, sacrificaram-se para que a Ucrânia tivesse chance de juntar todo o poder militar que tivesse, o que estava pronto e o que não estava".
Assim, destacou, a frota teve que actuar sem comandante-chefe e sem ministro da Defesa, enquanto as estruturas locais do Ministério dos Assuntos Internos e do Serviço Federal de Segurança da Ucrânia ficaram do lado da Rússia.
Depois da reintegração da Crimeia na Rússia em 2014, Moscovo devolveu parcialmente os navios ucranianos a Kiev. Quando, em Janeiro de 2018, o presidente russo Vladimir Putin propôs à Ucrânia devolver o resto do seu material militar posicionado na península, o líder ucraniano Pyotr Poroshenko declarou que receberá os seus navios da Crimeia só juntamente com a península.
A península da Crimeia reintegrou-se na Rússia após um referendo realizado em Março de 2014. Na sequência da votação, 96,77% dos eleitores da República da Crimeia e 95,6% dos residentes da cidade de Sevastopol manifestaram-se pela reunificação com a Rússia. O pleito teve lugar após o golpe de Estado na Ucrânia.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/2018032510818768-ucrania-marinha-frota-sacrificio-exercito-crimeia-russia/