TURQUIA AMEAÇA GRÉCIA COM IRA «PIOR QUE AFRIN» SE MINISTROS GREGOS PISAREM O SOLO DE ILHAS DISPUTADAS
As autoridades gregas que pisaram nas ilhas contestadas no Mar Egeu enfrentarão a ira da Turquia que será "pior do que a vista em Afrin", afirmou um assessor presidencial turco. Como resposta, Atenas rapidamente denunciou o seu discurso.
"Vamos quebrar os braços e as pernas do primeiro-ministro [grego] [Alexis Tsipras] ou de qualquer ministro, que se atreva a pisar em Imia no [mar] Egeu", disse Yigit Bulut, um consultor sÉnior do presidente turco, Recep Erdogan, à rede TRT na última Joves.
Bulut estava-se a referir a um par de ilhas desabitadas na parte oriental do mar Egeu que há muito tem sido objecto de uma amarga disputa territorial entre a Turquia e a Grécia.
Se Atenas procura ainda violar o que Ancara afirma ser sua soberania territorial, "sentiria a ira da Turquia, pior do que a de Afrin", advertiu o funcionário, referindo-se à operação militar turca em curso no norte da Síria, visando as milícias curdas locais.
As suas observações irritadas foram aparentemente motivadas pela recente tentativa do ministro da Defesa grego de visitar os territórios contestados.
Em 28 de Janeiro, os média turcos informaram que a guarda costeira do Turquia "bloqueou" o ministro da Defesa grego Panos Kammenos de se aproximar das ilhas. Kammenos estava a ir para os territórios disputados para colocar uma coroa de flores em memória de três oficiais gregos que morreram lá num acidente de helicóptero, em 1996.
Após o aviso do Exército turco, o navio que levava o ministro deixou a área sem qualquer incidente, informou a agência de notícias turca Anadolu, citando o ministro turco do Interior e o Estado-Maior.
Troca de farpas
O Ministério de Relações Exteriores da Grécia denunciou as ameaças de Bulut como "indescritíveis". Essas observações "são estranhas à cultura política europeia", afirmou o ministro num comunicado, acrescentando que "tais posições não contribuem para melhorar as relações" entre Atenas e Ancara. A pasta assinalou também que "o estatuto jurídico do Egeu é claro e garantido pelo direito internacional", o que implica que as ilhas em disputa são território grego.
O incidente acrescenta mais combustível a tensões já escaladas entre os dois vizinhos e aliados na OTAN. Os média gregos informaram sobre "uma pitada de violações do espaço aéreo turco no mar Egeu". Enquanto os meios de comunicação turcos disseram que "as Forças Armadas turcas continuam a proteger de forma decidida os direitos e interesses da nação decorrentes do direito internacional e dos acordos".
Bulut, ex-editor-chefe do canal turco de notícias Haberturk TV, é conhecido pelas suas declarações polémicas. Em 2013, afirmou que algumas potências estrangeiras estavam a tentar matar Erdogan usando telecinese. O presidente turco era primeiro-ministro na época. No mesmo ano, afirmou que a companhia aérea alemã Lufthansa estava a alimentar protestos contra o governo na Turquia, pois eles estavam preocupados com o facto de os fluxos de passageiros serem desviados da Alemanha para a Turquia.
As ilhas da Imia, também conhecidas como as ilhas Kardak na Turquia, são duas pequenas ilhotas que, em conjunto, ocupam uma área total de cerca de 40 mil metros quadrados. As ilhas situam-se a 4,6 km da ilha grega mais próxima e a 7 km da costa turca.
A disputa territorial sobre as ilhas já empurrou a Grécia e a Turquia para a iminência de uma guerra. Em 1996, as tensões em torno do território contestado escalaram rapidamente com Atenas e Ancara enviando forças especiais para a área. A crise levou os EUA a intervirem para evitar um conflito armado entre os dois Estados membros da OTAN.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/europa/2018020410442254-assessor-erdogan-ameaca-gregos/
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Trata-se de mais uma demonstração do que é esse país «moderado» muçulmano que a elite político-culturalmente reinante no Ocidente, sobretudo a mais esquerdista, quer a todo o custo enfiar pela Europa adentro...
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