terça-feira, julho 25, 2017

TURQUIA E OUTROS ISLAMISTAS EXIGEM A ISRAEL QUE RETIRE DETECTORES DE METAIS

Pelo menos três palestinianos morreram ontem em confrontos com a polícia israelita. Mais de 300 ficaram feridos.
Ahmad Abdul Salam, comerciante, não escondia a revolta. "Meterem estes detectores de metais à entrada do nosso lugar de oração é como se os tivessem posto à porta das nossas casas", reclamava ontem, citado pela agência Reuters. A tensão em Jerusalém está em crescendo devido às medidas de segurança impostas por Israel à entrada da Esplanada das Mesquitas, na cidade velha, onde se situa o templo de Al-Aqsa, o terceiro lugar de culto mais sagrado para os muçulmanos. Ontem repetiram-se os confrontos com a polícia. Segundo o Harretz, três palestinianos terão morrido e mais de 300 ficado feridos. Quatro agentes de segurança também tiveram de receber tratamento.
O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, depois de uma reunião com o gabinete de segurança realizada na madrugada de Joves para Vernes, decidiu não retirar os detectores de metais dos acessos para a Esplanada das Mesquitas - instalados depois de três palestinianos terem morto a tiro dois políticas israelitas a 14 de Julho - e proibiu a entrada no local aos homens muçulmanos com menos de 50 anos de idade.
A decisão revoltou os palestinianos que queriam aceder à mesquita de Al-Aqsa para as tradicionais orações de Vernes, o dia da semana sagrado para os muçulmanos. Os líderes políticos e religiosos aconselharam os fiéis a não passar pelos detectores de metais e a fazer as orações no exterior.
O ambiente de tensão e os confrontos fazem lembrar os primeiros dias da Segunda Intifada. No final de Setembro de 2000, o então primeiro-ministro israelita Ariel Sharon desencadeou a ira palestiniana ao visitar a Esplanada das Mesquitas. Seguiram-se mais de quatro anos de frequentes confrontos entre os dois lados do conflito e estima-se que até Fevereiro de 2005 tenham morrido cerca de três mil palestinianos, mil israelitas e 64 estrangeiros.
Perante o actual clima de tensão, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, telefonou a Jared Kushner, genro e conselheiro de Donald Trump. De acordo com a AFP, Abbas pediu que a Casa Branca interviesse avisando que a situação é "extremamente perigosa podendo tornar-se incontrolável". Na Joves Recep Tayyip Erdogan conversou por telefone com Reuven Rivlin, presidente de Israel, para pedir que os detectores de metais fossem retirados. A iniciativa do líder turco não surtiu efeito. "Isto é uma humilhação para os muçulmanos. Este é um lugar sagrado para nós e Israel não tem o direito de controlá-lo", defendia ontem Mutahhir Abu Ibrahim, um motorista de 40 anos citado pelo correspondente do The Telegraph em Jerusalém.
O território em causa foi conquistado pelas forças israelitas em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. A partir dessa altura ficou definido que a Esplanada das Mesquitas funcionaria como local de culto apenas para os palestinianos, mas os judeus, tal como os turistas, estariam autorizados a visitar durante determinados períodos do dia. Esse compromisso, apesar de períodos de maior tensão, continua a manter-se. Ainda assim, os palestinianos receiam que Israel queira alterar o statu quo.
Tal como explica a Reuters, além da revolta de terem que submeter-se ao controlo das forças de segurança israelitas, os palestinianos temem que os detectores de metais sejam um sinal de que Israel pretende alterar os dados da equação. Para os Judeus o local também encerra muito simbolismo. Acredita-se que seria na Esplanada das Mesquitas que se situava o Primeiro Templo. Aos Judeus é permitido rezar junto do Muro das Lamentações, vestígio do Segundo Templo, que separa a Esplanada das Mesquitas do bairro judeu da cidade velha.
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Fonte: http://www.dn.pt/mundo/interior/detetores-de-metais-provocam-clima-de-intifada-em-jerusalem-8655106.html

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É preciso um descaramento monstruoso para pedir a Israel que retire os detectores de metais depois do que aconteceu... e claro que a despudoradamente islamista Turquia tinha de se juntar a esse pedido...
Muito fazem os Judeus em partilhar Jerusalém. Eu não aceitaria partilhar sequer um bairro de Tavira com o Islão, quanto mais a minha cidade sagrada...