SUSPEITAS DE LIGAÇÕES ENTRE FURTO DE ARMAMENTO EM TANCOS E MILITARES DO EXÉRCITO PORTUGUÊS QUE ESTIVERAM EM PAÍSES MUÇULMANOS...
Há suspeitas de ligações entre o armamento roubado em Tancos e militares e oficiais do Exército português em missões exteriores. O Correio da Manhã desta Mércores escreve que o Líbano é um dos principais países que poderão estar envolvidos no assalto em Tancos, bem como o Afeganistão e o Iraque.
Segundo o CM, uma das questões que está a ser colocada no processo de investigação tem que ver com o motivo pelo qual explosivos, detonadores, cordão detonante, munições, granadas e lança-rockets estão a ser armazenados no mesmo local.
O Exército anunciou na Joves passada que foi detectada no dia anterior a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois paiolins.
Mais tarde, o chefe do Estado-Maior do Exército exonerou cinco comandantes para não interferirem com os processos de averiguações: o da Unidade de Apoio da Brigada de Reação Rápida, o do Regimento de Infantaria 15, o do Regimento de Paraquedistas, o do Regimento de Engenharia 1 e o da Unidade de Apoio de Material do Exército.
Os cinco comandantes estavam todos encarregues de assegurar a segurança dos paióis assaltados, daí terem sido demitidos pelo chefe do Estado-Maior do Exército, apurou o matutino.
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Fonte: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/armas-roubadas-em-tancos-pode-estar-ligadas-a-militares-no-libano-afeganistao-e-iraque-179934
2 Comments:
Este é o meu primeiro comentário no seu blogue, mas visito-o assiduamente e aproveito para lhe dar os parabéns pelos conteúdos expostos. Não concordamos em tudo, mas aprecio o seu trabalho...
Este é um assunto que me é particularmente caro, já que quando prestei serviço no Exército trabalhei tanto num depósito de material de guerra como num de munições (paiol). Num quartel de muito menor dimensão, ambas as instalações estavam dotadas de sistemas de alarme (que eram obrigatórios para este tipo de zona de acesso reservado a pessoal credenciado). Ainda não ouvi qualquer palavra sobre a existência ou operacionalidade destes sistemas...
É certo que mandam as boas práticas de armazenamento que não se guardem detonadores e explosivos na mesma divisão. No caso que conheço estavam no mesmo edifício, se bem que em diferentes divisões sem qualquer comunicação entre si e isto para a segurança contra explosões e eventuais furtos.
Na minha opinião isto foi inside job, com a participação e/ou conivência de pelo menos um alto quadro, o material não saiu pela vedação e muito provavelmente saiu pela porta de armas, quem sabe numa viatura do Exército. O perímetro de segurança violado e não existem indícios de arrombamento? O alarme existe ou não? Funcionou? Se não funcionou foi devido a "falta de verbas"? Aposto que o orçamento anual dos bares de oficiais daquelas cinco unidades para whiskys e cognacs pagava o sistema de vigilância e o de alarme. Mas "não há dinheiro", pá...
Tão vergonhoso o próprio acontecimento como certas justificações para o mesmo. A sorte é que "não foi a pior falha do século"...
Agradeço os seus parabéns e o seu contributo. Espero que participe mais vezes.
Sobre o que diz, trata-se de uma possibilidade de extrema gravidade. Na menos má das hipóteses, foi por dinheiro... na pior e aparentemente mais paranóica, há simpatias ideológicas pró-terroristas (islâmicas?) no seio das forças armadas.
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