quarta-feira, julho 26, 2017

ISRAEL ATACA SOROS E ESCLARECE QUE NÃO QUIS CRITICAR A POSTURA DO GOVERNO NACIONALISTA HÚNGARO

Jerusalém considera legítima a crítica ao magnata norte-americano George Soros, a quem acusa de tentativas sistemáticas de "minar governos democraticamente eleitos" em Israel, afirmou o ministério das Relações Exteriores desse país.
Essa definição de Soros, que financia uma rede de ONGs internacionais, foi formulada pela chancelaria israelita ao comentar a palavras do seu embaixador na Hungria, Yossi Amrani. O diplomata recentemente manifestou a sua preocupação com as formas da campanha contra o Soros na Hungria, alertando para o anti-semitismo. 
O ministério das Relações Exteriores, no entanto explicou que o problema era o anti-semitismo, e não a crítica em relação ao bilionário norte-americano.
"Israel lamenta todas as manifestações anti-semitas em qualquer país e apoia as comunidades judaicas na oposição a este mal. Esse era o único objectivo das declarações do embaixador de Israel na Hungria", informou um comunicado do órgão.
"As declarações não buscavam deslegitimar a crítica a George Soros, que de forma sistemática mina os governos israelitas democraticamente eleitos, financiando organizações que difamam o estado israelita e que negam o seu direito de auto-defesa", explicou o ministério.
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Fonte: https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/201707108836029-israel-acusa-soros-minar-democracia/

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Diz-se aqui https://www.rt.com/news/395911-soros-netanyahu-orban-billboard/ que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, que também é ministro dos Negócios Estrangeiros do seu país, só pelos média soube das declarações do embaixador israelita na Hungria e manifestou por elas o seu desagrado, uma vez que pareciam defender Soros, o qual é há muito mal visto em Israel. O bilionário judeu, nascido na Hungria, declarado aí como «risco para a segurança nacional» por se tratar de um globalista imigracionista e opositor da posição anti-Islão do Estado Húngaro, tem apoiado organizações não governamentais que promovem as causas palestinianas, tem apoiado em particular o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e tem criticado Israel como um Estado de apartheid responsável sistemático por crimes de guerra.

O sionista Avigdor Eskin diz mais à Sputnik, como se lê aqui https://br.sputniknews.com/opiniao/201707148869015-israel-contra-soros-homem-de-quem-todos-estao-cansados/:
«A frase "Israel contra Soros" é estranha para muitos. No Irão tornou-se comum chamar sionista a George Soros. Mas se perguntar aos israelitas-sionistas, que são competentes em política, eles vão considerá-lo como uma das pessoas mais desprezíveis do planeta.
Por isso ninguém se surpreende com a declaração da chancelaria de Israel sobre "este homem estar tentando repetidamente minar os governos democráticos eleitos de Israel, apoiando várias organizações que divulgam mentiras sobre o Estado Judaico e que tentam privá-lo do direito de auto-defesa".
O conflito actual tomou força por causa da campanha contra Soros na Hungria, que foi iniciada pelo primeiro-ministro do país, Viktor Orban. Nas ruas, foram pendurados cartões com o pedido dos Húngaros de não intervenção nos seus assuntos internos. Como é sabido, Soros criticou o governo da Hungria por não aceitar os refugiados muçulmanos no país. A reposta de Orban, sendo a mesma da maioria dos Húngaros, foi de que um bilionário estrangeiro não deve intervir nos assuntos internos do seu país.
Vale ressaltar que esta campanha foi usada por grupos extremistas para sua propaganda anti-semita e neo-fascista. Até mesmo isto foi usado pela comunidade judaica da Hungria e pelo embaixador de Israel. Sem dúvida o governo de Israel considera as manifestações neonazis como fenómeno inaceitável. Mas é preciso perceber a diferença entre os ataques de extremistas-marginais e a expressão de descontentamento de um bilionário-globalista em busca de impor uma catástrofe demográfica aos países da Europa.
No que se trata da história das relações entre Soros e Israel, a hostilidade contra ele no país é uma resposta à sua atitude hostil quanto ao Estado judaico. Não somente critica a política dos governos de Israel, mas também financia organizações como BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções — campanha global de boicote ao Estado de Israel), que obstaculiza a existência do governo israelita.
Além disso, Soros interveio activamente nas campanhas eleitorais em Israel tentando levar ao poder pessoas com ideologia liberal de Esquerda.
Por exemplo, durante a campanha pré-eleitoral em Israel, o Departamento de Estado dos EUA enviou 350 mil dólares para a organização OneVoice International para que trabalhasse contra a eleição de Benjamin Netanyahu. O dinheiro foi transferido para o grupo V15 dentro de Israel, responsável pela procura de dados comprometedores do mesmo e também pela propagação de rumores. No momento actual, o cargo da chefia da OneVoice International foi assumido pelo próprio George Soros.

Sublinhamos: o dinheiro do orçamento estatal dos EUA foi transferido para intervir nas eleições no Israel. Não foram os hackers inventados, mas o Departamento de Estado dos EUA e Soros.»