SUPER-HOMEM
Três de Junho de 1938: dois adolescentes judeus, Jerry Siegel e Joe Shuster, inventam na banda desenhada norte-americana o extra-terrestre Kal-El, do planeta Kripton, muitíssimo mais conhecido como Super-homem. Dotado de poderes hercúleos porque, vindo de um planeta em órbita de uma estrela vermelha, veio parar a um planeta de um sol amarelo, ou branco-azul (disse o Gagarine), passa a vida a deitar abaixo toda a espécie de malfeitores, desde ladrõezecos de esquina a titânicos vilões inter-estelares... Super-homem é, ainda hoje, a figura arquetípica do super-herói, i.e., fulano fardado que está regular e quotidianamente ao serviço da comunidade - espécie de polícia/bombeiro mas por iniciativa própria.
É difícil fazer histórias de jeito com base numa personagem mais poderosa do que quase todas as outras, daí que acabe por parecer um bocado insípida e desinteressante em boa parte da suas histórias; nos anos oitenta, o argumentista John Byrne deu-lhe uma grande volta ao reduzir-lhe significativamente os super-poderes; antes disso o kriptoniano até movia planetas; (antes ou depois) surgiu também a ideia de que o herói não conseguia fazer frente à Magia, isto para além de ficar doente ao ser exposto a kriptonite. Fascinante ou nem por isso, não deixa de constituir uma figura central na cultura pop da época contemporânea, espécie de versão colorida e algo carnavalesca das antigas Divindades heróico-apolíneas da Antiguidade.
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