PELO DIA DO LIVRO
É dos objectos mais simples, mais úteis, mais fascinantes, mais potencialmente luxuosos e relativamente menos caros (no actual Ocidente, pelo menos) que o mais avançado dos animais alguma vez criou.
Pode funcionar como manancial de informação, fonte de inspiração, registo sólido de conhecimentos básicos e essenciais, porta para o deslumbramento, veículo de revoluções, guardião de vastos e insuspeitos tesouros, passagem para outros mundos, ao mesmo tempo que cabe aos milhares em simples prateleiras de qualquer pequenito apartamento.
Afigura-se, sob esta perspectiva, como um dos mais democráticos utensílios que o mundo conhece.
E, apesar da sua relativa acessibilidade, e da sua actual produção em massa, é também dos «emblemas» mais abertamente ostentados por aqueles que se ufanam de resistir à massificação - ora o mais extraordinário é que não há aqui qualquer incoerência, o que, neste prisma, faz do livro um aristocrata plebeu, mas nem por isso menos aristocrático.
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