sexta-feira, dezembro 09, 2016

FUMAR POUCO TAMBÉM MATA - E CUSTA DINHEIRO AO ESTADO

Doses baixas diárias de tabaco também aumentam em muito o risco de morte prematura e de cancro do pulmão. Um estudo afirma que fumar apenas um cigarro por dia, ou menos, tem um efeito mais prejudicial do que o esperado. Investigadores concluíram que um cigarro por dia aumenta em 64% o risco de morte prematura e para quem fuma entre 1 e 10 cigarros por dia, o risco de morte prematura aumenta 87%, em comparação aos não fumadores. Além disso, segundo a pesquisa do Instituto Nacional do Cancro norte-americano publicada na JAMA Internal Medicine, quem fuma menos de um cigarro por dia tem nove vezes mais probabilidades de morrer de cancro de pulmão do que um não fumador. Para quem fuma entre 1 e 10 cigarros todos os dias, as chances de morrer com esta doença sobem para 12.
Maki Inoue-Choi, do instituto dos Estados Unidos e um dos autores do estudo, afirma que há uma falsa "percepção, especialmente entre jovens, de que este nível de consumo [de tabaco] é seguro". "Não há um nível seguro de exposição ao fumo do tabaco", reiterou o investigador, segundo o El País.
"Fumar pouco cigarros por dia tem efeitos importantes na saúde", continuou Inoue-Choi, defendendo que a melhor solução para qualquer fumador é abandonar o vício, independentemente da quantidade de tabaco que consome.
O estudo, que seguiu cerca de 290 mil norte-americanos, concluiu também que não há grandes diferenças entre homens e mulheres e que as pessoas que dizem fumar menos de um cigarro por dia, já fumaram mais no passado.
Os investigadores norte-americanos admitem, contudo, que o impacto do tabaco na saúde pública em geral pode ser maior do que o calculado. No estudo, foram deixados de fora grupos onde o consumo de tabaco tem vindo a aumentar - como os negros e latinos nos Estados Unidos.
Além disso, foram poucos os que se definiram como "fumadores de baixa intensidade". Isto torna mais difícil definir exactamente o impacto na saúde dos diferentes hábitos dos fumadores esporádicos.
O tabaco mata um em cada dois fumadores e é ainda uma das principais causas de mortes evitáveis, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que por ano morram cinco milhões de pessoas devido ao tabaco. Este valor ultrapassa o número de mortes em acidentes de carro, por VIH e por suicídio juntos.
Em Portugal, registaram-se no ano passado 11.000 mortes resultantes da exposição directa ao tabaco, segundo declarações do director-geral de Saúde, Francisco George, à Lusa.
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Fonte: http://www.dn.pt/sociedade/interior/fumar-menos-de-um-cigarro-por-dia-tambem-mata-5537697.html

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Não fumem, cabrões, olhem que morrem (mais depressa). E ainda por cima custam dinheiro ao Estado, como a seguir se lê:

Os impostos sobre o consumo têm vindo a subir, mas não chegam para fazer face ao que o Estado Português gasta com as doenças relacionadas com o consumo de cigarros. Há cada vez mais mulheres a fumar.
Fumar é a principal causa de morte evitável em Portugal. Provoca nove em cada dez cancros de pulmão e é responsável por uma em cada cinco mortes de pessoas entre os 45 e os 64 anos. Apesar de os dados apontarem para uma diminuição de 5% no consumo desde a alteração da legislação (entrou em vigor a 1 de Janeiro deste ano), há cada vez mais raparigas a fumar, o que está a provocar um aumento no número de casos de cancro do pulmão no sexo feminino. E o que o Estado recebe com os impostos sobre o tabaco não chega para cobrir os gastos com o tratamento de doenças relacionadas com o consumo de tabaco.
O relatório "Portugal - Prevenção e controlo do tabagismo em números 2015" revela que, em 2013, o consumo de tabaco matou mais de 32 pessoas por dia. Foram 12 mil num ano. No sexo masculino, o tabaco é responsável, em média, pela perda de 13 anos de vida saudável. E embora morram cinco vezes mais homens do que mulheres, estas são as principais vítimas da exposição ao "fumo ambiental".
De acordo com o presidente da Pulmonale - Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão, António Araújo, o consumo diminuiu 5% desde a alteração da legislação, que veio determinar, entre outras medidas, que os maços de tabacos passariam a apresentar "advertências combinadas de saúde", ou seja, texto e fotografias a cores. Apesar dessa quebra, a associação está preocupada com o aumento que se tem vindo a verificar entre o sexo feminino.
"O consumo do tabaco, com a mudança da lei, diminuiu cerca de 5% e verifica-se neste momento que, em termos de juventude, os rapazes fumam menos e as raparigas mais, e isto poderá ter impacte nos próximos anos em termos de incidência de cancro de pulmão", afirmou ao DN o presidente da Pulmonare. Nove em cada dez cancros de pulmão estão relacionados com o consumo de tabaco e a incidência continua a aumentar, muito "à custa do cancro do pulmão na mulher", que começou a fumar mais tarde e, portanto, os cancros começam a aparecer mais tarde.
Embora seja mais facilmente associado ao cancro do pulmão, o tabaco é responsável por muitas outras neoplasias, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias crónicas, o que tem custos significativos para o Estado. O último estudo sobre essas despesas foi feito em 2007 e apontava para 1400 milhões de euros, um número que ficará aquém da realidade. "É um estudo que não abrange todas as doenças provocadas pelo tabaco e os gastos nas famílias. É um valor que está sobre-dimensionado", ressalva Emília Nunes, directora do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo da Direcção-Geral da Saúde.
Se o valor fosse esse, andaria muito próximo daquilo que o Estado recebe dos fumadores. De acordo com o último relatório sobre o tabagismo, em 2014, o Estado arrecadou 1372 milhões de euros com os impostos sobre o tabaco. Mas, segundo as pessoas ouvidas pelo DN, os custos directos e indirectos relacionados com o tabaco são bem mais elevados. Reforçando que o valor de referência só tem em conta os principais indicadores, Hilson Cunha Filho, do conselho executivo da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, diz que "a situação tem vindo a piorar e o peso da doença vai-se acumulando." Segundo o especialista em tratamento da dependência do tabaco, "se não houver uma diminuição significativa no número de fumadores, os custos relacionados com o tabaco têm tendência a ser cada vez maiores".
Apesar de já existirem em Portugal mais ex-fumadores do que fumadores - 1,9 milhões contra 1,78 milhões em 2014 -, Hilson Cunha Filho diz que é preciso ter em conta que "os ex-fumadores permanecem com o risco de doença". A diminuição no consumo não é tão significativa quanto o desejável, explica, porque "as políticas relacionadas com o tabaco foram introduzidas de uma forma lenta". Para a COPPT, "a redução de excepções à proibição de fumar e a inclusão de toda a protecção possível das populações ao fumo de tabaco, nomeadamente no que concerne os grupos mais vulneráveis, como crianças, doentes e idosos, deve ser uma prioridade" do governo.
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Fonte: http://www.dn.pt/portugal/interior/tabaco-mata-32-pessoas-por-dia-impostos-nao-cobrem-despesas-5502035.html

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É altura de aumentar ainda mais o preço do tabaco, a ver se os cadáveres adiados que são os mui-fumadores começam ao menos a dar algum rendimento à Pátria, em vez de lhe pesarem no orçamento e de poluírem o ar... brincadeiras à parte, o aumento do preço do tabaco vinha mesmo a calhar em todos os sentidos.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://pt.euronews.com/2016/12/09/dinamarca-deputado-sugere-tiros-de-advertencia-para-afastar-migrantes

9 de dezembro de 2016 às 13:41:00 WET  

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