RAINHA DA DINAMARCA DECLARA: «NÃO É POR VIVEREM CÁ QUE SE TORNAM

Na Dinamarca, a rainha do país, Margarethe II, declarou recentemente, em afirmação compilada num livro do jornalista Thomas Larsen, que nada garante a integração automática dos refugiados na sociedade dinamarquesa e que os grupos de muçulmanos devem fazer algo nesse sentido.

Afirmou também que os políticos precisam de «pôr os pés na terra» e garantissem a salvaguarda dos princípios da Democracia e da igualdade de género. Disse mais: «Não é nenhuma lei da natureza que alguém se torne dinamarquês só por viver na Dinamarca. Isto não acontece garantidamente. Pensámos que estas coisas iriam resolver-se por si mesmas. Que quem andasse nas ruas de Copenhaga e bebesse a água municipal e circulasse de autocarro municipal se tornaria em breve danês. Era tão óbvio para nós e portanto pensámos que também deveria ser óbvio para aqueles que se estabelecessem e vivessem aqui. Não era.»

A monarca faz notar, entretanto, que enquanto os imigrantes oriundos da Ásia oriental «prosperaram», os do Médio Oriente, pelo contrário, «têm tido dificuldades em adaptar-se ao ritmo na Dinamarca.»

Confessa ter mudado de ideias a respeito da imigração nos últimos dezoito meses, uma vez que quando era jovem, nos anos sessenta, ela e outros dinamarqueses viam a imigração como «excitante». Reconhece que a diferença de valores é incontornável: «Não podemos pretender que isto se resolve por si mesmo. Não é assim. Muitos de nós pensaram que essa gente que vinha para um lugar estranho seria uma espécie de papel mata-borrão que absorveria tudo o que era novo. A tarefa torna-se mais difícil, todavia, quando chega de uma só vez tanta gente a ter tão diversos antecedentes culturais e uma religião particular. Arriscam isolar-se a si mesmos independentemente da sua vontade.»

A respeito dos políticos da elite dominante, denuncia-lhes a confusão de espírito e de valores: «Se não se pode formular aquilo em que se acredita, é difícil comunicá-lo a outros. Tem de ser trabalhado e de quando em vez é preciso pôr os pés na terra e reconhecer: "Não, isso não resulta."»

Usualmente, Margarethe II costuma estar à margem das questões políticas. Esta sua intervenção foi entretanto aplaudida pelo ministro da Cultura, Bertel Haarder: «Ela descreveu precisamente o desenvolvimento que muitos de nós perceberam. Lembro-me de dizer no início do meu mandato como ministro da Integração que o número de imigrantes e refugiados não interessava demasiado, desde que encontrassem trabalho. Soava bem, mas infelizmente não era verdade. É o número que interessa.»

A Dinamarca recebeu cerca de quinze mil alegados refugiados nos últimos nove meses. «Deixa» que a maior parte dos alógenos sigam caminho para a Suécia. O facto de a esmagadora maioria destes serem muçulmanos levou a que se instalasse a polémica e o alerta a nível nacional; um dos dirigentes do Partido do Povo Dinamarquês (DF ou DanskeFolkeparti), Soeren Espersen, apelou a que se instituísse uma proibição de imigração muçulmana por um período de pelo menos seis meses.

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Fonte: http://www.express.co.uk/news/world/725158/Migrant-crisis-Queen-Margarethe-II-Denmark-Muslim-refugees-integrate-European-values