segunda-feira, setembro 26, 2016

PCP, PSD E CDS VOTAM CONTRA A PROIBIÇÃO DE ELEMENTO EVENTUALMENTE PERIGOSO PARA A SAÚDE

Os  grupos parlamentares de PCP, CDS-PP e PSD chumbaram nesta quarta-feira o projecto de lei do BE, que proibia o uso do herbicida glifosato em espaços urbanos, enquanto PS, PEV e PAN votaram favoravelmente ao lado dos bloquistas.
Há pouco mais de um mês, o PCP abstivera-se na votação de uma recomendação ao Governo, proposta pelo Bloco, para defender nas instâncias europeias a interdição do glifosato em todos os espaços (urbanos e rurais).
Entretanto, o PCP apresentou também nesta quarta-feira um projecto de resolução, sugerindo ao Governo medidas para controlar os filo-fármacos e sua aplicação sustentável (nomeadamente através da criação de uma comissão multi-disciplinar para acompanhar esta área), o qual deverá ser votado na sexta-feira.
A iniciativa do BE, previamente negociada com o PS e o Governo, contemplava a interdição do recurso a "quaisquer produtos filo-farmacêuticos contendo glifosato em zonas urbanas, de lazer e vias de comunicação".
No final da votação, o deputado do BE Jorge Costa mostrou-se surpreendido com os resultados e disse aos jornalistas que "a Direita tinha tido uma posição mais avançada no Parlamento Europeu", enquanto o "PCP mudou de sentido", numa referência à votação anterior sobre o mesmo assunto, em que se absteve.
Com estes resultados, continuou Jorge Costa, "fica nas mãos das instituições europeias a decisão" de proibir ou não o uso de glifosato.
Tal como durante todo o debate, o BE insistiu que deve seguir-se o princípio da precaução quando existem dúvidas acerca do risco para a saúde deste pesticida e, por isso, defendeu que a substância deve ser retirada, começando pelos espaços urbanos.
O PCP também justificou aos jornalistas o sentido do seu voto com o deputado João Ramos a defender que, "perante as dúvidas ainda existentes, têm de realizar-se mais estudos", de modo a obter mais informação científica para apoiar uma decisão política.
No decorrer do debate na sessão plenária do parlamento, que contou com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos, apresentaram-se várias posições, por um lado defendendo a necessidade de proteger a saúde pública com a proibição do glifosato, e, por outro, o PSD e o CDS-PP a chamarem à atenção para as dúvidas decorrentes dos estudos contraditórios, do custo para as autarquias desta proibição e da distinção de tratamento entre população urbana e espaços agrícolas.
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Fonte: http://expresso.sapo.pt/politica/2016-05-18-PCP-junta-se-a-direita-e-chumba-proibicao-de-pesticida-em-meio-urbano

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O PCP agora a votar ao lado da «Direita» parlamentar em defesa dos interesses do grande patronato contra as mais elementares cautelas que se exigem num país civilizado. Até nisso o partido estalinista é atrasado...

2 Comments:

Blogger Afonso de Portugal said...

Lamentável.

26 de setembro de 2016 às 21:55:00 WEST  
Anonymous pvnam said...

O auge da campanha contra o glifosato aparece quando a Bayer pretende comprar a Monsanto.
O glifosato é uma grande fonte de rendimento da Monsanto.
A Bayer possui outros herbicidas... mais caros.
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Há que aguardar o desenvolvimento da situação.

26 de setembro de 2016 às 22:12:00 WEST  

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