quarta-feira, junho 15, 2016

PARTIDO NACIONALISTA HÚNGARO JÁ NÃO QUER QUE O SEU PAÍS SAIA DA UNIÃO EUROPEIA

Na Hungria, o partido nacionalista Jobbik declarou já não querer que o seu país saia da União Europeia (UE). O secretário-geral do partido, Gábor Vona, escreveu o seguinte, no Facebook, a 2 de Junho:
«A UE irá mudar nos próximos cinco a dez anos e pela primeira vez pode ser para melhor».
Mais tarde chegou mesmo a dizer, à rádio, que «deixar a UE já não está na agenda». A intenção declarada agora é reformar a UE: «Olhemos para a questão da imigração, por exemplo: é um sério desafio para a UE, o que prova que certos mecanismos actuais precisam de ser alterados.» E mostra-se confiante: «Penso que toda a paleta política da UE vai mudar... Novos partidos estão-se a formar. O que é certo é que o nosso partido estará entre os que vão mudar o século XXI.»
Este partido costumava queimar bandeiras da UE em público nas suas manifestações, não obstante ter sido a Hungria uma das nações que mais beneficiou das ajudas comunitárias.
O Jobbik é agora o segundo partido mais forte do país, atingindo cerca de vinte por cento nas sondagens de opinião. O Fidesz, partido do poder liderado por Viktor Órban, está nos quarenta por cento.
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http://www.euractiv.com/section/elections/news/hungarian-far-right-no-longer-anti-eu-it-wants-to-transform-it/

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O Jobbik lá terá os seus defeitos, isto de uma perspectiva identitária, uma vez que apoia o Pan-turquismo e defende perspectivas algo belicistas contra outros Europeus, mas neste ponto dá um exemplo de lucidez - o que diz já se adivinha há anos... é aliás um dos motivos pelos quais não costumo alinhar na ideia de sair da União Europeia, antes pelo contrário. É claro como água - quanto mais os Nacionalistas ganham poder nos países mais fortes da UE, mais influência terão, tarde ou cedo, na determinação das políticas colectivas da UE.

13 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Esse partido está piorar.

15 de junho de 2016 às 23:20:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não, está a melhorar.

16 de junho de 2016 às 03:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Completamente de acordo.

16 de junho de 2016 às 10:57:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Pois, não há nada melhor do que pertencer a uma organização internacionalista com a esperança que ela mude sem mais, nem menos.

16 de junho de 2016 às 11:25:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Sem mais nem menos como? Um aumento eleitoral não é uma coisa «sem mais nem menos» e dizer, como diz o gajo, que é preciso mudar por dentro algo que está a funcionar mal não é dizer que se vai mudar seja o que for «sem mais nem menos.»

16 de junho de 2016 às 18:16:00 WEST  
Blogger Afonso de Portugal said...

Anónimo disse...
«Pois, não há nada melhor do que pertencer a uma organização internacionalista com a esperança que ela mude sem mais, nem menos.»

Bem visto! Inteligente mesmo é avançar directamente contra ela e parti-la toda com a força da suprema verdade facha!!! A UE nem iria saber o que a atingiu! Estes moderados não percebem nada disto...

16 de junho de 2016 às 22:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Isso tem tanto peso como eu dizer que o mundo está a funcionar mal e por isso eu vou mudá-lo.

16 de junho de 2016 às 23:42:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Bem, talvez se fosses um partido com vinte por cento do apoio do eleitorado, ou se fosses um conjunto de partidos fortes de vários países e o «mundo» fosse uma organização desses mesmos países, se calhar até tinha algum peso...

17 de junho de 2016 às 00:26:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Inteligente mesmo é avançar directamente contra ela e parti-la toda»

Evidentemente. Deita-se fora todo o trabalho alcançado no parlamento europeu. A converseta dos anti-europeus (e dos anti-democracia), faz-me sempre lembrar a dos dois malucos que queriam fugir do manicómio, tendo para isso de saltar cem muros e depois quando chegaram ao muro noventa e oito, diz um deles «eh pá, não aguento mais, temos de desistir, vamos mas é voltar para trás...»



17 de junho de 2016 às 00:32:00 WEST  
Blogger Caturo said...

E então no nosso caso, de Portugal, com a elite tugo-tropicalista que temos... Havia de ser bonito não termos começado a fazer parte da CEE nos anos oitenta, já agora estava Portugal completamente debaixo do Brasil e/ou de Angola e isto aqui estava muito mais africanizado do que está hoje... e se sairmos agora, não creio que o PNR, que ainda nem um deputado tem, consiga fazer alguma coisa tão depressa como os Nacionalistas doutros países europeus poderão fazer no parlamento europeu em matéria de novos limites rigorosos à iminvasão.

17 de junho de 2016 às 01:08:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Bem visto! Inteligente mesmo é avançar directamente contra ela e parti-la toda com a força da suprema verdade facha!!! A UE nem iria saber o que a atingiu! Estes moderados não percebem nada disto..."

Basta sair-se dela como a Inglaterra poderá faze-lo para a destruir.acclaim

17 de junho de 2016 às 01:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Bem, talvez se fosses um partido com vinte por cento do apoio do eleitorado, ou se fosses um conjunto de partidos fortes de vários países e o «mundo» fosse uma organização desses mesmos países, se calhar até tinha algum peso..."

Bem, um partido com 20% do apoio eleitorado não consegue resolver os problemas do mundo, e eu conseguir ter um conjunto de partidos fortes em muitos países que estão em sintonia com o meu pensamento político é menos provável que eu ganhar 10 euromilhões consecutivos. Conclusão: o que dizes não passa, de ilusões para sustentar algo impossível de ser consertado.

17 de junho de 2016 às 01:36:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Ou seja - não tens grande noção do que estás a dizer. Não sei quantos euromilhões consecutivos terás ganho, mas deves ter estado nos últimos dez anos a passar férias nas Maldivas ou coisa assim, sem jornais nem televisão, para nem sequer saberes que neste momento já existe um conjunto de partidos fortes em muitos países que estão em sintonia com o pensamento político nacionalista. É que nem sequer ouviste falar, por exemplo, da Europa das Nações e das Liberdades, que conta com partidos nacionalistas de nove países europeus - 9, IX em numerais romanos.
Um partido com vinte por cento do apoio do eleitorado não resolve os problemas do mundo, nem precisa, basta que contribua para resolver os problemas do seu país e da Europa, especialmente se a sua tendência for para alcançar mais de vinte por cento do apoio do Povo...

17 de junho de 2016 às 18:36:00 WEST  

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