terça-feira, junho 14, 2016

POLÍCIA DETEVE TRÊS PESSOAS NO CASO DO DUPLO HOMICÍDIO MUÇULMANO DE ONTEM EM PARIS

As forças de segurança encontraram na residência do casal de agentes, onde ocorreu o atentado, uma lista de alvos que incluía personalidades públicas, jornalistas, polícias e músicos, disse o procurador anti-terrorista de Pais François Molins.
O ataque foi divulgado pouco depois do final do jogo do Euro2016 Bélgica-Itália, em Lyon (nordeste).
Na Lues, pouco depois das 20:00 (19:00 em Lisboa), o atacante, de 25 anos, matou à facada um agente à paisana, antes de se entrincheirar na residência da vítima em Magnanville (oeste de Paris) e de ser abatido no assalto da unidade de elite da polícia francesa RAID.
Na casa, foi descoberto o corpo da mulher do agente, de 36 anos, degolada. A polícia encontrou também o filho do casal, de três anos e meio, "em estado de choque", mas ileso.
Durante as negociações com a força de intervenção, "o homicida indicou ser muçulmano praticante, observar o ramadão (jejum) e explicou ter jurado fidelidade há três semanas ao comandante dos crentes do [grupo extremista] Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi. Acrescentou ter respondido a um comunicado deste emir que pedia, e passo a citar, a 'morte dos infiéis, nas suas casas com as suas famílias'", explicou o procurador.
Larossi Abballa "indicou saber que a vítima era um agente policial e ameaçou fazer explodir tudo se a polícia entrasse no local", sublinhou Molins.
Às 20:52 (19:52 em Lisboa), Abballa enviou um vídeo de 12 minutos a uma centena de contactos e duas mensagens na rede social Twitter, através de uma conta aberta no início de junho, a reivindicar o ataque.
Algumas horas depois do ataque, a agência Amaq, ligada ao EI, noticiava que "um combatente" do grupo tinha matado o casal, perto de Paris.
Aballa tinha sido condenado em Setembro de 2013 a três anos de prisão por ter participado numa rede de envio para o Paquistão de voluntários para a 'jihad' (guerra santa). O inquérito tornou evidente o perfil preocupante de Abballa, conhecido até então por delitos menores (roubo, receptação).
Foi libertado após o julgamento devido ao tempo passado em detenção preventiva. "Durante a detenção, empenhou-se em acções de conversão ao islamismo radical", identificadas e notadas pela administração penitenciária.
Larossi Abballa era "alvo de investigações conduzidas por um magistrado anti-terrorista" desde 2016 sobre uma rede 'jihadista' síria.
Foi no âmbito deste inquérito que foi colocado sob escuta. Estes "registos telefónicos e geolocalizações" realizados "através de várias linhas telefónicas não permitiram, até hoje, encontrar qualquer elemento" sobre "a preparação e uma passagem a actos violentos".
O ataque de Magnanville foi perpetrado sete meses depois dos atentados de Paris, que causaram 130 mortos a 13 de Novembro, e dois dias após o tiroteio de Orlando (Estados Unidos), no qual morreram 49 pessoas e 53 ficaram feridas numa discoteca 'gay'.
Estes atentados foram reivindicados pelo EI. 
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Fonte: http://24.sapo.pt/article/lusa-sapo-pt_2016_06_14_1430218059_policia-francesa-detem-tres-pessoas-no-caso-de--jihadista--que-matou-casal-de-policias-em-paris

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É assim a bananice obscena da elite político-cultural e judicial que controla a Europa - um alógeno era garantidamente culpado de cooperação com a violência muçulmana, mas mesmo assim não só não ficou preso como ainda por cima pôde continuar à solta em solo europeu. É sobre os cornos dessa malta no poder que cai hoje e para sempre uma boa parte do sangue do casal assassinado e da infelicidade da criança que ficou órfã e que um dia, se houver justiça no Destino - ao menos nesse - poderá vingar o que ontem aconteceu. E, quem sabe, pode ser que alguém lhe dê uma ajuda.