REUNIÃO ENTRE PARTIDO NACIONALISTA E ASSOCIAÇÃO MUÇULMANA ACABA EM ACUSAÇÕES
Uma reunião entre líderes do partido de Extrema-Direita alemã AfD e de uma associação alemã de muçulmanos terminou hoje menos de uma hora depois de começar, após nova troca de acusações de parte a parte.
Um dos líderes do AfD (Alternativa para a Alemanha, extrema-direita populista), Frauke Petry, declarou à saída do encontro que não havia mais nada a conversar uma vez que a organização muçulmana comparou a sua formação ao partido nazi (o partido nacional-socialista que promoveu a ascensão de Adolf Hitler e conduziu à Segunda Guerra Mundial).
Já Aiman Mazyek, o chefe do Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha (ZMD), que promoveu o encontro num hotel em Berlim, afirmou que a posição do AfD é inconstitucional porque promove a discriminação contra toda uma religião.
O AfD foi fundado em 2013 - com uma base política eurocéptica - e desde então tem vindo a protestar contra a onda de refugiados que no ano passado trouxe para a Alemanha mais de um milhão de pessoas a pedir asilo.
O partido, que ganhou representação parlamentar em várias das eleições regionais alemãs, declarou no início de Maio que "o Islão não tem lugar na Europa" e acrescentou que pretende banir minaretes, o chamamento muçulmano para as preces e o véu que cubra totalmente a cara de uma mulher.
Na altura, Mazyek - que lidera um grupo que representa apenas uma parte dos cerca de quatro milhões de muçulmanos na Alemanha - considerou que o AfD é o primeiro partido político alemão desde o partido Nazi de Adolf Hitler a promover o descrédito e a ameaça contra uma religião inteira.
Mazyek acrescentou hohe, após a reunião, que o AfD não deixou qualquer dúvida em como pretende "prosseguir o caminho do populismo, da difamação e do preconceito".
Quanto à posição do ZMD, realçou Mazyek, é a de que a constituição alemã - que garante a liberdade de religião - "é inegociável".
O representante do AfD, Frauke Petry, queixou-se de que - na curta reunião - o grupo muçulmano se tenha recusado a debater tópicos específicos como a aplicação da lei islâmica (sharia) e tenha "exigido a retirada de um programa político democraticamente adoptado por um partido".
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Fonte: http://www.dn.pt/mundo/interior/encontro-entre-extrema-direita-e-muculmanos-acaba-em-acusacoes-e-insultos-5189432.html
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Mais um brilhante trabalho político da AfD, liderado por quem pelos vistos sabe realmente como se faz Política em condições. Muito provavelmente conseguiu mostrar ao Povo aquilo que realmente interessa divulgar a respeito do Islão, para que o Ocidente se consiga defender a tempo pela via pacífica e democrática...
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