LEMBRAR QUE O LÍDER DA ACTUAL DIREITA PARLAMENTAR SUGERIU A EMIGRAÇÃO DOS DOCENTES

Ficou famosa, e desencadeou polémica, a sugestão de Passos para que os professores procurassem uma alternativa profissional na emigração. Falava-se na altura de professores do ensino público que não encontraram colocação na escola pública.

“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. […] Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, afirmou Passos Coelho, em Dezembro de 2011.

Passados 4 anos, Passos mostra preocupação com os professores do ensino privado – uma compaixão que não reservou para os professores do ensino público – acusando a Esquerda de não se importar com as consequências das suas decisões que, segundo o ex-primeiro-ministro, podem levar “à falência organizações de natureza particular, cooperativa ou privada que empreguem profissionais, que prestem um serviço público aos jovens e às famílias”.

Ainda, segundo Passos, “há forças retrógradas que acham que os contratos de associação deveriam deixar de existir a não ser nos sítios onde o Estado realmente não tenha capacidade para oferecer equipamentos escolares”.

Queremos acreditar que, ao contrário de Passos Coelho, o actual governo e a maioria que o suporta não desvalorize nunca qualquer desemprego.

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http://geringonca.com/2016/05/03/passos-mandou-emigrar-professores-ensino-publico-esta-agora-preocupado-com-desemprego-no-ensino-privado/