DIRIGENTE DA IGREJA NA ALEMANHA DECLAROU QUE UM CRISTÃO NÃO PODE VOTAR EM «RACISTAS»...
Na Alemanha, o presidente da Conferência Episcopal alemã, cardeal Reinhard Marx, declarou numa entrevista concedida a um jornal conservador, o Frankfurter Allgemeine, antes das eleições de ontem, que «um cristão pode dar a sua voz a quem quiser, mas não a quem propague o ódio ou que predique o racismo», «não pode apoiar esquemas políticos ou sociais que consistam em exclusão».
Lamentou, além disso, que o debate político «se tenha tornado tão desinibido», referindo-se eventualmente às manifestações anti-imigração em várias cidades alemãs.
Considerou, entretanto, como «pelo menos irritantes» as declarações de membros do partido conservador CSU (ramo bávaro do CDU, partido conservador de Angela Merkel) contra a política de refugiados de Merkel, dizendo que pôr limites à entrada de refugiados «não é uma solução para o problema» e que «eu preferiria que numa situação tão complicada como esta, o governo actuasse a partir da unidade e com base na confiança no outro.»
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Fontes:
- http://www.alertadigital.com/2016/03/13/la-iglesia-catolica-alemana-pide-que-no-se-vote-a-la-extrema-derecha-los-cristianos-no-pueden-votar-por-el-odio/
- http://news.newsdirectory2.com/cardinal-marx-in-conversation-christians-must-not-choose-hatred/
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Mais uma vez, a maior representante da Cristandade a mostrar coerência - mais uma vez fica claro que o Cristianismo é incompatível com o Nacionalismo. O Cristianismo é um universalismo militante, pelo que, como bem salientou (este) Marx, um cristão não pode apoiar a exclusão - e o Nacionalismo, consistindo na exaltação da Nação/Estirpe acima de tudo o resto, implica forçosamente a exclusão, ou seja, a garantia da separação formal e inequívoca entre o Nós e o Eles, cada qual no seu espaço soberano.
O Cristianismo está, ao fim ao cabo, na origem espiritual do actual anti-racismo militante, novo «credo» da elite político-cultural dominante no Ocidente - o Cristianismo inoculou nas veias da Europa o vírus do universalismo militante, o qual actua como uma autêntica sida civilizacional, ou seja, a doença que destrói as defesas do Organismo Europa a partir de dentro (promoção da miscigenação, promoção da imigração em massa, etno-masoquismo), doença para a qual só há um antídoto, que é o Nacionalismo político.
Ainda bem, portanto, que o Cristianismo está em queda por todo o Ocidente, Alemanha incluída... olha a chatice que era se a Igreja tivesse agora o poder que ainda tinha há trinta anos, por exemplo...
Aliás, é sintomático que, no Ocidente, à medida que a Cristandade declina, o Nacionalismo ganha terreno, como já Berdyaev tinha observado, no século passado, ver aqui: http://gladio.blogspot.pt/2006/01/nacionalismo-e-politesmo-autntica_03.html
Percebe-se assim qual o real significado das previsões de alguns analistas contemporâneos sobre o alegado declínio do Ocidente - esse declínio não existe. É verdade que o Ocidente corre risco de extinção ou descaracterização, mas isso acontece a partir de factores extrínsecos ao seu próprio Povo - enquanto a elite lhe impinge um multiculturalismo e uma iminvasão diluentes, o Povo propriamente dito é cada vez mais genuinamente europeu, continuando pois a desenvolver-se e a evoluir num caminho especificamente europeu: vai perdendo preconceitos e sujeições de origem não europeia enquanto o Povo se apega cada vez mais a si próprio, o que é visível no crescimento eleitoral dos partidos nacionalistas em todo o mundo europeu ou derivado da Europa.
Ainda bem, portanto, que o Cristianismo está em queda por todo o Ocidente, Alemanha incluída... olha a chatice que era se a Igreja tivesse agora o poder que ainda tinha há trinta anos, por exemplo...
Aliás, é sintomático que, no Ocidente, à medida que a Cristandade declina, o Nacionalismo ganha terreno, como já Berdyaev tinha observado, no século passado, ver aqui: http://gladio.blogspot.pt/2006/01/nacionalismo-e-politesmo-autntica_03.html
Percebe-se assim qual o real significado das previsões de alguns analistas contemporâneos sobre o alegado declínio do Ocidente - esse declínio não existe. É verdade que o Ocidente corre risco de extinção ou descaracterização, mas isso acontece a partir de factores extrínsecos ao seu próprio Povo - enquanto a elite lhe impinge um multiculturalismo e uma iminvasão diluentes, o Povo propriamente dito é cada vez mais genuinamente europeu, continuando pois a desenvolver-se e a evoluir num caminho especificamente europeu: vai perdendo preconceitos e sujeições de origem não europeia enquanto o Povo se apega cada vez mais a si próprio, o que é visível no crescimento eleitoral dos partidos nacionalistas em todo o mundo europeu ou derivado da Europa.
Etiquetas: Nacionalismo X Cristianismo
10 Comments:
Eu quero lá saber do que esse gajo diz.acclaim
Pois, mas tu és um jovem a quem não se liga muito. Conta muito mais, para a população e para a política, a autoridade do dirigente da Igreja Católica Alemã do que a de um anónimo num blogue em Portugal. Ele tem incomparavelmente mais autoridade do que tu no que respeita à doutrina cristã.
Ele tem tanta autoridade sobre os cristãos que o presidente do PNR vai já abandonar o partido e tudo.
Isso, escuda-te nos outros.
Escudo-me nos cristãos.acclaim
Logo por azar o líder espiritual incontestado dos cristãos diz que não. :P
Mas a carrada de cristãos que leva para a frente a agenda anti-imigracionista diz que sim.acclaim
E a carrada bem maior de cristãos que apoia a agenda imigracionista diz que não - e ainda por cima a Cristandade não é uma Democracia, nos católicos é o papa que manda e acabou. :P
Isso está a mudar, e o crescimento da extrema-direita na Europa comprova isso mesmo -Tanto manda que a Marine Le Pen já disse que ia acabar com a FN.lol
O crescimento da Extrema-Direita coincide com a queda da Cristandade no Ocidente, ora que coincidência do camandro, ele há coisas... quanto à conversa da Marine Le Pen, é o costume, continuas a esconder-te atrás dos outros.
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