quarta-feira, dezembro 09, 2015

ESQUERDA E «DIREITA» DE FRANÇA DÃO POR ADQUIRIDO QUE PRECISAM DE ESTAR UNIDAS PARA COMBATER OS NACIONALISTAS

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/12/08/franca-esquerda-e-direita-em-busca-de-estrategias-contra-marine-le-pen/
*
Qual a melhor estratégia face a Marina Le Pen e à Frente Nacional? Esta é a pergunta que se colocam esquerda e direita tradicionais, após a primeira volta das eleições regionais, em França.
No próximo domingo, os partidos com mais de 10% dos votos disputarão uma segunda volta.
Os socialistas retiram-se da corrida em 2 regiões onde estão em terceiro lugar. O primeiro-ministro, o socialista Manuel Valls, critica os conservadores por não fazerem o mesmo:
“Eu assumo as minhas responsabilidades. É a grande diferença entre nós – e entre mim – e Nicolas Sarkozy. Quando se tem responsabilidades públicas, assumem-se as suas responsabilidades e fazem-se opções. Quando amamos o nosso país não hesitamos, temos um objectivo [ndr: impedir a vitória da Frente Popular] e apelamos a votar nos Republicanos”.
Um apelo socialista que visa bloquear a ascensão da Frente Nacional, partido de extrema-direita, que lidera em 6 das 13 regiões francesas.
Quanto à direita conservadora – Os Republicanos -, teria eventualmente um candidato a retirar, na região Languedoc-Roussillon-Midi-Pirinées, onde se situa em terceiro lugar, atrás dos socialistas.
Mas Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês e actual líder dos Republicanos, não tem a mesma visão que Valls: “Os socialistas tomaram uma decisão que respeito, é a escolha deles, e fizeram-na sem lhes termos pedido nada, foi uma decisão clara. E nós fazemos a escolha de manter as nossas listas porque estou persuadido de que somos os únicos a poder representar a união face à Frente Nacional.”
A primeira volta decorreu três semanas após os atentados de Paris, com as questões de segurança, imigração e luta contra o terrorismo em pano de fundo. Mas, segundo uma sondagem pós-eleitoral, no momento de votar, 54% dos franceses diz ter pensado, antes de mais, no “crescimento económico e na criação de empregos”.

* * *

Continua a ser excepcionalmente significativo que os «direitinhas» estejam dispostos até a aliar-se à Esquerda; e que a Esquerda esteja por sua vez disposta a aliar-se à odiada «Direita» capitalista só para combater os Nacionalistas, os quais, note-se, até defendem políticas económicas de Esquerda, como um porta-voz do patronato empresarial «denunciou». Isto só comprova o que tenho dito à saciedade: o grande combate ideológico do nosso tempo é entre o Nacionalismo e o Mundialismo, entendendo-se por «Mundialismo» a mentalidade reinante no seio da elite político-cultural dominante, «orgulhosamente» cosmopolitista e visceralmente apátrida: internacionalismo, anti-racismo, em suma, universalismo militante, herança moral da Cristandade. Esta última tendência é servida em geral pelas classes altas, juntamente com os magotes de alógenos que entram Ocidente adentro; a primeira, pelos povos autóctones, pouco ou só superficialmente influenciados pelos dogmas da Inquisição Anti-Racista. O indígena europeu ainda constitui maioria no Ocidente, motivo pelo qual os Nacionalistas europeus ainda têm elevado potencial para levar a água ao seu moinho, porque o Nacionalismo é, como se sabe, o espírito de coesão da Estirpe vertido em forma política e sistematizada, organizada, e a Tribo, em podendo escolher, escolhe cada vez mais proteger-se a si própria contra a ameaça à segurança e à identidade dos Ocidentais, cada vez mais óbvia.