segunda-feira, dezembro 14, 2015

DIANA E AS TRÊS MARIAS


Pode ver-se acima uma lápide, de seis metros de altura por cinco de largura, que faria parte de um santuário rupestre, que poderia também ter sido marcador da fronteira entre a Lusitânia e a Hispânia Citerior, no tempo dos Romanos, entre os séculos II d.c. e IV. a.c..
Parece estar alinhado com outros santuários rupestres, numa orientação Norte-Sul.
Na imagem vêem-se três mulheres vestidas ao modo romano da época; aos seus pés estariam dois ovinos recostados. Na inscrição que lá veio a ser gravada, já na época medieval, pode ler-se «Às Três Marias». 



A inscrição sobrepõe-se a outra, da época romana, que segundo a arqueóloga Isabel Canto, diz o seguinte:

A (nimo), L (ibens), s (olvit votum)
Sisc (inius?), Q (.....?)
Dianae (com o  "I" inscrito dentro do "D")

que pode traduzir-se assim:

«Siscinio? Q...? (consagrou este monumento) a Diana, cumprindo a sua promessa de bom grado.»

Na parte traseira do santuário gravaram-se quatro covas, o que faz lembrar uma garra de urso.




Sabe-se que vários Povos célticos terão prestado culto a Artio, Deusa de Florestas a Cujo culto estaria associado o urso. Os Romanos identificaram-Na com Diana Caçadora. 
O culto de Diana foi muito praticado na Ibéria e mitologicamente parece ter muito a ver com este extremo ocidente europeu. Segundo conta a «Crónica Geral de Espanha de 1344», o nome da Lusitânia tem origem nos jogos que Hércules aqui celebrou em honra da Deusa Diana. Por outro lado, Diana estará na origem das Janas, espécie de espíritos femininos da Floresta, elemento do folclore desta mesma zona, desde as Astúrias (Xanas) até ao Algarve (Jãs), quase sem interrupção.
E ainda hoje o povo gosta de dizer que o templo romano de Évora é o «templo de Diana»...

Quanto às supracitadas Três Marias, é curioso que constituam um conhecido elemento do folclore nacional. Vale por isso a pena referir uma lenda urbana ou conto popular, não sei como se definirá isto actualmente, de umas três Marias de Sintra... É um conto ligado à bruxaria, e, por coincidência ou não, o próprio topónimo Sintra poderia provir de Cíntia, um dos nomes de Diana, Deusa da Lua, da Floresta e das Bruxas. Segue-se a narrativa: 

«Há pouco mais de meia dúzia de anos e não muito longe da gruta da Serra de Sintra onde aparece o fantasma da bela Zaida, mais concretamente na Praia das Maçãs, lugar onde as casas se debruçam sobre um mar bravo e agitado que em certos dias de tempestade leva tudo pela frente, morava uma família com muitas razões para despertar a atenção alheia.
Primeiro, porque todas as três belíssimas filhas adolescentes respondiam pelo mesmo nome - Ana Maria, Joana Maria e Teresa Maria -, e por isso, o lugar onde moravam era conhecido como "a casa das três Marias". E são precisamente os rapazes da terra, a quem certamente nenhuma das Marias passava despercebida, que contam as coisas estranhas que se ouviam sobre aquela moradia...
Segundo eles, a mãe das jovens tinha grande interesse pelo sobrenatural e até um certo "dom", capacidade que era apregoada na vila, sabe-se lá com que intenções, pois tais actividades confundiam os mais conservadores e davam azo a aceso falatório.
Algumas dessas conversas não passaram despercebidas a Israel Pestana (...) [que as narrou a Miriã Pestana, agora encontram-se numa] recolha inédita que acabou nos arquivos do Centro de Estudos Ataíde Oliveira, datada de 2005.
(...) "por causa dessa ligação esquisita com as forças do oculto" era frequente a mãe ausentar-se de casa e ir a Sintra, um local famoso por atrair adeptos de cultos e rituais de bruxaria. No entanto, fossem quais fossem os assuntos que a mulher tinha para resolver na vila, deixava as três filhas sozinhas em casa.
"Só que entretanto, o inimigo não queria só ter contacto com a mãe mas também com as filhas", e mesmo sem elas irem a esses rituais, havia qualquer coisa de assustador que as visitava lá em casa e que "começou a falar através dos espíritos".
A casa ficou assombrada em boatos e fora deles! "Por causa da mãe e por causa delas que são as 3 Marias" (...) Certas pessoas disseram que aconteceram experiências com elas dentro dessa casa, e que ao passar pela casa, do lado de fora, se ouviam barulhos" (...). Pouco tempo depois, as 3 Marias e a sua mãe procuraram poiso noutro lugar. "Elas nunca mais foram vistas, nem a mãe. Só que a casa continua lá, e está assombrada!" (...)



In «Histórias de um Portugal Assombrado», de Vanessa Fidalgo, páginas 107-8.


De resto, toda a gente sabe que as Três Marias (não as desta história que acima se lê) são três estrelas (Mintaka, Alnilan e Alnitak), que fazem parte da constelação de Orion, gigante caçador cujo mito Se relaciona precisamente com Diana.





7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://www.citizenwarrior.com/2013/07/a-country-without-muslims.html

«The fact that the public and the officials are united in their attitude against Muslim immigration has created a sort of iron wall around Japan that Muslims lack both the permission and the capability to overcome. This iron wall silences the world’s criticism of Japan in this matter, because the world understands that there is no point in criticizing the Japanese, since criticism will not convince them to open the gates of Japan to Muslim immigration.»

Aqui é que está! No Ocidente, muitos submeteram-se aos dogmas do pensamento marxista cultural porque lhes fizeram chantagem emocional e moral, incutido-lhes complexos de suposta culpa, com um pouco de "cagufa de serem impopulares entre o rebanho" à mistura.

O mais importante não é a tolerância que temos que ter com outros povos que nem foram para aqui chamados, é a preservação do nosso! Os Japoneses sempre entenderam isso e não toleram que lhes imponham ideais universalistas. A acontecer, haverá resistência.

15 de dezembro de 2015 às 01:02:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Japan is teaching the whole world an interesting lesson: There is a direct correlation between national heritage and permission to immigrate — a people with a solid and clear national heritage and identity will not allow the unemployed of the world to enter its country; and a people whose cultural heritage and national identity is weak and fragile has no defense mechanisms to prevent a foreign culture from penetrating into its country and its land.»

É por isto que tanto esforço é feito no sentido de fazer a cabeça ao Ocidental para que este acredite que não tem história nem cultura, que é uma mistura, logo, que a sua herança genética não é importante ou é resultado de muitas misturas. Tudo para que aceite passivamente imigração em massa e miscigenação, que vão alterar a demografia do seu país e modificar drasticamente a sua "piscina genética".

15 de dezembro de 2015 às 01:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://pt.euronews.com/2015/12/14/ue-relanca-processo-de-adesao-da-turquia/

15 de dezembro de 2015 às 05:46:00 WET  
Blogger Caturo said...

«É por isto que tanto esforço é feito no sentido de fazer a cabeça ao Ocidental para que este acredite que não tem história nem cultura, que é uma mistura, logo, que a sua herança genética não é importante ou é resultado de muitas misturas.»

E hoje vou aqui publicar uma notícia a mostrar um dos extremos a que tal obscenidade chega...

15 de dezembro de 2015 às 08:16:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Os Japoneses sempre entenderam isso e não toleram que lhes imponham ideais universalistas.»

Pois, mas o veneno já começa a infiltrar-se lá... o primeiro-ministro japonês deu recentemente uma resposta magistralmente exemplar à questão dos refugiados, mas o que é sabido é que a Miss Japão escolhida pela elite cultural que controlou o concurso no Japão é uma mulata, mistura de negro americano com mulher japonesa...

15 de dezembro de 2015 às 08:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"This iron wall silences the world’s criticism of Japan in this matter, because the world understands that there is no point in criticizing the Japanese, since criticism will not convince them to open the gates of Japan to Muslim immigration.»"

Pois, por isso o deficiente do Guterres nao disse que estava CHOCADO por o japao nao aceitar refugiados, enquanto a europa que ja tinha aceite milhares, veio dizer que estava chocado por quererem diminuir o numero de entradas. Esta gente mete nojo

17 de dezembro de 2015 às 01:39:00 WET  
Blogger Caturo said...

Sim, mas o «choque» dessa espécie de gente sabe a mel.

17 de dezembro de 2015 às 21:14:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home