terça-feira, outubro 20, 2015

MINISTRA INGLESA RECONHECE QUE UM PAÍS COM IMIGRAÇÃO EM MASSA NÃO PODE TER UMA SOCIEDADE COESA

Fonte: http://www.bbc.com/news/uk-politics-34450887
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No Reino Unido (RU), a ministra do Interior Theresa May apelou numa conferência do Partido Conservador em Manchester a que se reduza o número de refugiados que o país recebe e se trate de acolher apenas «os mais vulneráveis»; declarou, além disso, que a alta taxa de migração torna impossível uma «sociedade coesa»: «Quando a imigração é demasiadamente elevada, quando o ritmo da mudança é demasiado rápido, é impossível construir uma sociedade coesa. É difícil para as escolas e os hospitais e o essencial das infraestruturas tais como a habitação e os transportes acompanharem o processo.» Acrescentou que os salários são baixados e alguns são despedidos em massa. Acrescentou também que «mesmo que pudéssemos lidar com todas as consequências da imigração em massa, a Grã-Bretanha não precisa de imigração às centenas de milhares todos os anos.»
Mais declarou que os vistos dos estudantes têm de ser reduzidos, uma vez que demasiados estudantes estrangeiros não se vão embora depois dos vistos expirarem: «Portanto não me interessa o que dizem os lobistas das universidades: as regras têm de ser cumpridas. Estudantes, sim. Gente que fica mais tempo do que é devido, não. E as universidades têm de aceitar isto.»
Os grupos de negócios criticaram-lhe o discurso, como foi disso exemplo o Institute of Directors, cujo director geral, Simon Walker, considerou a sua narrativa como «retórica irresponsável e apologia do sentimento anti-imigração»: «É mais um exemplo da ministra do Interior a afastar-se dos mais inteligentes e melhores do mundo, a pôr a política interna do partido acima do país, a ajudar as economias concorrentes em vez da nossa», dizendo também que «o mito do imigrante que rouba empregos é absurdo.»
A migração pelo país adentro atinge número recorde, chegando tendo em Março atingido os trezentos e trinta mil. 
May disse, mais tarde, que o principal meio de pedir asilo no país falhou, uma vez que só foi proveitoso para «os mais ricos, os mais afortunados e os mais fortes.»
Prometeu ainda que o RU não adoptará a política de imigração da União Europeia «nem daqui a mil anos», em vez disso tornará o tratamento da questão mais duro no que respeita às pessoas que viajaram para o país a partir de Estados que não estão em guerra, e que a prioridade será dada «aos mais vulneráveis, oriundos dos sítios mais perigosos do mundo.»

Não sei se Theresa May acredita realmente no que diz, se é bem intencionada, ou se está simplesmente a fazer notar ao povinho que também há no governo quem seja contra a imigração, que é para ver se o povinho se «acalma» e não vota na «Extrema-Direita»... por outro lado a senhora não deixa de comentar que a alteração não deve ser demasiadamente rápida, o que pode deixar subentendido que a mudança no caso até é boa, tem é de ser conduzida mais devagarito a ver se o edifício não desaba por completo, o que vai ao encontro da lógica «conservadora», que no fundo é tão mundialista e globalizadora como a esquerdista e a liberal-capitalista, destas diferindo apenas na medida em que é mais moderada e prudente... 
Uma coisa salienta-se: é bem notória a irritação de um típico representante do sistema plutocrático, o dito Walker, que não gosta que se digam certas verdades em público, que continua eventualmente a dar por adquirido que um país é como uma empresa e tem de competir economicamente com outros - como se um bloco de países como a Europa não pudesse subsistir por si mesmo sem competir com outros, mas isso mandava às urtigas a lógica do capitalismo sem fronteiras, que chatice - além de desviar completamente a conversa, não só porque persiste na velha ladainha de que os «melhores» vêm com a imigração (como se a imigração de massas algum dia fosse composta maioritariamente pelos «melhores»), mas também porque, para cúmulo da desconversação saloia, ainda vai referir-se à velha falácia do homem de palha (consiste em deturpar o argumento do oponente ao ponto de o simplificar caricaturalmente, para depois rebater uma caricatura fazendo de conta que está a rebater o verdadeiro argumento do oponente) de que «ai, a imigração não tira o emprego a ninguém!!!!», quando na verdade o que May disse foi que a imigração faz baixar os salários, e isso os simonwalkers não gostam de discutir, pudera, baixar os salários convém-lhes, uma vez que são eles ou seus amigos o patronato...

Outros organismos criticaram igualmente o que May disse, por motivos análogos aos de S. Walker, ou por razões alegadamente humanitárias, como foi o caso da Amnistia Internacional.

Os Trabalhistas também atacaram o discurso da ministra, qualificando-o como «enganador», enquanto o UKIP o acusou de «não ter alvos significativos» e de ser «espalhafatoso.»

Lorde Green, secretário-geral do grupo de pensamento Migration Watch (Observatório da Migração), em contrapartida, classificou-o como «muito corajoso», acrescentando: «Estes temas são agora o maior interesse do público e ela estava a falar com franqueza e decisão em seu nome.»

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse concordar com os comentários de May, acrescentando que a integração dos recém-chegados era «mais difícil quando se tem um nível excessivamente elevado de imigrantes.» Por outro lado afirmou o seu orgulho por o país ter construído uma das «democracias multi-étnicas e multirraciais mais bem sucedidas do mundo»... 

Não restam dúvidas de que só mesmo os Nacionalistas é que estão dispostos a combater a imigração, não apenas devido às suas consequências sociais e económicas, mas antes de mais nada pela questão de fundo: a da identidade nacional, incompatível com a constituição de regimes «orgulhosamente» multi-étnicos e multirraciais.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Reza um princípio da sobrevivência de que, quando uma situação é horrível e caótica, e tal caos e horror lhe é ameaçador, acrescente então a tal cenário ainda mais caos e horror.

De tal forma que as cartas sejam reembaralhadas aumentando assim as suas chances de sobrevivência, desde que você esteja preparado para um grau ainda maior de caos e horror.

As palavras desta vaca expressam apenas a preocupação de perder o controle de destruição que ela orquestra.

Que a sociedade se acabe.

20 de outubro de 2015 às 15:40:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Novidade...só dar um passeio para o Brasil que esta senhora constataria o óbvio...

20 de outubro de 2015 às 18:28:00 WEST  

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