sexta-feira, outubro 16, 2015

Vernes, 16 de Maio de 2778 AUC

GRAFITEIROS FORAM SUBVERSIVOS EM CENÁRIO DA SÉRIE «SEGURANÇA NACIONAL»

Três dos artistas contratados pela série “Segurança Nacional” (“Homeland” no original) para pintarem grafítis e mensagens em Árabe nos muros e paredes do campo de refugiados a que Carrie se desloca no segundo episódio revelaram que as frases escritas por eles são, afinal, críticas à própria série.
Num artigo publicado online, Heba Amin, Caram Kapp e Stone dizem que, “dada a reputação da série”, só consideraram aceitar a proposta que lhes foi feita pela produção em Junho, quando perceberam que podiam aproveitar a oportunidade para manifestar o seu descontentamento em relação à série norte-americana. E foi isso que fizeram, recorrendo a frases como “Homeland é uma piada que não nos faz rir”, “Homeland é lixo”, “Homeland não é uma série”, “Homeland é racista” e “esta série não representa a visão dos artistas”.
Apesar de polémicas, as frases passaram despercebidas à equipa de produção, que “esteve demasiado frenética durante a gravação do episódio para conseguir prestar atenção aos artistas”, encarando o seu trabalho "meramente como um suplemento visual que completa o horror-fantasia do Médio Oriente”, lê-se também no artigo.
Em entrevista ao “Guardian”, Heba Amin, uma das artistas, disse que a série “perpetua estereótipos perigosos ao transformar uma região inteira numa farsa através da deturpação grosseira que alimenta a narrativa de propaganda política”. Para a artista é muito claro que os produtores de “Homeland” “não conhecem a região que estão a tentar representar”.
A produtora da série norte-americana, a Showtime, ainda não se pronunciou em relação ao assunto, mas o criador e produtor executivo do programa, Alex Gansa, disse ao site "Deadline" que era “preferível ter conhecido estas imagens antes de o episódio ser transmitido”.
Sublinhou, no entanto, que a série “sempre tentou ser subversiva e constituir um estímulo ao diálogo”, e que este “acto de sabotagem artística” merece ser, por isso, “admirado”.
"Homeland", cuja quinta temporada estreou este mês, tem sido duramente criticada pela forma como tem abordado o mundo muçulmano e a relação aparentemente amistosa entre a Al-Qaeda e o Hezbollah.
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Fonte: http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-10-15-Seguranca-Nacional-o-grafiti-virou-se-contra-o-grafitado   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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Já se sabe que o grafiti dá quase sempre merda, não é novidade. Os seus autores fazem uma arte nascida e representante dos meandros mais rascas da sociedade ocidental, a saber, os guetos da criminalidade afro-americana. Aquilo é Extrema-Esquerda em estado mais puro que o puro. Ao pé daquilo, até o PCTP/MRPP é quase tão «anti-comunista primário» como o Garcia Pereira... Piadas à parte (até porque a Extrema-Esquerda do PCTP/MRPP nem faz grande peixeirada anti-racista), isto desta vez até foi útil, serviu de propaganda a uma série que diz aquilo que os donos dos politicamente correcto em geral não gostam que se diga.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

24 Horas? Acho que te enganaste no título. O nome da séria é "Homeland" que em português recebe o nome de "Segurança Nacional". 24 Horas é uma série mais antiga que já acabou.

17 de outubro de 2015 às 19:00:00 WEST  

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