sexta-feira, outubro 16, 2015

GRAFITEIROS FORAM SUBVERSIVOS EM CENÁRIO DA SÉRIE «SEGURANÇA NACIONAL»

Três dos artistas contratados pela série “Segurança Nacional” (“Homeland” no original) para pintarem grafítis e mensagens em Árabe nos muros e paredes do campo de refugiados a que Carrie se desloca no segundo episódio revelaram que as frases escritas por eles são, afinal, críticas à própria série.
Num artigo publicado online, Heba Amin, Caram Kapp e Stone dizem que, “dada a reputação da série”, só consideraram aceitar a proposta que lhes foi feita pela produção em Junho, quando perceberam que podiam aproveitar a oportunidade para manifestar o seu descontentamento em relação à série norte-americana. E foi isso que fizeram, recorrendo a frases como “Homeland é uma piada que não nos faz rir”, “Homeland é lixo”, “Homeland não é uma série”, “Homeland é racista” e “esta série não representa a visão dos artistas”.
Apesar de polémicas, as frases passaram despercebidas à equipa de produção, que “esteve demasiado frenética durante a gravação do episódio para conseguir prestar atenção aos artistas”, encarando o seu trabalho "meramente como um suplemento visual que completa o horror-fantasia do Médio Oriente”, lê-se também no artigo.
Em entrevista ao “Guardian”, Heba Amin, uma das artistas, disse que a série “perpetua estereótipos perigosos ao transformar uma região inteira numa farsa através da deturpação grosseira que alimenta a narrativa de propaganda política”. Para a artista é muito claro que os produtores de “Homeland” “não conhecem a região que estão a tentar representar”.
A produtora da série norte-americana, a Showtime, ainda não se pronunciou em relação ao assunto, mas o criador e produtor executivo do programa, Alex Gansa, disse ao site "Deadline" que era “preferível ter conhecido estas imagens antes de o episódio ser transmitido”.
Sublinhou, no entanto, que a série “sempre tentou ser subversiva e constituir um estímulo ao diálogo”, e que este “acto de sabotagem artística” merece ser, por isso, “admirado”.
"Homeland", cuja quinta temporada estreou este mês, tem sido duramente criticada pela forma como tem abordado o mundo muçulmano e a relação aparentemente amistosa entre a Al-Qaeda e o Hezbollah.
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Fonte: http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-10-15-Seguranca-Nacional-o-grafiti-virou-se-contra-o-grafitado   (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)

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Já se sabe que o grafiti dá quase sempre merda, não é novidade. Os seus autores fazem uma arte nascida e representante dos meandros mais rascas da sociedade ocidental, a saber, os guetos da criminalidade afro-americana. Aquilo é Extrema-Esquerda em estado mais puro que o puro. Ao pé daquilo, até o PCTP/MRPP é quase tão «anti-comunista primário» como o Garcia Pereira... Piadas à parte (até porque a Extrema-Esquerda do PCTP/MRPP nem faz grande peixeirada anti-racista), isto desta vez até foi útil, serviu de propaganda a uma série que diz aquilo que os donos dos politicamente correcto em geral não gostam que se diga.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

24 Horas? Acho que te enganaste no título. O nome da séria é "Homeland" que em português recebe o nome de "Segurança Nacional". 24 Horas é uma série mais antiga que já acabou.

17 de outubro de 2015 às 19:00:00 WEST  

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