sábado, outubro 31, 2015
Remeto para esta página http://gladio.blogspot.pt/2014/11/vespera-do-primeiro-de-novembro-grande.html, a cujas informações se devem acrescentar as do tópico de ontem relativo à/o Coca/o, possível sombra ou actual versão folclórica do antigo Crouga, Divindade celto-lusitana.
O facto de a celebração se ter fortalecido recentemente no país através da influência anglo-saxónica (mormente norte-americana) do chamado Halloween, que a tantos incomoda, constitui na verdade um exemplo sugestivo de como o contacto com tradições autenticamente europeias acabam por, directa ou indirectamente, vitalizar a etnicidade autóctone. E, pelos vistos - ontem aqui visto, sacado da Wikipedia - até o «moderno» uso «americano» das abóboras luminosas era afinal já praticado no folclore português (das Beiras) pelo menos no século XIX. Que a informação se encontre num dos sites mais relevantes de toda a Internet mas não seja sequer referida em parte nenhuma dos média é um indicativozito da actual pobreza de espírito de quem teria por dever ético promover o fundamento da identidade nacional - alguém, fosse quem fosse, devidamente pago pelo Estado para o fazer, devendo ser essa a principal função do Ministério da Cultura.
FESTA DA CABRA E DO CANHOTO EM CIDÕES, VINHAIS, TRÁS-OS-MONTES
Vamos lá começar isto pelo princípio: o Halloween não é americano. A Festa da Cabra e do Canhoto é só um dos exemplos que podemos dar como prova disso. Mas há centenas e centenas de outros, espalhados pela Europa, mas sobretudo na sua costa ocidental, onde a invasão ou influência celta foi mais marcante. O que hoje sobra da passagem de 31 de Outubro para 1 de Novembro, e a que agora damos o nome de Halloween (que, muito provavelmente, resulta da contracção do inglês All-Hallows Eve, isto é, a véspera do dia de Todos os Santos) , é um produto que foi na bagagem da emigração irlandesa para os Estados Unidos, e por lá estagiou até ganhar esta componente comercial que lhe deu a corrente imagem de marca, agora reimportada para o Velho Continente, aquele que na verdade é o que está na sua origem.
Escapando-me à polémica que o termo celta envolve, quer em termos históricos, quer em termos etnográficos, é indubitável que por aqui (e por aqui, leia-se pelo ocidente ibérico) passaram tribos pré-romanas que, ou foram de facto celtas, ou foram pelo menos celtizadas, isto é, absorveram parte substancial da cultura destes. E esses aglomerados de gente que partilhavam costumes comuns tinham, como nós, manifestações de religiosidade para com lugares sagrados ou, de outra forma, para com datas sagradas. E isso justifica que nesta altura, no dia 31 de Outubro do actual calendário, sendo mais específico, se festejasse uma passagem de ano. Esta passagem de ano não era mais do que um antigo resquício celta: acreditavam eles que o ano se dividia em estação da noite (e do frio) e estação do dia (e do calor). O último dia de Outubro registava assim o final da época das colheitas e o início da época em que a natureza morre, e o facto de os mortos serem homenageados em todo o país no Dia de Todos os Santos não é pura coincidência.
Assim, e tendo em conta que da noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro estávamos na presença de um tempo de ninguém, tudo poderia acontecer, inclusivamente a vinda dos mortos à terra para destruir colheitas e espalhar o medo. Simbolicamente, a vinda dos mortos está relacionada com a chegada do ciclo morto da natureza. E é nesse contexto que falamos da Festa da Cabra e do Canhoto, a acontecer nesta precisa data, em Cidões, província de Trás-os-Montes. Reza a tradição que se deve queimar o canhoto, ou de outra forma, um grande cavaco, numa fogueira gigante, fogueira essa que será aproveitada para cozinhar a cabra, antes esfolada no concelho de Vinhais. Os nomes do canhoto e da cabra não vêm do acaso. Ambos estes termos estão associados ao demoníaco, ao outro lado – os homens com pés de cabra, por exemplo, são, em infinitas lendas europeias, uma forma de reconhecermos o diabo escondido em forma humana.
A cabra é acompanhada de queimada celta (ou queimada galega, para adoptar uma denominação mais comum), café em pote ou ulhaque (bebida típica da povoação). Fazendo jus ao tempo onde tudo é válido, como acontece no Carnaval, que por sua vez celebra a chegada da Primavera, aos rapazes de Cidões são permitidas todas as tropelias, como se de Caretos estivéssemos a falar – roubam objectos de varandas da aldeia, viram carros e carroças do avesso, atropelam raparigas. Chega mais tarde o Diabo, numa charrua puxada pelas gentes da terra, bem audível no chiar que o seu andar provoca.
A Festa da Cabra e do Canhoto é já uma pequena pérola turística, ainda pouco dada a grandes massas, sobretudo pela distância que a aldeia tem dos grandes centros urbanos portugueses. Há concertos a acompanhar uma noite que se faz de medos. E é de aproveitar. Afinal, a partir daqui entramos no mundo escuro. Um que só se volta a aclarar quando o Carnaval dá de si, quase meio ano depois.
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Fonte: http://www.portugalnummapa.com/festa-da-cabra-e-do-canhoto/HOJE - NOITE DAS BRUXAS NO MUSEU DE ODRINHAS
Na noite do próximo dia 31 de Outubro, sábado, o Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas irá organizar uma surpreendente visita nocturna! Inspirados em antigas tradições relativas ao culto dos antepassados e às nocturnas deambulações, em certos dias, das almas-penadas, o Museu tem como objectivo comemorar a chamada “Noite das Bruxas”, divulgando em simultâneo o seu acervo e interligando-o de forma lúdica com as crenças da Antiguidade e da Idade Média. Aceite o nosso convite e participe… se tiver coragem!!!
Funcionamento: Sábado, dia 31 de Outubro, três sessões nocturnas às 21.00, às
22.00, e às 23.00.
Ingresso para a visita: 3,00 Euros; mediante reserva.
Isenção para crianças até
aos 14 anos.
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Fonte: http://museuarqueologicodeodrinhas.cm-sintra.pt/documents/documentos_noticias/newsletter64outubro2015.pdf
UMA DÚZIA DE ANOS A MANDAR BOCAS
Ia deixando acabar o mês sem fazer notar que o Gladius faz em Outubro - mais concretamente a 13 - doze anos de existência. Um número giro, olímpico, solar, zodiacal arturiano e tudo o mais.
Agradeço aos leitores e aos comentadores que por aqui têm andado e espero ter-vos por estas bandas mais uma catrefada de anos.
COMO FOI VOTO DOS EURODEPUTADOS PORTUGUESES A RESPEITO DOS SUBSÍDIOS À TAUROMAQUIA
A notícia de que o Parlamento Europeu cortou finalmente os subsídios à tauromaquia (o texto da emenda diz “corridas de touros de morte”, mas esperamos que se aplique à tauromaquia de forma geral, já que todas as touradas resultam na morte do touro, mesmo que seja fora da arena) tem sido celebrada desde ontem por milhões de portugueses e outros europeus. O resultado foi de 438 votos a favor, 199 contra e 50 abstenções. No ano passado, a mesma emenda havia sido reprovada com 323 votos a favor, 309 contra e 58 abstenções (era necessária uma maioria absoluta – 377 votos).
É fácil verificar que se deu uma grande mudança de opinião entre os eurodeputados no espaço de um ano – uma mudança que saudamos e que reflecte a rápida evolução de consciência dos cidadãos europeus em relação aos direitos dos animais. Entre os eurodeputados portugueses a mudança também foi substancial. No ano passado, apenas 3 eurodeputadas – Ana Gomes, Liliana Rodrigues e Marisa Matias – haviam votado a favor da proposta, tendo havido 10 portugueses a votarem contra, 2 a absterem-se a 6 a prescindirem de votar. Este ano, foram 9 votos a favor, 9 contra, 2 abstenções e 1 deputada que não votou.
Estamos convictos de que a grande adesão à iniciativa de envio de emails para os eurodeputados portugueses desempenhou um importante papel, ao recordar-lhes aquela que é a posição da maioria dos cidadãos do nosso país. Agradecemos mais uma vez a todos os que participaram – juntos fizemos a diferença em defesa dos animais!
Conheça abaixo os votos dos eurodeputados portugueses, seguidos de uma tabela que regista a evolução do seu sentido de voto em relação ao ano passado.
A Favor:
Francisco Assis (PS)
José Inácio Faria (MPT)
João Ferreira (PCP)
Ana Gomes (PS)
António Marinho e Pinto (Ind.)
Marisa Matias (BE)
Liliana Rodrigues (PS)
Miguel Viegas (PCP)
Inês Cristina Zuber (PCP)
Francisco Assis (PS)
José Inácio Faria (MPT)
João Ferreira (PCP)
Ana Gomes (PS)
António Marinho e Pinto (Ind.)
Marisa Matias (BE)
Liliana Rodrigues (PS)
Miguel Viegas (PCP)
Inês Cristina Zuber (PCP)
Contra:
Carlos Coelho (PSD)
José Manuel Fernandes (PSD)
Nuno Melo (CDS)
Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD)
Paulo Rangel (PSD)
Sofia Ribeiro (PSD)
Fernando Ruas (PSD)
Pedro Silva Pereira (PS)
Carlos Zorrinho (PS)
Carlos Coelho (PSD)
José Manuel Fernandes (PSD)
Nuno Melo (CDS)
Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD)
Paulo Rangel (PSD)
Sofia Ribeiro (PSD)
Fernando Ruas (PSD)
Pedro Silva Pereira (PS)
Carlos Zorrinho (PS)
Abstiveram-se:
Elisa Ferreira (PS)
Ricardo Serrão Santos (PS)
Elisa Ferreira (PS)
Ricardo Serrão Santos (PS)
Não votou:
Maria João Rodrigues (PS)
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Fonte: http://www.vidanimal.org/blog/corte-dos-subsidios-a-tauromaquia-saiba-como-votaram-os-eurodeputados-portugueses/
ANIMAL SAÚDA VOTAÇÃO CONTRA SUBSÍDIOS A QUEM CRIE BOVINOS PARA A TAUROMAQUIA
A Animal, associação de defesa dos direitos dos animais, classificou ontem como "um passo importante" para terminar com a tauromaquia a decisão do Parlamento Europeu de vedar os subsídios aos proprietários envolvidos na criação de touros para touradas.
"Vemos como muito positiva a votação desta emenda proposta pelos Verdes. Vamos aguardar pelos trâmites legais normais e ver as implicações da legislação", disse à Lusa Rita Silva, da Animal, adiantando tratar-se de um "muito importante passo para o fim da tauromaquia" nos três países europeus em que ainda existe: Portugal, Espanha e França.
Segundo a responsável, o que faz com que ainda existam touradas nos tês países europeus "são as subvenções europeias e nacionais", sublinhando que a Animal, juntamente com outras organizações, tem vindo a lutar nos últimos anos para que acabem os subsídios comunitários ou nacionais.
"Vemos isto com um certo humor: os tauromáquicos dizem sempre que não há subsídios, nem dinheiro a entrar para ajudar a sua indústria. Curiosamente, afinal havia, agora estão a queixar-se em fóruns privados. A máscara acabou por cair, aquilo que nós já sabíamos, a comunidade passou a saber, claro que há dinheiro", avançou Rita Silva.
O Parlamento Europeu solicitou na quarta-feira que nenhuns fundos comunitários sejam destinados a propriedades onde sejam criados touros para touradas.
"Nem os dinheiros da PAC (Política Agrícola Comum) nem quaisquer outras verbas orçamentadas devem ser utilizadas para financiar actividades de tauromaquia em que o touro seja morto", pediram os deputados numa alteração à posição do Parlamento sobre o orçamento comunitário de 2016, que contou com 438 votos a favor, 199 contra e 50 abstenções.
Este pedido - tal como a totalidade da posição orçamental do Parlamento - terá ainda de ser negociado com o Conselho da União Europeia (que representa os estados-membros), no âmbito do processo de conciliação para a aprovação do orçamento de 2016.
A alteração aprovada na quarta-feira, introduzida pelos Verdes, não é a primeira votada pelo Parlamento nesse sentido, "mas é a primeira vez que este pedido é integrado no corpus" da posição orçamental da assembleia, declarou Michael Schmitt, consultor político dos Verdes no Parlamento Europeu, à Agence France-Presse (AFP).
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Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/pais/476754/animal-apoia-decisao-europeia-de-travar-apoios-para-touradas
PNR DENUNCIA GASTOS REAIS COM REFUGIADOS
Portugal contribuiu até ao momento com ajudas financeiras de 340 mil euros no quadro do combate à chamada "crise dos refugiados", segundo dados sobre os compromissos e acções dos Estados-membros, que Bruxelas passa a divulgar a partir de hoje.
Afinal vai ser à custa dos nossos impostos, dos impostos altíssimos que estamos a pagar, que vão financiar a vinda dos alegados refugiados.
É preciso desmistificar toda a propaganda do sistema.
É preciso continuar a divulgar todas as notícias sobre este assunto, já que os media distorcem a realidade e só publicam o que muito bem lhes convém.
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Fonte: https://www.facebook.com/PNR.Partido.Nacional.Renovador/photos/a.116919651674158.11367.116915155007941/1074662152566565/?type=3&theater
POSSIBILIDADE DE A TURQUIA ESTAR A DISTANCIAR-SE DA UNIÃO EUROPEIA
Agradecimento a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/10/29/esta-a-turquia-a-distanciar-se-cada-vez-mais-da-ue/ - Página com vídeo incorporado - (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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A Turquia vai a eleições antecipadas num momento crítico da sua história. O presidente Recep Tayyip Erdogan pretende alterar de novo o equilíbrio de forças que lhe tirou a maioria absoluta no último escrutínio de Junho. No entanto, a maioria das sondagens não aponta vitórias expressivas.
Bruxelas promete canalizar milhões de euros para ajudar Ancara a enfrentar a crise dos refugiados. A questão curda é também premente: é cada vez mais violento o braço de ferro do governo com os rebeldes curdos. Que evolução tem a Turquia feito na área dos direitos humanos, no espaço mediático e em que ponto estão as relações com a União Europeia?
Convidámos para um debate no Parlamento Europeu em Bruxelas: Marietje Schaake, eurodeputada holandesa do grupo dos Democratas e Liberais, membro das comissões do Comércio Internacional e dos Direitos Humanos; Zafer Sirakaya, representante do AKP em Bruxelas, o partido do presidente turco; e Nikola Dimitrov, do Instituto para a Justiça Global de Haia, que promove debates sobre a resolução de conflitos.
Marietje Schaake salientou que “os media na Turquia são pressionados de forma sistemática. Não falamos apenas de insultos. Falamos de ataques pessoais a jornalistas, de intimidação, da motivação política por trás de multas impostas a órgãos de comunicação, de rusgas às instalações, da violência de que foi alvo um cronista recentemente. Tudo isto é muito preocupante e impede que haja espaço para debater e para haver eleições livres.”
Segundo Zafer Sirakaya, a prioridade é clarificar posições: “A primeira coisa que o HDP tem de fazer é mostrar que não tem relação com os terroristas do PKK. Não ouvimos ninguém do HDP a manifestar-se realmente contra os actos terroristas do PKK nos últimos seis meses. Uma outra questão é que insultar o primeiro-ministro e o presidente é uma coisa, a liberdade de imprensa é outra. Não há nenhum país europeu onde se possa chamar o presidente de assassino.”
Nikola Dimitrov considera que “a Europa está entre a espada e a parede. Por um lado, é preciso envolver a Turquia nos compromissos que forem alcançados para resolver a crise dos refugiados. Por outro, se não pensarmos a longo prazo, se não colocarmos em prática os valores que defendemos – a democracia, os direitos civis -, vamos acabar por comprometer a própria estabilidade na Turquia. E aí o desafio será muito maior do que a questão dos refugiados sírios.”
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E tudo porque o governo turco islamiza a Ásia Menor desde há umas duas ou três décadas, senão mais, enquanto tenta a todo o custo continuar a submeter a parte da nação curda que existe no seu território. Meter um país destes pela União Europeia adentro só cabe mesmo na cabeça de uma elite que despreza a segurança e a identidade europeias.
ARMADA DESACTIVOU EXPLOSIVO EM PRAIA DE CASCAIS
O engenho encontrava-se accionado, totalmente funcional e com a carga explosiva completa.
A Marinha Portuguesa anunciou hoje que foi desactivado, na quinta-feira, um engenho explosivo encontrado na Praia da Duquesa, em Cascais, pela equipa de prontidão de Inactivação de Engenhos Explosivos do Destacamento de Mergulhadores Sapadores da Armada.
A operação teve início após o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa ter recebido um alerta sobre a existência naquela praia de "um engenho explosivo utilizado em ambiente marinho para sinalização de emergência de submarino - 'MK II'", refere a Marinha na sua página da internet.
A Marinha sublinha que este tipo de engenho "pode aparentar um estado estável e seguro, no entanto, como se verificou neste caso, o engenho encontrava-se accionado, totalmente funcional e com a carga explosiva completa", acrescentando que, devido à confluência de diversas rotas marítimas e aéreas, este tipo de engenho "é encontrado com alguma frequência na costa Portuguesa e requer precauções no seu manuseamento, podendo ser extremamente perigoso".
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Fonte: http://www.dn.pt/portugal/interior/armada-inativou-engenho-explosivo-em-praia-4863112.html (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa.)
sexta-feira, outubro 30, 2015
CROUGA, COCA/O E ABÓBORAS LUMINOSAS - POSSÍVEL RAÍZ PAGÃ DE TRADIÇÕES FOLCLÓRICAS PORTUGUESAS DO DIA DAS BRUXAS
Crouga é provavelmente uma Divindade adorada pelos Lusitanos há cerca de dois mil anos na área de Viseu e também na Galiza. O Seu nome parece provir do termo proto-celta *krowkā-. Pode eventualmente ser equivalente ao irlandês Crom Cruaich, Deus a Quem eram sacrificados
os primogénitos de cada clã e Cujo nome parece significar algo como «Cabeça Curva», e Cujo equivalente galês seria Pen Crug. Na inscrição lusitana de Lamas de Moledo, parece ler-se que a Crouga Magareaicus é sacrificado um ovídeo jovem, o que lembra o facto de a Crom Cruaich serem sacrificados os primogénitos de cada clã, crianças nalguns casos. Ambos os teónimos (nomes de Deuses) podem estar ligados ao vocábulo «Craic» que designa «Pedra» em Irlandês.
Inscrição de Lamas de Moledo, na qual se pode ler «Crouga Magareaicus» |
Quanto ao Coco ou Coca, diz a Wikipedia o seguinte (apenas o texto a itálico é da Wikipedia):
A coca é um ser mítico, uma espécie de fantasma, bruxa ou bicho-papão com que se assustam meninos. Embora não tenha uma aparência definida, este ser assustador tinha uma representação figurada, a sua cabeça era uma espécie de abóbora ou cabaça da qual saía luz (ou fogo). A representação da coca era feita com uma panela ou abóbora oca em que se faziam três ou quatro buracos, imitando olhos, nariz e boca, e em que se colocava uma luz dentro e deixava-se, durante a noite, num lugar bem escuro para assustar crianças e pessoas que passavam.
A coca é um ser feminino, o equivalente masculino é o coco embora ambos acabem por ser dois aspectos do mesmo ser, e confundem-se um com o outro na sua representação e no seu papel de assustar meninos; como nenhum destes seres tem uma forma definida toma-se um pelo outro.
O mito do Coco teve origem em Portugal e na Galiza. Segundo o dicionário da Real Academia Espanhola[2] , “el coco” (também chamado de “el cuco” na América Latina) teve origem no fantasma português: “(Del port. côco, fantasma que lleva una calabaza vacía, a modo de cabeza). Fantasma con que se mete miedo a los niños”. A palavra coco é usada em linguagem coloquial para significar a cabeça humana em português e espanhol.[4] Coco também significa crânio. A palavra "cocuruto" em português significa a coroa da cabeça e o lugar mais alto. "Gogo" em basco significa espírito. Na Galiza "crouca" significa cabeça, deriva do proto-celta *krowkā-, e tem a variante "croca"; e quer coco ou coca também significam cabeça. São cognatos o córnico "crogen" que significa crânio, o bretão "krogen ar penn" que significa crânio, e o irlandês "clocan" que também significa crânio.
Na mitologia Calaico-Lusitana Crouga (do proto-celta *krowkā-) é o nome de uma divindade ainda com contornos obscuros,[19] [20] a quem são feitas oferendas, no entanto na inscrição de Ginzo de Limia é a Crouga que é oferecida.
(...)
O Coco come crianças, tal como o irlandês Crom Cruaich:
O nome do coco é usado frequentemente como aviso de um mal iminente nos países de língua castelhana, tal como acontecia em Portugal, quando as crianças desobedecem a seus pais, não querem dormir, não querem comer, ou para as dissuadir de ir para lugares perigosos e de se afastarem de casa. Não é o aspecto do coco mas o que ele faz que assusta a maioria das crianças. O coco é um comedor de criança (um papa-meninos) e um sequestrador. Ele imediatamente devora a criança e não deixa rastro dela ou leva a criança para um lugar sem volta.
Mas ele só faz isso às crianças desobedientes.[29] A coca fica a vigiar as crianças mal comportadas do topo do telhado (fica à coca). O coco toma a forma de qualquer sombra escura e fica também de guarda. Eles são atraídos pela desobediência de uma criança. Ambos representam o oposto do anjo da guarda e são frequentemente comparados ao diabo. Há ainda quem veja o coco como a representação dos defuntos da comunidade local.
No Minho a máscara que se faz com a casca de uma abóbora é chamada de coco[32] . Na antiga Beira Alta era costume os rapazes levarem espetada num pau, como símbolo das almas do outro mundo, uma abóbora esculpida em forma de cara, com uma vela acesa dentro, lembrando uma caveira.
Segundo Rafael Loureiro, a tradição de esculpir abóboras com rostos é uma tradição milenar na Península Ibérica que remonta ao tempo dos celtiberos[34] , um costume parecido ao que Diodoro Sículo atribuía aos guerreiros Iberos na batalha de Selinunte em 469 a.C., que penduravam nas lanças as cabeças dos inimigos.
"O costume outonal e infantil de esvaziar abóboras e talhar na sua casca olhos, nariz e boca buscando uma expressão tétrica, longe de ser uma tradição importada por um recente mimetismo cultural americanizante, é um rasgo cultural antiquíssimo na Península Ibérica" ~ Rafael Loureiro
Esta tradição estaria ainda relacionada com o culto celta das "cabeças cortadas" na península Ibérica.
Nas Décadas da Ásia (1563), João de Barros descreve como o nome do coco (fruto), teve origem nesta tradição:
“Esta casca per onde aquelle pomo recebe o nutrimento vegetal, que he pelo pé, tem uma maneira aguda, que quer semelhar o nariz posto entre dous olhos redondos, per onde elle lança os grellos, quando quer nascer: por razão da qual figura, sem ser figura , os nossos lhe chamaram coco, nome imposto pelas mulheres a qualquer cousa, com que querem fazer medo ás crianças, o qual nome assi lhe ficou, que ninguem lhe sabe outro, [...]”
Rafael Bluteau, no primeiro dicionário da língua portuguesa o Vocabulario Portuguez e Latino (1712) define o coco e a coca como caveiras:
“O Coco ou a Coca. Usamos destas palavras, para pôr medo aos meninos, porque a segunda casca do Coco tem na sua superfície três buracos com feição de caveira.“
Na primeira metade do século XX a coca era parte integrante de festejos como o do Dia de Finados ou o peditório ritual do Pão-por-Deus. O Pão-por-Deus, já mencionado no século XV, é um peditório ritual feito por crianças, embora antigamente participassem também os pobres, feito com o fim de partilhar o pão ou guloseimas com as alminhas queridas, os defuntos da comunidade, que eram aguardados ansiosamente e chegavam de noite em forma de borboletas ou pequenos animais. Conforme a região, este peditório assume diferentes nomes: santoro ou santorinho,[45] dia dos bolinhos, fieis de Deus, já na Galiza o peditório tem o nome de migalho (migallo).
"Nesta mesma cidade de Coimbra, onde hoje nos encontramos, é costume andarem grupos de crianças pelas ruas, nos dias 31 de Outubro e 1 e 2 de Novembro, ao cair da noite, com uma abóbora oca e com buracos recortados a fazer de olhos, nariz e boca, como se fosse uma caveira, e com um coto de vela aceso por dentro, para lhe dar um ar mais macabro."
"Em Coimbra o peditório menciona «Bolinhos, bolinhós», e o grupo traz uma abóbora esvaziada com dois buracos a figurarem os olhos de um personagem e uma vela acesa dentro[...]outro exemplo da utilização da abóbora ou cabaço como figuração humana, nas máscaras dos embuçados das esfolhadas de Santo Tirso de Prazins (Guimaräes), que depois, estes passeiam, alçadas num pau e com uma vela dentro, e deixam espetados em qualquer sitio mais ermo, para meterem medo a quem passa."
(...)
"Em Landim (Famalicão) fingia-se, para amedrontar a gente das esfolhadas, um rosto humano com um cabaço ôco onde se metia uma vela a arder. A seguir espetava-se o cabaço num espeque, e deixava-se num ponto de passagem."
Na Galiza começava-se a talhar as cabaças com cara de caveiras perto do dia de São Miguel (21 de Setembro), e continuava-se pelo outono dentro. Toda a estação do outono era tempo de fazer caveiras com as cabaças.
As cabeças teriam poderes protectores, protegiam as pessoas ou comunidades. Teriam também poderes divinatórios ou proféticos e de cura. Os locais de exibição das cabeças cortadas, da Idade do Ferro, situavam-se dentro e fora dos edifícios, notando-se uma preferência por locais públicos, de trânsito e locais altos acima do nível de circulação das pessoas (ruas, varandas ou entradas de edifícios, paredes e pilares), sempre com uma preferencia pelos locais mais visíveis.
A representação da coca, com uma abóbora iluminada, faz parte do património imaterial galego-português . Na Galiza é tema na festa das caliveras, ou samaín[63] , e assume vários nomes: calacús, caveiras de melón, calabazotes, colondros etc.
Os rituais em torno da Nossa Senhora da Cabeça, em Portugal, incluem a oferta de ex-votos com a forma de cabeças de cera, rezar a Avé Maria com uma estátua da Nossa Senhora em cima da cabeça, e rezar com a cabeça dentro de um buraco aberto na parede da capela.
A capela de Nossa Senhora das Cabeças localizada a 50 m NW das ruínas do templo romano de Nossa Senhora das Cabeças (Orjais, Covilhã) evidencia uma continuidade no uso de um espaço sagrado que passou de uma área de culto pagão para a de um culto cristão e que continuou a ser um local culto nos séculos seguintes até ao dia de hoje. De acordo com Pedro Carvalho os achados pré-romanos e a localização invulgar das ruínas romanas dentro das muralhas de um castro do século VIII a.c. sugerem a possibilidade de o local ter sido inicialmente de um culto pré-romano. Em Mileu, a capela de nossa Senhora das Cabeças tem cabeças humanas, uma cabeça com gorro, e cabeças de lobo como motivos decorativos. Na aldeia de Ponte, freguesia de Mouçós, num monte que dá para o Rio Corgo, há uma capelinha chamada de Santo Cabeço que a lenda diz ter sido construída pelos Mouros. Na parede voltada para o sul tem uma cavidade redonda onde os Mouros metiam a cabeça para ouvir o mar. O povo local tem também o costume de colocar a cabeça no buraco: uns para ouvirem o sussurro semelhante ao das ondas, outros para aliviarem as dores de cabeça.
Prudêncio e Martinho de Braga afirmavam que os habitantes da Hispânia veneravam pedras e árvores sagradas.
Para além das tradicionais abóboras, fazem-se as lanternas com buracos a figurarem um rosto com panelas velhas furadas, com melões, e com caixas de sapato.
(...)
Coca é o nome que se dava à capa ou traje com um capuz que cobria o rosto. Era também o nome do vestido de noiva, tradicionalmente de cor preta, com capuz, que ainda se usava no início do século XX. Camilo Castelo Branco relembrava com saudade o poder sedutor da coca:
"Ai! Eu ainda conheci mulheres formosas de mantilha. A graça com que elas a apanhavam e refegavam na cintura! Como as nalgas se relevavam redondas debaixo do lapim! E o bamboar dos cabelos anelados sob o docel negro e arqueado da côca...";
(...)
Nas Viagens do Barão de Rozmital, de 1465 a 1467, encontram-se algumas referências ás tradições fúnebres da época: "...os parentes do morto acompanham o funeral vestidos de roupas brancas próprias dos enterros com capuzes à maneira dos monges, com o qual vestuário se vestem de um modo admirável. Aquelles porém, que são assalariados para carpirem o defuncto vão vestidos com roupa preta, e fazem um pranto como o d'aquelles que entre nós pulam de contentes ou estão alegres por terem bebido."
Em Portimão nas celebrações da Semana Santa, durante a “procissão dos Passos", organizada pela Misericórdia, o arauto, um homem vestido de negro com uma capa e um capuz, que tinha três buracos correspondentes aos olhos e boca, a cobrir a sua cara, que liderava a procissão e anunciava a morte de Cristo, era chamado quer de coca, farnicoco, (farricunco, farricoco do Latim far, farris e coco) ou morte. Dava-se o nome de coca quer à capa quer ao homem que a vestia.
(...)
“Vai-te coca vai-te coca
Para cima do telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado.”
(...)
Recomenda-se vivamente a leitura do artigo completo,https://pt.wikipedia.org/wiki/Coca_(folclore), visto tratar-se de um tesouro ímpar do folclore português, indevidamente desconhecido e particularmente importante para os pagãos nacionais, por motivos óbvios.
RAPPER AFRICANO «ALEMÃO» JIHADISTA ABATIDO NA SÍRIA
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/10/30/ex-rapper-alemao-abatido-na-siria/ - Página com vídeo incorporado - (Artigo originariamente redigido sob o acordo ortográfico de 1990 mas corrigido aqui à luz da ortografia portuguesa)
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O ex-rapper alemão, Denis Cusper, que se encontrava na Síria como combatente jiadhista terá sido morto por um ataque norte-americano, segundo informação de um funcionário da Defesa dos Estados Unidos.
Denis Mamadou Cuspert, conhecido sob o nome Deso Dogg, havia sido erradamente dado como morto em Abril de 2014, num ataque suicida.
Há três nas fileiras da organização Estado islâmico, o artista terá sido abatido no dia 16 de Outubro três dias antes do seu quadragésimo aniversário.
Segundo Berlim, cerca de 800 cidadãos alemães terão partido para combater na Síria.
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Voluntariamente ou não, às vezes os Ianques fazem alguma coisa de jeito... É mais um africano galvanizado pela «religião da paz» e inimigo mortal do Ocidente que não volta a pisar solo europeu, isto se tiver mesmo morrido, bem entendido.
IMINVASÃO A COBERTO DOS «REFUGIADOS» CAUSA CAOS NA FRONTEIRA AUSTRÍACO-ESLOVENA
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/10/30/refugiados-caos-na-fronteira-entre-a-eslovenia-e-a-austria/ - Página com vídeo incorporado -
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O caos instalou-se esta noite na fronteira entre a Eslovénia e a Áustria, com centenas de migrantes a tentarem ultrapassar a barreira que separa os postos fronteiriços de Sentilj e Spielfeld.
As autoridades dos dois países quase se viram impotentes para travar a multidão e mesmo proteger quem estava em dificuldades.
Um polícia austríaco terá ficado ferido, vítima de uma agressão.
Já com Viena a anunciar a construção de uma vedação ao longo da fronteira para controlar melhor o afluxo de migrantes, em Atenas o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Frank-Walter Steinmeier, voltou a defender uma distribuição justa dos migrantes na Europa.
O homólogo grego, Nikos Kotzias, sublinhou a ideia de que é preciso impedir chegada de migrantes antes de eles se fazerem ao mar na Turquia, uma opção já defendida pelo presidente húngaro, Victor Orban.
As tragédias sucedem-se. Ao largo da ilha de Lesbos, o naufrágio de uma embarcação de madeira, apinhada de pessoas, fez pelo menos 10 mortos.
A guarda costeira da Grécia resgatou mais de 240 migrantes, mas dezenas ainda estão dados como desaparecidos.
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Se não forem os Russos a tratar do assunto, isto é só o começo... ou se calhar mesmo que o califado vá abaixo, surge outra guerra qualquer para continuar a justificar a entrada maciça de alógenos pela Europa adentro...
RECORDAR A BATALHA DO SALADO
O dia trinta de Outubro é mais uma data que merecia bem um feriado europeu ou pelo menos ibérico, ou pelo menos umas celebrações públicas conjuntas luso-espanholas.
Vale a pena ler com atenção o sucinto e valioso artigo da Wikipédia (texto a itálico; o negrito e a cor são da minha responsabilidade):
A Batalha do Salado foi travada a 30 de Outubro de 1340, entre Cristãos e Mouros, junto da ribeira do Salado, na província de Cádis (sul de Espanha).
História
Abul-Hassan, rei de Fez e de Marrocos, aliado com o emir de Granada, decidira reapossar-se a todo o custo dos domínios cristãos, e as forças muçulmanas já haviam entrado em acção contra Castela. A frota do prior de S. João do Hospital, almirante castelhano, que tentara opôr-se ao desembarque dos Mouros, foi completamente destroçada por uma tempestade, e esse desastre obrigou Afonso XI de Castela a humilhar-se, mandando pedir à esposa - a quem tanto desrespeitara com os seus escandalosos amororos com Leonor de Gusmão - que interviesse junto de seu pai, o rei português Afonso IV de Portugal, para que este enviasse uma esquadra de socorro.
Estava D. Maria recolhida num convento em Sevilha e, apesar dos agravos que sofrera, acedeu ao pedido. Todavia, Afonso IV, no intuito de humilhar ainda mais o genro, respondeu ao apelo dizendo, verbalmente, ao enviado da filha, que se o rei de Castela precisava de socorro o pedisse directamente. Vergando o seu orgulho ao peso das circunstâncias, Afonso XI de Castela repetiu pessoalmente - por carta - o pedido foi feito, e o soberano português enviou-lhe imediatamente uma frota comandada pelo almirante genovês Manuel Pessanha (ou Pezagno) e por seu filho Carlos. Mas era cada vez mais desesperada a situação de Afonso XI, a quem o papa censurava asperamente.
Além da frota portuguesa, Castela recebia um reforço de doze galés cedidas pelo rei de Aragão, mas tudo isto nada era em comparação com o número incontável dos contingentes mouros. O rei de Granada, Yusef-Abul-Hagiag, tomou em Setembro de 1340 o comando das tropas, às quais pouco depois se juntou, em Algeciras, um formidável exército sob as ordens de Abul-Hassan. A ameaça muçulmana era apavorante - os Mouros, embora repelidos nas primeiras tentativas de ataque a Tarifa, não deixavam prever a possibilidade de vantagens futuras para as hostes cristãs.
Reconhecendo quanto lhe seria útil a ajuda efectiva do rei de Portugal, Afonso XI de novo rogou a intervenção de D. Maria. Esta acedeu uma vez mais e foi-se encontrar com D. Afonso IV, em Évora. O soberano português atendeu as súplicas da filha, e logo esta foi dar a boa notícia a seu marido, que, ansioso, a fora esperar a Juromenha.
D. Afonso IV reuniu então em Elvas o maior número possível de cavaleiros e peões, e à frente do exército, que ía aumentando durante o caminho com os contingentes formados em vários pontos, dirigiu-se a Espanha, onde por ordens do genro foi recebido com todas as honras. Em Sevilha, o próprio Afonso XI acolheu festivamente o rei de Portugal e sua filha, a rainha D. Maria. Ali se desfizeram, quanto menos momentaneamente, os ressentimentos de passadas discórdias.
Assente entre os dois monarcas o plano estratégico, não se demoraram em sair de Sevilha a caminho de Tarifa, tendo chegado oito dias depois a Pena del Ciervo onde se avistava o extensíssimo arraial muçulmano. Em 29 de Setembro, reunido o conselho de guerra, foi decidido que Afonso XI de Castela combateria o rei de Marrocos, e Afonso IV de Portugal enfrentaria o de Granada. Afonso XI designou D. João Manuel para a vanguarda das hostes castelhanas, onde íam também D. João Nunes de Lara e o novo mestre de Sant'Iago, irmão de Leonor de Gusmão. Com D. Afonso IV viam-se o bispo de Braga, o prior do Crato, o mestre da Ordem de Avis e muitos denodados cavaleiros.
No campo dos cristãos e dos muçulmanos tudo se dispunha para a batalha, que devia travar-se ao amanhecer do dia seguinte. A cavalaria castelhana, atravessando o Salado, iniciou a peleja. Logo saiu, a fazer-lhe frente, o escol da cavalaria muçulmana, não conseguindo deter o ataque. Quase em seguida avançou Afonso XI, com o grosso das suas tropas, defrontando então as inumeráveis forças dos Mouros. Estava travada, naquele sector, a ferocíssima luta. O rei de Castela, cuja bravura não comportava hesitações, acudia aos pontos onde o perigo era maior, carregando furiosamente sobre os bandos árabes até os pôr em debandada.
Nessa altura a guarnição da praça de Tarifa, numa surtida inesperada para os Mouros, caía sobre a retaguarda destes, assaltando o arraial de Abul-Hassan e espalhando a confusão entre os invasores. No sector onde combatiam as forças portuguesas, as dificuldades eram ainda maiores, pois os mouros de Granada, mais disciplinados, combatiam pela sua cidade sob o comando de Yusef-Abul-Hagiag, que via em risco o seu reino. Mas D. Afonso IV, à frente dos seus intrépidos cavaleiros, conseguiu romper a formidável barreira inimiga e espalhar a desordem, precursora do pânico e da derrota entre os mouros granadinos. E não tardou muito que numa fuga desordenada, africanos e granadinos abandonassem a batalha, largando tudo para salvar a vida. O campo estava juncado de corpos de mouros vítimas da espantosa mortandade.
E o arraial enorme dos reis de Fez e de Granada, com todos os seus despojos valiosíssimos em armas e bagagens, caiu finalmente em poder dos cristãos, que ali encontraram ouro e prata em abundãncia, constituindo tesouros de valor incalculável. Ao fazer-se a partilha destes despojos, assim como dos prisioneiros, quis Afonso XI agradecer ao sogro, pedindo-lhe que escolhesse quanto lhe agradasse tanto em quantidade como em qualidade. Afonso IV, porém num dos raros gestos de desinteresse que praticou em toda a sua vida, só depois de muito instado pelo genro escolheu, como recordação, uma cimitarra cravejada de pedras preciosas e, entre os prisioneiros, um sobrinho do rei Abul-Hassan. A 1 de Novembro ao princípio da tarde, os exércitos vencedores abandonaram finalmente o campo de batalha, dirigindo-se para Sevilha onde o rei de Portugal pouco tempo se demorou, regressando logo ao seu país.
Pode-se imaginar sem custo a impressão desmoralizadora que a vitória dos cristãos, na Batalha do Salado, causou em todo o mundo muçulmano, e o entusiasmo que se espalhou entre o cristianismo europeu. Era ao cabo de seis séculos, uma renovação da vitória de Carlos Martel em Poitiers. Afonso XI para exteriorizar o seu regozijo, apressou-se a enviar ao Papa Benedito XII uma pomposa embaixada portadora de valiosíssimos presentes, constituídos por uma parte das riquezas tomadas aos mouros, vinte e quatro prisioneiros portadores de bandeiras que haviam caído em poder dos vencedores, muitos cavalos árabes ricamente ajaezados e com magníficas espadas e adagas pendentes dos arções, e ainda o soberbo corcel em que o rei castelhano pelejara.
Quanto ao auxílio prestado por Portugal, que sem dúvida fora bastante importante para decidir a vitória dos exércitos cristãos, deixou-o Benedito XII excluído dos louvores que, em resposta, endereçou a Afonso XI em consequência da opulenta «lembrança» enviada pelo rei de Castela. D. Afonso IV, que durante o seu reinado praticou as maiores crueldades, ficaria na História com o cognome de «o Bravo», em consequência da sua acção na Batalha do Salado.
Topa-se porque é que nunca se salienta a importância central, em poderio político-militar e em desempenho marcial, que Portugal teve neste confronto de alto valor simbólico para a Europa - os Castelhanos, por natural arrogância e, diga-se em abono da verdade, compreensível egocentrismo; os outros estrangeiros, porque pura e simplesmente desconhecem o que se passou ou consideram a Ibéria como sendo de menor importância; quanto aos tugas historiadores e contadores de histórias, dividem-se quase sempre em dois grupos: o dos patriotas à moda antiga que, por força do seu anti-espanholismo, não têm interesse em enaltecer um feito de armas no qual Portugueses e Castelhanos estiveram unidos; os da politicagem correcta, mais «civilizados» e «subtis», que não ligam nada a essas coisas de espírito épico e nutrem deleitosa preferência por desmistificar a glória portuguesa propagandeada pelo Estado Novo ou uma merda assim, bem como em mostrar ao Zé Povinho que ele sempre foi coitadinho, pequenino, pobrezinho, que teve foi muita sortezinha em contactar por cá com os Árabes que lhe ensinaram a navegar, e em ser bem recebido por muitos povos escurinhos, e que quando enfrentou os mais fracos cometeu crueldades cobardes mas que, «felizmente misturou-se muito, criando o mulato»...
Passando por cima de tão deprimente maralhal ideológico, nunca é demais lembrar o exemplo de D. Afonso IV, que, quer pela coragem em combate, quer pela sobriedade distante e desapegada com que tratou o saque de guerra, fez curiosamente lembrar o estilo e a postura de Viriato (estará isto no sangue luso, esta falta de interesse por riquezas?...)...
Deve também salientar-se que a rivalidade de princípio entre Portugal e Castela não impediu tais nações irmãs de unir armas contra a Moirama - esta é a diferença entre rivais e inimigos. No essencial, as mesmas distâncias mantêm-se, estando os Europeus de hoje obrigados a saber ultrapassar as disputas entre si para fazerem frente a oponentes estranhos à Europa.
JOVEM VIOLADA NA SUÉCIA POR ADOLESCENTES NORTE-AFRICANOS
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://www.thomasjoly.fr/2015/10/la-suede-sous-le-choc-quatre-migrants-violent-une-jeune-femme-de-23-ans-a-stockholm.html
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Em Estocolmo, uma jovem de vinte e três anos foi violada por quatro imigrantes ilegais norte-africanos a nove de Setembro deste ano. A violência durou horas.
Os violadores têm entre treze e dezasseis anos, mas a polícia e a procuradora acreditam que ainda assim os agressores poderão ser punidos. O mouro mais velho não terá mais de dezoito anos de idade. Parece que os petizes são suspeitos de vários outros crimes, não apenas na Suécia mas também noutros países europeus.
É mais uma notícia que não vereis nos grandessíssimos mé(r)dia, porque isto a elite que os controla não quer que o povo seja confrontado com este tipo de factos, que isso assim até pode dar para aumentar, ainda mais, a votação na Extrema-Direita, e assim arde-se a possibilidade de tornar a Europa mais «diversificada» para destruir as fronteiras étnicas e para aumentar a mão-de-obra barata à disposição dos grandes poderes plutocráticos.
REFUGIADO SÍRIO AGRIDE SEXUALMENTE VINTE E UMA VÍTIMAS NO ESPAÇO DE UM MÊS
Fonte: http://www.minutodigital.com/2015/01/02/suecia-un-refugiado-sirio-agrede-sexualmente-a-21-mujeres-y-ninas-entre-4-y-69-anos-en-un-mes/
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Um Maomé sírio chegou à Suécia no final do Verão do ano passado, apresentou o seu pedido de asilo na Junta de Imigração (a 29 de Setembro), disse que queria fugir da guerra e começou então a dar o seu contributo à sociedade sueca de acordo com a sua natureza e com o meio ambiente em que agora se insere, atacando sexualmente vinte e uma (21) mulheres e crianças até ao final de Outubro do mesmo ano. A mais jovem das suas vítimas tinha quatro anos de idade. O árabe beijou a rapariga até ao momento em que o pai da criança interveio e repeliu o alógeno. Noutro caso perguntou a uma mãe que tinha acabado de deixar a criança num infantário se queria vender a sua filha, perguntando a seguir «sabes do que um homem necessita?» Esteve metido noutros casos, sabendo-se entretanto que passeia junto de jardins de crianças.
E é bem possível que consiga mesmo ficar na Suécia, mercê de um acordo estabelecido pelo anterior governo sueco, com o Partido Verde, segundo o qual todos os sírios podem ter permissão de residência permanente neste país nórdico. Segundo o primeiro-ministro sueco da altura, Fedrik Reinfeldt, a ideia era incomodar os eleitores do partido nacionalista dos Democratas Suecos...
O fulano foi colocado num hotel, o Fyra, em Rättvik, centro de acolhimento para refugiados que foi inaugurado no Inverno passado, apesar dos vigorosos protestos da população autóctone. O dono do hotel terá assinado um lucrativo contrato com a Junta de Imigração.
Possivelmente ainda está na Suécia...
NA SUÉCIA - JORNALISTA QUIS SABER COMO ERA A CENA DO APEDREJAMENTO NUM BAIRRO CHEIO DE ALÓGENOS E CONSEGUIU
Agradecimentos ao Arauto por ter aqui trazido esta notícia: http://www.breitbart.com/london/2015/10/27/journalist-stoned-in-swede-no-go-zone/
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Em Estocolmo, uma jornalista, Valentina Xhaferi (possivelmente de origem balcânica, a avaliar pelo apelido) resolveu ir filmar o bairro de Tensta, um daquelas áreas pejados de alógenos - mais de setenta por cento da população residente é estrangeira - onde os residentes costumam atirar pedras à polícia.
Será mesmo verdade que os moradores ali do sítio atiram mesmo pedras à polícia por dá cá aquela palha? Valentina Xhaferi quis estudar o caso... A repórter quis saber o que estava de facto a perturbá-los a ponto de adoptarem esse comportamento e entrou então na zona, acompanhada por um operador de câmara. Lá chegados, ela e o colega, puseram-se a falar com um indivíduo que concordou em ser entrevistado, mas rapidamente surgiu outro fulano que pareceu irritado e perguntou porque é que a dupla de jornalistas estava a filmar. Foi chamar mais uns quantos. Depois, conta Valentina X., «ficaram muito muito zangados e ele disse que iria arranjar pedras para nos mostrar o que era um apedrejamento. Quando o vi armado com uma pedra eu só queria sair dali para fora». Nisso apareceram mais três indivíduos e exigiram saber o que estávamos a fazer. A câmara estava a gravar e captou o momento em que o equipamento foi pontapeado e atirado ao chão, enquanto os agressores insultavam a jornalista e atiravam café ao operador de câmara. Valentina recorda: «Era impossível acalmá-los. Recuei e tentei acalmar toda a gente, enquanto tentava tirar a mim e ao meu colega dali para fora.» «Fiquei muito ansiosa e tive a sensação de que a situação ia explodir. Foi quando o tipo nos atirou uma pedra.»
Uma semana depois, a equipa voltou ao local para filmar, mas desta vez acompanhada pela polícia... A jornalista desabafa: «Não levo isso a peito, mas acho muito mau não poder fazer uma gravação num local público. Que tenhamos de ser protegidos pela polícia».
As autoridades policiais calculam que haja na Suécia cinquenta e cinco localidades que já estão como Tensta, onde houve tumultos em 2012 e onde de noventa e cinco a cem por cento das crianças é de origem estrangeira.
A jornalista disse também algo que deve ficar no ouvido de todos os Europeus conscientes: «Eles (os agressores) pensaram que nós tínhamos passado a fronteira e que estávamos na sua terra.»
E é só o começo. Não se pense que é caso único. O mais grave é a elite reinante pactuar com isto - e nem é uma conspiração, é uma mentalidade. Até aqui neste blogue já houve um antirra a comentar, sobre as manifestações dos nacionalistas portugueses no Martim Moniz, «pois, vocês vão mesmo lá ao espaço deles!» ou coisa parecida, creio que eventualmente até era pior, algo como «aquele espaço é deles!» Não deve esquecer-se que o ex-presidente Jorge Sampaio chegou a consultar a embaixada de Cabo Verde em Portugal antes de ir à Cova da Moura, quando a sua obrigação como presidente era avançar com o que fosse preciso, inclusivamente forças militares. Mas isso assim se calhar dava muito nas vistas e o povinho ficava alertado para o real resultado de deixar entrar alógenos em larga escala e depois ia votar na Extrema-Direita e lá se ia o ideal multiculturalista de volta para o esgoto de onde veio, as cabeças dos que o querem impingir ao resto da população...
MILHARES EM MANIFESTAÇÕES CONTRA A CHEGADA DE ALÓGENOS NA REPÚBLICA CHECA CONTAM COM INTERVENÇÃO DE LÍDER ANTI-IMIGRAÇÃO ALEMÃO
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://pt.euronews.com/2015/10/28/lider-do-pegida-preside-manifestaces-xenofobas-na-republica-checa/ - Pagina com vídeo incorporado -
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Mais de 3 mil pessoas manifestaram-se esta quarta-feira em Praga e em várias cidades da República Checa contra o acolhimento de migrantes no país e na União Europeia.
Sob palavras de ordem em favor do “encerramento das fronteiras”, ou em “defesa da Europa”, a manifestação na capital checa foi marcada por momentos de tensão com contra-manifestantes.
As marchas prestaram homenagem ao líder do movimento xenófobo e anti-islâmico alemão Pegida, Lutz Bachmann, convidado especial em Praga.
“O mais importante é que os patriotas de toda a Europa se juntem para cooperar e combater esta ameaça”, afirmou Bachmann.
O protesto ocorre num momento em que o movimento volta a ganhar força, na Alemanha, face à decisão de Angela Merkel de acolher um milhão de refugiados este ano.
A manifestação, no dia nacional checo, ocorre uma semana depois do país ter sido acusado pela ONU de tratamento degradante de migrantes nos centros de acolhimento do país.
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Mais um sinal de ultrapassagem de chauvinismos e conflitos antigos entre «primos» árias para, em boa cooperação entre nacionalistas europeus, se combater para salvaguardar o que a todos une, a identidade autenticamente europeia, que é fundamentalmente étnica.
quinta-feira, outubro 29, 2015
INAUGURADO NOS EUA TEMPLO PAGÃO DE CULTO ÀS DIVINDADES GERMÂNICAS
Foi inaugurado no início de Outubro o primeiro «hof» ou templo pagão nórdico - da religião denominada «Asatru» ou «Lealdade aos Ases», isto é, aos Deuses Aesir, as principais Divindades nórdicos - dos EUA.
Sito em Brownsvile, Califórnia, trata-se de um antigo edifício restaurado e redecorado de maneira a invocar a tradição etno-religiosa nórdica, com varões em forma de cabeça de dragão (ver fotografia do fundo do artigo) e um martelo vermelho - o Mjolnir, martelo de Thor, a arma mais poderosa das Divindades e símbolo máximo da protecção que os Deuses podem dispensar à humanidade - a encimar as portas da frente (ver imagem acima).
Este é pois o primeiro templo Asatru público permanente da maior potência do planeta. Constitui um local de culto e de encontro erigido pela associação religiosa Asatru Folk Assembly (AFA) ou Assembleia do Povo Asatru, que conta com cerca de setecentas pessoas.
O fundador do grupo, Stephen McNallen, de sessenta e seis anos, explica a última fase do estabelecimento no local enquanto guia a visita dos jornalistas ao longo do tempo e em direcção ao «ve», círculo ao ar livre feito de árvores e pedras onde os rituais são realizados: «Sabíamos que era aqui que tínhamos de estar. Fizemos uma oferenda aos Deuses e fizemos saber que queríamos estar aqui. Noventa dias depois isto era nosso.»
A inauguração foi levada a cabo com um «blot», ritual que incluiu velas e orações, fogos e bênçãos, estandartes e hidromel sagrado. Contou com a presença de oitenta pessoas, algumas das quais foram da Flórida (onde há grande concentração de membros da AFA) propositadamente para o local.
Não se sabe ao certo quantos asatruars - praticantes da Asatru - há nos EUA, mas um «censo gentio» conduzido em 2013 por Karl E.H. Seigfried, do «The Norse Mythology Blog», situa o número em quase oito mil.
Como saberão alguns, a prática religiosa asatru consiste na adoração das Divindades germânicas Tor, Odin, Freir, Friga, Tyr, Freia, Heimdall, Balder, entre outras. O culto aos Ancestrais é também muito relevante nesta religião, que se considera como religião étnica ou religião de Povo.
A religião divulga-se sobretudo nos países de raiz étnica germânica - Islândia, como já aqui foi noticiado diversas vezes, visto que agora se constrói lá um templo, Noruega, Suécia, Dinamarca, Inglaterra, Alemanha, Holanda, Áustria e também EUA - embora também exista em países não formalmente germânicos mas cuja parte germânica da ancestralidade é valorizada por alguns, como é o caso de França e Espanha, onde a organização COE (Comunidade Odinista de Espanha) está pujante e tem já um templo, recentemente envolvido numa polémica relativa à substituição da bandeira espanhola pela bandeira islandesa, mas isso fica para outro tópico...
Já houve outros «hofs», mas eram sobretudo estruturas temporárias. Este novo é, de acordo com a AFA, o maior dos EUA (o grupo de Maryland tem uma casa pequena que serve de hof). O edifício, construído em 1938, foi uma escola, um centro agrícola e uma igreja. Recentemente foi comprado pela AFA por pouco mais de cinquenta e quatro mil dólares.
A AFA, fundada nos anos setenta, atinge assim um novo patamar. Segundo McNallen, «isto é a validação de quarenta e cinco anos de trabalho. Sinto que estou a entrar numa nova fase da minha relação com os poderes sagrados como resultado deste templo.»
Bradley Taylor-Hicks, chefe de pessoal. da AFA e membro do seu clero, explica do seu modo o valor desta iniciativa: «Na América, nós (seguidores da Asatru) não temos espaços sagrados. E tivemos de estabelecer uma prática. Este é um local onde podemos ajudar as pessoas a fazer isso.»
O percurso de McNallen teve as suas vicissitudes. Há não muito tempo esteve no centro de uma polémica de carácter ideológico no seio do movimento neo-pagão por ter escrito um texto sobre aquilo a que chama «metagenética» - ideia segundo a qual a religião é transportada nos genes - o que lhe valeu acusações de racismo. A sua perspectiva foi assim resumida num artigo por um observador: «O ponto de vista de McNallen, que espelha o de organizações odinistas (pagãs nórdicas) na América e na Europa, é que toda a gente tem a sua própria cultura e cada qual deve agarrar-se a ela.»
Um professor de religião na Universidade de Wisconsin-Oshkosh, Jeffrey Kaplan, que estudou diversos grupos Asatru incluindo a AFA, disse que enquanto a maioria dos asatruar são brancos, as crenças do grupo são baseadas não em racismo mas em ancestralidade - a ideia de que a religião dos antepassados do indivíduo podem exercer um forte impulso - e que a metagenética é actualmente muito esquecida ou ignorada pelos jovens asatruars. Ainda segundo Kaplan, McNallen e outros membros da AFA terão tido contacto com subculturas racistas, mas «tentaram realmente reorientar a sua ira em direcções mais positivas - ritual e cultura acima do ódio - e tanto quanto pude ver fizeram um trabalho muito bom. Não são de facto um grupo de ódio, mas não têm autoridade directa ou controlo sobre ninguém. Não penso realmente que constituam uma ameaça seja para quem for, e não são de todo gente de ódio e racistas burros.»
Quando questionado a respeito da relação entre a Asatru e o racismo, McNallen disse: «Vemos a Asatru como uma religião nativa com um apelo especial para os Europeus nativos. Mas só porque amas a tua própria família, não tens também de odiar a família do lado.»
Na semana anterior ao ritual de abertura, uma homenagem aos ancestrais femininos, o «hof» estava ocupado com voluntários a trabalhar em esculpir, limpar, pintar e decorar. Uma soldadora, Jessica Roesner, educada no Cristianismo, descobriu a Asatru há dois anos e testemunha: «senti um apelo. As histórias dos Deuses fizeram-me sentido.» Aí perto, um casal, asatruar desde 1992, descreve o seu sentir religioso: «Isto para nós é centralizador. É como estar em casa. Há um poder aqui na floresta. Pode-se senti-lo. Isto é nosso. Não temos de o abandonar. Podemos construir aqui.»
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Fonte: https://www.washingtonpost.com/national/religion/thor-and-his-followers-come-to-the-northern-california-hills/2015/10/16/e6c89eec-7441-11e5-ba14-318f8e87a2fc_story.html