PRIMEIRO-MINISTRO BRITÂNICO CHAMA «PRAGA» AOS IMIGRANTES
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://observador.pt/2015/07/30/primeiro-ministro-britanico-criticado-por-se-ter-referido-a-praga-de-imigrantes/
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O primeiro-ministro britânico foi duramente criticado por, numa entrevista, ter afirmado que vai proteger o Reino Unido “da praga” de imigrantes que pretendem entrar no país, a partir de Calais (França).
Numa entrevista à cadeia ITV no Vietname, onde se encontra em visita oficial, David Cameron declarou que a situação em Calais era “muito difícil porque uma praga de imigrantes atravessa o Mediterrâneo à procura de uma existência melhor e procura ir para o Reino Unido por existir trabalho, ter uma economia em pleno crescimento e ser um sítio óptimo para se viver”.
Cameron advertiu os migrantes ilegais que “não vão encontrar refúgio” no Reino Unido.
“Temos que proteger as nossas fronteiras, trabalhando em conjunto com os nossos vizinhos franceses, e isto é exactamente o que estamos a fazer”, acrescentou o primeiro-ministro.
“Cameron devia lembrar-se que está a falar de seres humanos e não de insectos”, reagiu de imediato Harriet Harman, líder em funções do Partido Trabalhista. Candidato à liderança do Labour, Andy Burnham denunciou uma “linguagem escandalosa”.
Nigel Farage, líder do partido anti-imigração Ukip, garantiu que não utilizaria “este tipo de linguagem”, acusando Cameron de querer “parecer duro”.
A associação britânica Refugee Council, de apoio aos refugiados, criticou uma “linguagem que desumaniza usada por um dos líderes deste mundo”.
“Este género de retórica só serve para inflamar, num momento em que o Governo devia trabalhar calmamente, com os parceiros europeus, para encontrar uma solução para esta grave crise”, insistiu a associação criada em 1951.
O representante especial do secretário-geral da ONU para as migrações lamentou a existência no Reino Unido de um “debate excessivo sobre a questão de Calais”.
“Falamos de um número de pessoas relativamente baixo quando comparado a situações em outros países”, disse Peter Sutherland, lembrando que a Alemanha “recebeu no ano passado 175 mil pedidos de asilo e o Reino Unido 24 mil”.
“Entre cinco mil e dez mil pessoas vivem em condições terríveis em Calais. Em vez de pensar em enviar soldados ou construir muros, devíamos primeiro resolver esta crise”, acrescentou.
Paris enviou 120 polícias para a zona de Calais para ajudar a empresa gestora do Eurotúnel a deter os imigrantes que tentam passar para o Reino Unido através deste túnel ferroviário, sob o canal da Mancha.
Por seu lado, Londres vai investir sete milhões de libras (cerca de dez milhões de euros) em medidas de protecção para camiões com destino ao Reino Unido e a instalação de uma nova vala de segurança – a que foi usada na cimeira da NATO em Setembro passado, no País de Gales.
O Governo britânico pôs em marcha, na região de Kent, onde se situa o terminal britânico do Eurotúnel, a denominada Operação Stack, que permite aos camiões estacionarem na autoestrada M20 sempre que haja problemas na fronteira.
Centenas de imigrantes, principalmente oriundos de África e do Médio Oriente, entraram na quarta-feira nas instalações do eurotúnel. De acordo com fontes francesas, foram efectuadas perto de 300 detenções.
As autoridades francesas calculam que mais de 3.500 pessoas tentaram atravessar a ligação esta semana.
Nos últimos dois meses, nove imigrantes morreram no túnel ou arredores, onde está instalado um campo provisório de migrantes.
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Um típico «direitinha», este Cameron - sabe como adoptar um estilo e linguagem que agrade ao povo, piscando o olho ao sector mais «racista» e «xenófobo» da sua população, enquanto na prática o seu governo nada tem feito de decisivo para travar a iminvasão. Pode ser que consiga, todavia, sacar os votos do cada vez mais poderoso UKIP, o que, de qualquer modo, parece cada vez menos provável, à medida que o povo vai acordando...
O caso mostra só como a elite reinante sabe realmente o que o povo quer, pelo que, ao fazer o contrário, em larga escala, está a falsificar a própria Democracia com o intuito de levar a cabo um projecto mundialista diluidor de identidades.
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