POPULAÇÃO ROMENA NA UCRÂNIA ESTATUTO DE PROVÍNCIA DA ROMÉNIA
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://br.sputniknews.com/mundo/20150730/1716651.html#ixzz3hV2Ky4pj
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A recém-criada Assembleia da Bucovina do Norte, grupo que pretende representar a minoria romena nacional da Ucrânia, declarou a região de Chernivtsi, na parte ocidental do país, como uma "província da Roménia", segundo relatou a revista Timer, de Odessa.
A declaração foi feita durante uma assembleia constituinte realizada na quarta-feira (29) pelos representantes dos romenos étnicos que vivem em Chernivtsi, oblast situado no norte da região histórica da Bucovina, a qual, por sua vez, é politicamente dividida entre a Ucrânia e a Roménia.
A organização da comunidade romena étnica da região tem por objectivo "salvaguardar os direitos dos romenos que vivem numa província romena, que agora faz parte da Ucrânia". Segundo Dorin Kirtoake – presidente da câmara da capital da Moldávia, Chisinau, que é defensor do alinhamento com a Europa e a OTAN, bem como da unificação da Moldávia e da Roménia, além de ser um dos organizadores da assembleia em Chernivtsi – disse que os representantes da minoria romena vão lutar para ganhar um estatuto especial dentro da Ucrânia.
"Os recentes acontecimentos em Mukachevo (…) mostraram que os romenos da Bucovina não podem sentir-se seguros e, por isso, são forçados a assegurar esse direito por eles mesmos", disse o político, acrescentando que, por ora, o movimento está “falando sobre autonomia, nada mais".
Cornelia Rusu, outra activista que também ajudou a organizar a assembleia, disse que “a actual crise económica e social está destruindo os próprios fundamentos da região e os romenos que vivem ali". Segundo ela, "enquanto a Roménia progride nos trilhos da União Europeia, a Bucovina do Norte degrada-se”.
"É por isso que estabelecemos a Assembleia dos Romenos da Bucovina para buscar um estatuto autónomo como parte da Ucrânia", disse Rusu, também citada pela Timer.
Os participantes apoiaram unanimemente as demandas apresentadas e concordaram em realizar uma segunda conferência para eleger a estrutura governante da organização recém-criada.
No início do ano passado, muitas vozes elevaram-se na imprensa romena e nos círculos nacionalistas em defesa de um possível aproveitamento da crise na Ucrânia para recuperar os "territórios perdidos" da Roménia. O jornal Adevarul chegou a fazer pressão pela invasão militar na Bucovina do Norte e na Bessarábia do Sul – ambas as regiões estiveram sob ocupação romena entre 1918 e 1940 e entre 1941 e 1944, na era da União Soviética.
"A Ucrânia está à beira de uma guerra civil, que poderia eventualmente dividir o país num oeste pró-europeu e num leste pró-russo. Bucareste está pronta para intervir a fim de proteger os romenos étnicos que vivem na Bucovina do Norte e na Bessarábia do Sul?", publicou o diário.
Se a manobra for levada adiante, ficará ainda mais evidente que a crise política interna da Ucrânia, alimentada pela ofensiva militar de Kiev contra os movimentos de independência no leste do país, é a mais forte ameaça à própria integridade territorial ucraniana.
Além disso, a situação abriria a possibilidade de um país membro da OTAN enviar tropas para a Ucrânia, perto das fronteiras russas, no que seria considerado por Moscovo como mais uma medida provocativa por parte da Aliança ocidental.
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A pouco e pouco os nacionalismos vem ao de cima, exibindo cada vez mais a incorrecção das fronteiras territoriais desenhadas por interesses imperiais alheios aos Povos.
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