ÚLTIMA E DECISIVA BATALHA DA INDEPENDÊNCIA - A DE MONTES CLAROS
A dezassete de Junho de 1665 travou-se a Batalha de Montes Claros entre Portugueses e Espanhóis.
A batalha de Montes Claros constitui o último episódio relevante da guerra de 28 anos que Portugal manteve contra a monarquia dos Habsburgos espanhóis.A batalha é a última na sequência de vitórias portuguesas que acabaram definitivamente com as pretensões de Filipe IV da família Habsburgo de voltar a reinar em Portugal, onde tinha permanecido durante um período de 60 anos entre 1580 e 1640.
O ataque era no entanto esperado pelos portugueses, que aguardavam que este se desse pelo Alentejo, região que tinha sido previamente preparada no sentido de dificultar a progressão das forças invasoras.
À região do Alentejo, acorreram forças de várias regiões do país, com «terços» ou batalhões enviados desde Trás-os-montes, Lisboa e de outras regiões do país.
As forças espanholas que marchavam contra Portugal seguiam o plano de sempre. Entrar em Portugal por Vila Viçosa (lugar de importância por se tratar de lugar de residência dos Duques de Bragança), seguindo depois como noutras alturas para Setúbal, para posteriormente atacar Lisboa.
Em coordenação com as forças do Marquês de Caracena, uma poderosa esquadra espanhola tinha saído do sul de Espanha, para de forma coordenada chegar a Setúbal quando a cidade estivesse a ser sitiada pelas forças terrestres.
As forças espanholas entram em Portugal e sitiam Vila Viçosa, que embora com fraca guarnição, resiste às forças espanholas.
O cerco de Vila Viçosa leva a que as forças portuguesas se dirijam naquela direcção com o intuito de reduzir a pressão exercida sobre aquela praça.
Mas antes de atingir Vila Viçosa as forças portuguesas param na área de Montes Claros a meio caminho entre Estremoz e a vila sitiada de Vila Viçosa, onde aparentemente as posições tácticas no terreno são favoráveis.
Ao ter conhecimento da presença do exército português nas proximidades, as forças de Caracena, compostas por 22.600 homens de infantaria e cavalaria abandonam o cerco a Vila Viçosa e dirigem-se ao encontro das tropas portuguesas.
À vista das forças portuguesas, o general espanhol manda a cavalaria atacar de frente as linhas da lusa, mas o ataque frontal e furioso, depara com a barreira da artilharia portuguesa, que fulmina e destroça parte do ímpeto do ataque espanhol, que embora atinja e chegue a perfurar as linhas da infantaria, acaba por ser rechaçado, forçando os espanhóis a retirar para se reorganizarem.
Os espanhóis rapidamente lançam novo ataque sobre as linhas portuguesas, atingindo as primeiras linhas, mas não logrando atingir a segunda linha das forças portuguesas. Este segundo ataque espanhol foi tão violento quanto o anterior, mas os espanhóis tiveram muito mais baixas no segundo ataque que no primeiro.
À medida que as horas iam passando, as forças espanholas, que precisavam vencer a batalha para se dirigirem para Setúbal, tinham que manter a iniciativa, enquanto que as forças portuguesas podiam assumir posições claramente defensivas e ainda mais com a utilização de artilharia bem posicionada que permitia causar grandes perdas aos espanhóis.
Cientes da sua superioridade, os espanhóis iniciaram a batalha com grande ânimo, mas à medida que o tempo passava, a segurança na vitória foi dando lugar ao descrédito e à dúvida. A batalha durou entre sete a oito horas e para o fim do dia começou a notar-se o claro desânimo por parte das forças espanholas, cansadas e incapazes de prosseguir.
Sabendo que não seria possível derrotar as forças portuguesas e tendo sofrido uma clara derrota a poucos quilómetros da fronteira, Caracena entendeu que nunca conseguiria completar o resto do plano.
Ao fim do dia a situação era insustentável e as forças portuguesas podem passar ao ataque, o que poderia colocar em perigo tudo o que resta do exército espanhol.
O próprio Caracena foge em direcção à fronteira, passando depois para Badajoz.
As forças portuguesas sofrem 2.700 baixas (700 mortos e 2000 feridos).
As forças espanholas perdem 10.000 homens, quase metade do exército (4.000 mortos e 6.000 prisioneiros).
Na fuga, as tropas espanholas abandonaram quase toda a artilharia no terreno.
Poucos meses mais tarde, o próprio monarca Habsburgo Filipe IV, segundo muitos historiadores, deprimido com a situação de decadência a que conduziu o seu país, morre em Madrid.
A derrota espanhola na batalha de Montes Claros, foi o toque de finados nas pretensões dos Habsburgos espanhóis à coroa de Portugal. A longa guerra de 28 anos teria o seu fim em 1668, três anos depois, quando finalmente os Habsburgos aceitaram a independência portuguesa, reconhecendo a Casa de Bragança como família reinante em Portugal.
A longa noite, iniciada no tenebroso ano de 1580, tinha finalmente terminado.
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Fonte: http://www.areamilitar.net/HISTbcr.aspx?N=58
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Se não fosse isto estávamos agora como os Bascos, os Catalães, os Ástures e os Galegos, a negociar direitozitos de autonomia...
14 Comments:
O que me dizes disto, Caturo?
https://www.youtube.com/watch?v=-0VhStb6NB0
http://pt.euronews.com/2015/06/17/hungria-constroi-cerca-de-quatro-metros-de-altura-na-fronteira-com-a-servia/
O que a noticia não diz e se esses imigrantes são de dentro ou fora da Europa.
http://pt.euronews.com/2015/06/17/hungria-acnur-critica-cartazes-xenofobos-do-governo-de-viktor-orban/
http://pt.euronews.com/2015/06/18/dinamarca-vai-a-votos-com-empate-tecnico-nas-sondagens/
O primeiro-ministro da Hungria, Peter Szijarto, anunciou na quarta-feira que o seu país iria começar a construção de um muro na fronteira com a Sérvia para se proteger do fluxo de migrantes
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Ex-chanceler da Itália: sanções antirrussas são suicídio para Europa
Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150618/1331656.html#ixzz3dQauaHWw
OS PORTUGUESES CONSEGUIRAM TOMAR SOZINHOS COM A AJUDA DOS COLONOS DA BA A ZONA ENTRE SÃO VICENTE E BA - ESSE MÉRITO NÃO É ESPANHOL, MAS ISSO NA COSTA E NÃO REPRESENTOU NENHUM AUMENTO DE PESO DA REPARTIÇÃO DO SUL É SÓ VER OS CENSOS
.: No meu ver, o Ocidente por muito tempo tinha o monopólio total à informação. A mídia ocidental em geral, especialmente ultimamente, partilha do ponto de vista único, pelo menos sobre a situação com Rússia e a Ucrânia. Nestas condições, eu acho que o fim do monopólio da informação da mídia pró-americana provocou uma reação muito nervosa. Embora o Ocidente declare que é tolerante e pluralista, não é assim. Ele é absolutamente intolerante em relação ao tudo o que contradiz aos seus pontos de vista.
Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150618/1334495.html#ixzz3dS8Irdub
Caturo
http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/nove_mortos_em_tiroteio_em_igreja_na_carolina_do_norte.html
«https://www.youtube.com/watch?v=-0VhStb6NB0»
O gesto de jovem foi bonito e poderá bem vir a ser um símbolo da Resistência Europa.
Não acredito é que a frase «as francesas para os africanos» tenha sido escrita por ordem da câmara, isso também era de mais, a malta da elite é mais subtil.
"O gesto de jovem foi bonito e poderá bem vir a ser um símbolo da Resistência Europa.
Não acredito é que a frase «as francesas para os africanos» tenha sido escrita por ordem da câmara, isso também era de mais, a malta da elite é mais subtil."
Olha-me só para o vídeo da rapariga a corrigir o mural:
https://www.youtube.com/watch?v=yG9xMiFRQrs&feature=youtu.be
Viste o preto do vídeo, Caturo?
Vi mas não percebi quase nada, não entendo muito de Francês, a não ser que seja falado muito devagar...
Acho que o tipo diz que ela não tem raça. Seja como for, chegamos ao fundo quando os alógenos podem nos chatear no nosso próprio país por nós defendermos os nossos direitos.
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