terça-feira, junho 16, 2015

PNR CRITICA ESCÂNDALO DA VENDA DA TAP A PRIVADOS


O desgoverno PSD/CDS resolveu entregar os destinos da TAP ao consórcio Gateway. O Estado vai encaixar 10 milhões de euros com a venda. Lembramos que, aquando da compra da quase falida Portugália ao grupo BES, a TAP, ou o Estado desembolsaram 140 milhões de euros, por uma empresa muito mais pequena, e que o custo de um avião Airbus A 380 é de 200 milhões de euros. Bastam estes números para vermos que estamos perante um negócio ruinoso, que passa de imoral a criminoso aos olhos dos portugueses. 
Ao longo dos últimos anos, a administração da TAP, recebendo ordens superiores ou por conta própria, tem vindo a destruir a empresa. Quer por má gestão, quer por negócios ruinosos, quer pelo seu crescimento desmedido a contar com a possibilidade de construção de um novo aeroporto (a obra megalómana do governo Sócrates que não chegou – ainda – a avançar). Não nos admira portanto vermos o gestor de brasileiro, que colocaram a fazer o trabalho sujo, a concordar com a venda da empresa. Nem nos espantamos pela notícia de que esse mesmo gestor vai ser mantido em funções pelo actual comprador. Primeiro, arruinou. Depois, ganhou um “tacho” na empresa arruinada. 
Ao contrário do afirmado por este governo, o PNR defende que é possível fazer uma reestruturação na TAP, que traga a empresa para o bom caminho, para o caminho do lucro. Basta mudar a administração, negociar inteligentemente com Bruxelas a autorização para financiar a empresa (pois se o governo e o sistema ajudam bancos privados, têm também a obrigação de ajudar a empresa que é a maior exportadora nacional) e esta facilmente entrará no bom caminho.
O acordo agora alcançado está cheio de pontos nebulosos, não garantindo os postos de trabalho, nem a continuação de rotas e o nome da empresa terminados os 10 anos de transição.
Estamos perante mais um escândalo nacional, onde quem vai perder serão Portugal e os Portugueses e quem vai ganhar veremos nos próximos episódios, quando constatarmos os tachos oferecidos, as doações para campanhas eleitorais, ou as casas em Paris oferecidas por algum amigo.
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Fonte: http://www.pnr.pt/noticias/nacional/sobre-oferta-da-tap/

1 Comments:

Blogger pvnam said...

O CONTRIBUINTE/CONSUMIDOR TEM DE SER DOTADO DUMA MAIOR CAPACIDADE NEGOCIAL
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Existem empresários que compram empresas concorrentes com o objectivo de obter um certo domínio num determinado segmento do mercado... depois... ao alcançarem um certo domínio no seu segmento de mercado, forçam os fornecedores a baixar os preços, isto é, ou seja, reduziram a capacidade negocial do fornecedores.
Existem políticos/marionetas que fazem o mesmo tipo de trabalho: leia-se, privatizam empresas estratégicas com o objectivo de reduzir a capacidade negocial do contribuinte/consumidor... beneficiando, desta forma, certos grupos económicos.
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Exemplo 1: Há alguns anos atrás quiseram introduzir taxas em cada levantamento multibanco... todavia, no entanto, o banco público C.G.D. apresentava lucros sem ser necessário mais uma taxa... o pessoal que queria introduzir mais uma taxa lá teve de amochar!...
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Exemplo 2: A EDP Renováveis vende a energia eólica a 60 euros o MWh em Espanha, nos Estados Unidos a cerca de 50 euros, e em Portugal vende a 100 euros... o contribuinte/consumidor, de mãos-atadas, tem de comer e calar!
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RESUMINDO: uma empresa pública em concorrência no mercado, a apresentar lucro, confere ao contribuinte/consumidor uma elevada capacidade negocial!
CONCLUINDO: por meio de referendo o contribuinte/consumidor deve decidir em que segmentos de mercado deve existir a concorrência de empresas públicas, isto é, ou seja, o contribuinte/consumidor deve decidir em que segmentos de mercado deve possuir uma maior capacidade negocial.
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P.S.
Não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.

16 de junho de 2015 às 23:15:00 WEST  

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