segunda-feira, março 16, 2015

LÍDER DO PARTIDO BRITÂNICO VENCEDOR DAS EUROPEIAS QUER QUE OS EMPREGADORES POSSAM DISCRIMINAR POR NACIONALIDADE

Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/farage-defende-fim-das-leis-contra-a-discriminacao-racial-no-trabalho-1688932
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Há mais uma polémica política no Reino Unido, onde no dia 7 de Maio se realizam eleições legislativas. Esta diz respeito a Nigel Farage, o líder do partido populista e xenófobo UKIP que, se mandasse, revogaria a maior parte da legislação que proíbe a discriminação racial no trabalho.
As afirmações foram feitas ao Channel 4 e estão no documentário "Coisas que não dizemos sobre a raça mas que são verdade" e que irá para o ar na semana que vem. Num excerto já divulgado, Farage diz: "A lei merece ser mudada para que o empregador — e se quiserem chamem a isso discriminação —, se assim o quiser, possa optar por recrutar um britânico".
O líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP na sigla inglesa) defende que as leis não são necessárias e que, ao estarem em vigor, prejudicam as pequenas empresas "que têm medo de contratar por causa de uma legislação demasiado restritiva". Se puder — se ganhasse as eleições, o que as sondagens dizem que não irá acontecer, mas o UKIP pode tornar-se essencial à formação do próximo governo —, Farage abole a maior parte da legislação.
Nigel Farage considera que, se essas leis já foram úteis "há 40 anos", agora "são inúteis" porque a questão racial não existe, na sua opinião, no Reino Unido. "Falei com os meus filhos... sobre essa questão racial e eles não sabiam de que estava eu a falar", diz na entrevista citada por vários jornais britânicos.
Farage diz que o emprego não pode ser uma questão de "brancos e negros" e que a sua proposta para abolir as leis iria "ser um progresso nas relações raciais e promover a igualdade" no país. Diz no documentário que o UKIP é o único partido que tem como proposta para promover o emprego que se dê preferência aos "nacionais", dando aos empregadores "a liberdade de contratarem britânicos, seja qual for a sua cor ou crença. Os verdadeiros racistas são os que só ouvem ‘branco’ quando eu falo em britânicos". "Penso que quando um empregador não tem liberdade para escolher entre um trabalhador britânico e uma pessoa da Polónia se chegou a uma situação grotesca".
Tão indignados ficaram alguns sectores da sociedade que o primeiro-ministro, David Cameron, do Partido Conservador — que não tem um bom resultado no capítulo do emprego das minorias e que as projecções desta quinta-feira dizem estar empatado no primeiro lugar com o Partido Trabalhista —, reagiu, através do seu gabinete de comunicação. "Ele já não sabe o que inventar para se fazer notar".
"É a coisa mais chocante que já ouvi da boca de um político e um testemunho da sua enorme ignorância", reagiu também o deputado trabalhista Sadiq Khan.
Esta semana foi divulgado um estudo mostrando que o desemprego de longa duração entre os jovens de minorias étnicas aumentou 49% desde 2010, quando Cameron chegou ao poder.

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Um sinal mais positivo que negativo, este do UKIP. Farage está provavelmente bem longe de poder ser considerado como um político autenticamente nacionalista, portanto, racialista, mas pelo menos vai dando voz ao mais genuíno sentir popular. Constitui porventura o típico exemplo de um político populista - que talvez «não goste de pretos» - que vai servindo, indirecta e imperfeitamente que seja, a salvaguarda da Nação, até que uma força política mais adequada possa apanhar a onda popular já levantada e levá-la ao melhor porto.


1 Comments:

Blogger Afonso de Portugal said...

Excelente artigo e ainda melhor comentário por parte do blogueiro. É evidente que Farage não é um racialista, mas não há dúvida que este seu discurso inclui uma das grandes bandeiras do Nacionalismo: a prioridade ao autóctone.

Este tipo de partidos (UKIP) é necessário para facilitar a transição do paradigma mundialista para o paradigma Nacionalista. As últimas gerações de europeus foram doutrinadas no sentido de se odiarem e terem medo de expressar a sua identidade. É por isso que ficam receosas quando aparece um bando de imbecis a dar vivas ao Hitler e a falar em revoluções armadas. É preciso ser mais inteligente do que isso e ir dizendo as coisas aos poucos, como bem têm feito Farage, Le Pen, Wilders e Åkesson.

Uma vez conquistado o poder, a música poderá ser outra. E se não for, o eleitorado perceberá que os minho-timoristas não chegam, que é nmesmo preciso apostar nos racialistas.

Mas é preciso que isto aconteça gradualmente. Forçar a coisa não dará bons resultados, antes pelo contrário, apenas penalizará o Nacionalismo político... e não me venham com o exemplo do AD na Grécia ou do Jobbik na Hungria, por esses casos são a excepção, não a regra.

16 de março de 2015 às 21:55:00 WET  

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